quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Seria a Tilápia uma vilã? ( filet de peixe en papillote)

Trata-se de uma espécie exótica, que se estiver introduzida num ambiente silvestre, ela vai arrasar, no sentido correto do termo. Ela é voraz, come de tudo e domina o pedaço, acabando com as populações de peixes nativos.

Mas se for originária de uma piscicultura sustentável, pode ser deliciosamente usada na culinária. Trata-se de um peixe de carne branca, firme e de sabor suave, com um nome sofisiticado no mercado: Saint Peter. Peixe com este tipo de carne, incluindo o linguado, tem que ter um tempero simples, discreto, mas colorido, para ficar com uma apresentação bonita, mas sem ter o seu sabor, que é ótimo, roubado.

Gosto de fazer os filets "en papillote" ou "cartoccio ( para os italianos), o que não passa de um envolope de papel manteiga ( alumínio também funciona), fechado, onde acomodo, tempero e asso o peixe. Fica lindo na hora de servir. Abaixo inseri uma foto com esta técnica de cozimento,que foi utilizada para um filet de salmão, que ao contrário da tilápia, por ter um sabor mais forte, pede um tempero com mais personalidade ( saquê, molho de soja, vinagre,ou limão com suas raspas e muitas ervas).

Dada a minha falta de jeito e para facilitar, eu corto o papel em quadrados de tamanho suficiente para conter e cobrir o peixe, seus temperos e a dobra ( que é fechada/enrolada como uma empanada  argentina). Quem quiser sofisticar, pode cortar redondo, tal como uma massa de pastelão ou de calzone, pois fica mais bonitinho . Coloco um filet de peixe sobre uma "cama" de rodelas de cebola, com um pouco de azeite, montada na metade do papel, em diagonal, de modo que, depois de terminada a montagem, eu possa cobrir com a outra metade, formando um triângulo. Tempero com sal, pimenta do reino, um pouco de suco de limão. Salpico com salsinha picada,  um pouco de azeitona preta picada e um pouco de pimentão vermelho picado miúdo, só para dar cor. Rego com bastante azeite. Enrolo o papel e deixo no forno quente por uns 30 minutos. Não sei quanto a vocês, mas para mim, o peixe não pode ser muito assado, gosto dele quase cru. Retiro do forno os papillotes ainda fechados, coloco em uma travessa linda, ou nos pratos individuais.




A beleza desta técnica está em abrir o envolope no próprio prato individual, e se servir na hora de comer. Aí amigos, saí aquela fumacinha cheirosa direto nas nossas narinas, bem na hora de saborear!!!

Quem estiver com muita preguiça, como é o meu caso às vezes, pode fazer esta mesma receita, fora do papillote, em uma travessa refratária e ficar de olho para peixe não passar do tempo de cozimento.Fica bom tambem!!!




2 comentários:

  1. Claudia, tô adorando seu blog e suas receitas. Beijins, Solange

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  2. que bom Solange,se tiver alguma idéia ou dúvida é só comentar que eu posto. Beijo. Cláudia

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