domingo, 28 de agosto de 2011

Cozinha confusa, simples assim: massa com molho de azeitonas

Desorganização, distração e ansiedade são características que não combinam com a cozinhação. Eu tenho todas elas e, desregradamente, sempre me saio bem nos preparos culinários. Quando estou no comando de qualquer refeição, minha cozinha é um caos, na verdade. Ainda bem que eu tenho a minha ajudante curiosa, paciente e minuciosa, que vai picando e limpando tudo.

Tudo bem, dá tudo certo, afinal! Concluo que se eu me dou bem na cozinha, sendo tão desastrada, todos podem dar.  Portanto estimulo a todos a exercitarem seus dotes e sua criatividade para apreciar as infindáveis delícias da boa mesa, mesmo se forem desprovidos dos predicados pré-estabelecidos para o exercício de tal função.

É fato que ultimamente tenho me esforçado para contornar tais negatividades, me esforçando para cumprir as regras que são pregadas à exaustão, pela maioria dos cozinheiros que eu sigo em minhas inspirações. Contudo, também é fato, sempre escorrego em algum quesito de organização, de disciplina ou de método. Então gente, sigo cozinhando do meu jeitinho, sem convenções estabelecidas e me deliciando com minhas preparações.

Esta semana assisti um SuperBonita no GNT dedicado às Chefs de cozinha. Compartilho aqui um vídeo sobre o assunto. Gostei demais e aprendi, teóricamente, muitas dicas para cozinhar nos trinques e que vou tentar colocar na minha prática. Do tipo:

  • trazer as unhas curtas e sem esmaltes ( não contamina os alimentos)? dá para fazer, em parte;
  • usar uma touca e ou um lenço na cabeça( não cai cabelo na comida e não dá cheiro de fritura nos cabelos? dá para fazer;
  • não usar maquiagem ( evita a acne, imposta por calor e umidade da cozinha?) difícil de fazer;
  • estar de avental( protege as roupas)? dá para fazer.
Felizmente, não vi nada sobre o uso luvas cirúrgicas na cozinha, que acho o fim da picada. Para cozinhar, ao meu ver, é indispensável tocar nos alimentos. Senão, não pode dar boa coisa.

Mesmo repassando essas dicas, confesso, eu cumpro poucas! Isto porque em mim, a vontade de experimentar a feitura de alguma delícia na minha cozinha, muitas vezes, surge do nada e num momento inconveniente . Portanto, não é programada, não tendo oportunidade de cumprir todas as regras. Aí, simplesmente, prendo os meus cabelos com uma xuca, tiro todos os meus anéis e pulseiras e lavo as mãos. Coloco um avental e... mãos à obra.

No mesmo programa, a Carolina Ferraz, que preparava uma receita de massa com azeitonas e presunto, estava desprendida de qualquer produção, assim como eu fico na cozinha. Ou seja, ela estava completamente desprovida de qualquer dessas regras. Ela usava um cabelo preso, mas sem touca ou lenço; não usava qualquer avental e sujou a roupa na espirração do azeite da panela. Suas mãos estavam com unhas curtas e sem esmaltes. Me identifiquei com ela na hora, pois também para mim, cozinhar é somente uma prática criativa, que é compartilhada entre os meus. Nela não se aplica aquela série de regras assépticas de um chef profissional. 

Experimentei a receita dela, mas sem o presunto, já que não tinha em casa e o maridão não gosta. Repasso aqui tal preparo do meu jeito, ressaltando que a intenção da criadora da receita é essa mesma: faça do seu jeito. E vamos combinar, usando azeitonas Azapa... não precisa de mais nada, somente elinhas valorizada em seu sabor.

Para 6 a 8 pessoas eu uso um pacote de massa curta ( penne, fusilli, farfale e etc), cozida em 5L de água com uma colher de sopa de sal grosso. À parte eu refogo, em 2 colheres de sopa de azeite, meia cebola roxa, picada, um dente alho e quando estiver tudo translúcido eu coloco uma xícara de azeitonas Azapa, sem sementes  e picadinhas. Vou mexendo e espremendo as azeitonas com a colher, até ficarem cremosas. Junto meio copo de vinho branco seco, duas colheres de sopa de creme de leite fresco e duas de queijo parmesão ralado. Espero encorpar.

Da água da massa, retiro uma concha e junto ao molho. Aí é só misturar a massa cozida ao molho e está pronto para se deliciar. Abaixo mostro a preparação da Carolina. A imagem não representa a maravilhosa cor roxa do molho de azeitonas, sobre a massa. Mas como a lerda aqui não fotografou a sua própria produção, segue essa imagem mesmo.


Ressalto, que os cubinhos de presunto, eu suprimi da minha preparação, pois para mim as azeitonas foram mais do que suficientes para conferir o sabor que eu queria. Adoro azeitonas e no caso dessa receita, elas são as minhas únicas rainhas.

Mas para quem gosta de uma proteína a mais, sugiro usar o presunto crú, fritinho à parte e colocado por cima do prato pronto. Pode ser legal, impondo sua crocância a preparação!



quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Os meus, os seus, os nossos: Frango com páprica e mel

Nesta semana me reencontrei com um primo pela internet, com o qual não me relacionava há mais de 30 anos. Ele me achou em uma pesquisa aleatória e fez contato. Ele é filho da irmã do meu pai, cuja família foi abrigada em minha casa, quando passava por dificuldades. Então, à época, constituíamos uma família de 13 pessoas, mais duas empregadas, duas cadelas e uma tartaruga. Uma loucura!

Ressalto aqui que meus pais sempre foram solidários e acolhedores, como já antecipei aqui. Com eles, não tinha mal tempo: algum amigo ou parente necessitado, era abrigado em nossa casa pelo tempo necessário e sem qualquer constrangimento para ninguém da casa. Eu e minhas irmãs já sabiamos que as nossas vidas por ali seria sempre assim: solidarizar, compartilhar e dividir com muitos nossos espaços, nossos alimentos, nossos hábitos e nossas dificuldades.

É assim que por lá moraram também, dentre outros, duas primas de Caratinga, uma amiga que de Três Pontas e a minha priminha querida de BH, a qual hoje já virou uma irmã e grande amiga. Todos moraram naquela casa do Santo Antônio, por algum tempo.

O reencontro como meu primo está sendo emocionante. Temos trocado, via email, páginas de notícias e de memórias, recheadas de histórias, cheiros e sabores. Um deles me chamou atenção quando ao lembrar do nosso cotidiano daquela época ele diz:" ...eram vários almoços, o que eu gostava era do café da tarde, tinha um pão e manteiga deliciosos" . De fato, que delícia o cafezinho com o pão fresquinho e crocante da padaria Excelsior que comíamos juntos, nas tardes da minha infância e juventude!

Apesar de todas as dificuldades financeiras, a minha família, incluindo todos os agregados, sempre valorizou uma boa alimentação.Trago comigo essa história da boa comida como um presente, que explica um pouco a minha ligação com as feituras dos alimentos.

Estranho quando algumas pessoas se surpreendem com as boas preparações que eu faço em casa, diariamente. Ontem mesmo,ao falar com uma amiga ao telefone tive que interromper a conversa, posto que o frango com páprica e mel que estava preparando estava começando o queimar. Ela me perguntou: "Mas você faz isto no seu almoço em plena quarta feira?" Faço, sobretudo diante "à missão" do momento, que é a de experimentar novas receitas fáceis e simples, buscando melhorar ainda mais a qualidade e sabor da comida da minha casa. Para mim é regra: nos meus almoços é obrigado a ter arroz, feijão, salada e uma proteína qualquer( carne, peixe, ovos) e além disto sempre tem um legume refogado, ou uma farofa ou um suflê...

O frango com páprica e mel ficou delicioso. Para 4 pessoas usei 4 entrecoxas e um peito de frango caipira, temperadas com sal, pimenta do reino, 2 dentes de alho amassados, suco de meio limão, uma colher de chá de páprica picante e uma colher de sopa de mel. Selei (dourei) tais pedaços em uma frigideira megaquente ( dessas que dá para ir ao forno), na qual coloquei um fio de azeite. Depois de bem corados, levei ao forno por meia hora, coberto com papel alumínio.

Imagem emprestada de um  Blog super legal que é o tachos de ensaio

 Servi com batatas com casca partidas em 4, temperadas com sal tomilho e azeite e assadas no forno até ficarem bem crocantes por fora e macias por dentro.

DICA: listo abaixo os temperinhos que não podem faltar na minha cozinha ( já falei disto aqui) e que com eles sempre dá um bom samba culinário:

  • sal grosso
  • pimenta do reino inteira
  • pimenta dedo de moça
  • pimenta calabresa seca
  • azeite
  • cominho
  • páprica
  • curry
  • mostarda
  • limão
  • tomilho
  • louro
  • cheiro verde fresco
  • alecrim
  • salvia
  • gengibre fresco
  • noz moscada
  • canela em pau
Parece muito. Mas vale á pena. São infinidades de combinações possíveis.


Pensamentos rápidos e básicos

Quando releio aquilo que eu escrevo nas minhas postagens, sempre me lembro de Clarice Lispector. Em um de seus contos, ela diz, mais ou menos, que suas palavras, transformadas em escrita, saiam de dentro dela muito mais depressa do que seus pensamentos.

Existe uma abismo entre nós duas, é claro. Mas me lembro dela exatamente por isto. E ainda porque comigo ocorre o contrário: eu penso rápido, muito mais rápido do que consigo expressar em palavras. Ao escrever minhas idéias, as palavras se atropelam e se confundem. Então escrevo, senão com muitos erros, em falta de palavras, representantes das minhas idéias e das emoções que as acompanham. Aí, vou improvisando tal e qual uma amadora na escrita, que eu sei que sou, mesmo que cheia de pensamentos incansáveis.

Diante desta constatação, me lembro da minha caçulinha. Ao voltar da escola, ainda pequetita ela disparava a falar, sem parar. Eram frases rápidas e às vezes sem sujeito, verbo ou predicado. Isto me tirava a atenção do trânsito, pois eu ficava atenta àqueles discursos, buscando entender e atender, no caso de serem demandas para a mãe. Quando eu reclamava disto e pedia para ela dar um tempo, deixar para depois e calar a boca, ela retrucava angustiada: "mãe, minha cabeça pensa muito! Eu preciso falar tudo que estou pensando". Eu compreendia. Ela era eu, só que petitinha.

Revi um tanto dos meus posts, buscando deixar as minhas idéias mais claras e corrigir o "vocábulo", que, por aqui, no meu Blog, vive em pecado. Ô linguinha difícil, esta, siô!

Me desculpem gente, mas eu não sou escritora. Eu me identifico muito mais com a minha filhinha. Ainda bem que posso reeditar tudo que escrevo.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Verde que te quero verde: Peito de Frango ao Curry

Semana de sonhos melancólicos e saudosistas exigindo atitudes radicais no cotidiano. É assim que, numa reação extrema à vivência das perdas, sai buscando pelas inúmeras reformas na casa por fazer, por objetos esquecidos e inúteis a desapegar, por costuras planejadas e semiprontas a concluir, por makes  e receitas novas para experimentar. Porém, na realidade e de concreto mesmo, só consigo produzir as tarefas do meu trabalho profissional, pelo menos.

A perspectiva do início da primavera, do encontro com toda a família no final do ano, me animou um pouco mais e enfim, parti para a ação. Tudo está se transformando em mais projetos, dos quais eu já sei, somente uma pequena parte será concretizada. Mas tenho cá comigo que ter projetos faz a vida andar. Então está bom!

Comecei a separar todos os cacarecos entulhados, a listar as necessidades de revitalização da casa e do jardim, a experimentar alternativas de cardápio familiar, a procurar novidades de estilo.

Nesse caminho, resolvi assistir na TV o Sexy and City 2. Que droooga de filme! Além de ser um filme de quinta, aquelas que eram mulheres interessantes, há poucos anos, estão mascaradas por traz de tanto botox. Cruz, credo!!!

Porém, confesso que não desgrudei da tela, encantada com o figurino das heroínas, apesar de achar alguns modelos meio bizarros para uma mulherzinha comum. Eu gosto dos figurinos da Patrícia Fields. Destaco aqui neste filme, o vestido longo verde usado pela Carrie na última cena, para o qual, infelizmente, não encontrei qualquer imagem.

Mas ele me lembrou o belíssimo vestido de cetim verde usado por Cecília em Desejo e Reparação, cujo figurino foi premiado com o Oscar. E vamos combinar, tal filme é incomparavelmente melhor.


Eu gosto de usar verde e resolvi pesquisar mais sobre o uso de tal cor, sobretudo em maquiagens. Fico meio intimidada em usar sombras verdes, por sua presença berrante, muito embora eu tenha uma maravilhosa da MAC de um tom que eu adoro. Na minha pesquisa, achei um make lindo e discreto que eu certamente vou experimentar usando a minha linda. Vejam só.


Longe de mim querer ficar igual a modelo. Sem chance. Mas a idéia é boa!

O verde também tem marcado a minha necessidade de fechar a boca. É assim que tenho experimentado algumas preparações verdes delciosas, assim como outras bem cansativas e de sabor pobre. Portanto, não esperem uma receita de salada ou suco verde ou o que seja. Quero distância dessas preparações, por agora.

Repasso aqui uma receita de peito de Frango ao Curry, cujo caldo é de um verde claro, lindo e delicioso.

Para 4 pessoas eu uso dois peitos de frango caipira cortado em cubos. Tempero-os com um "creme" batido no liquidificador, contendo uma xícara de chá de salsinha (coentro para quem gosta, pode ser), uma colher de sobremesa de curry, uma de sopa de azeite, uma cebola, um dente de alho, um dedo de gengibre fresco, sal, tudo picado. Deixo o frango nessa mistura por alguns minutos para pegar sabor.

Refogo tudo em uma panela quente, com algum azeite e deixo cozinhar um pouco. Junto um copo de leite de coco e deixe ferver por uns cinco minutos e sirvo com arroz com amêndoas torradas e alguns legumes cozidos. Vejam só a delícia:



E eu como sempre, distraída que sou, só me lembrei de fotografar depois que já tinha servido a família. Então, não fiz aquela produção bacana de um prato gourmet. Mas podem crer, é muito bom e uma excelente alternativa para o franguinho do dia a dia. Neste dia, eu servi com baroas refogadas.


quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Parrilhadas e steaks: Ribeye com suco de limão e pimenta

Eu sei que não é recomendável e todos podem me puxar as orelhas, mas eu adoro carne vermelha. Quero crer que aqueles dentinhos caninos que temos, existe exatamente para rasgá-las e dovará-las com os nossos molares. Então defendo a idéia de que comer carne é totalmente humano!

Todavia, acontece os tais negócios impostos pela idade e pela vida sendentária: problemas de excesso de peso, colesterol e ácido úrico acima do permitido. Tais evidências trazem dificuldades para saborea-las do jeito que eu amo: em grande quantidade, quase crua e com aquela capinha de gordura para dar suculência. Mediante a tal realidade, estabeleci que para euzinha, comer carne vermelha, somente duas vezes por semana. Ai, ai, ai! Então, já que é assim, vou comer a melhor que há.

Podem acreditar, jamais comi carne vermelha tão saborosa e do meu número exato, tal como a uruguaia. As carnes de lá são deliciosas e os cortes previlegiam qualquer assado. Deliciosos também são os embutidos e os queijos uruguaios grelhados nas parrilhas.Quem conhece um lares uruguaios sabe que neles existe pelo menos uma delas na sala, na qual preparam as carninhas deliciosas, em quase todas as noites.

Então a parrilha funciona assim. Num espaço do tipo de uma churrsaqueira, com uma chaminé ( pode ser o próprio espaço da lareira) é colocada a madeira em pedaços, que é queimada em uma caminha de ferro alta (do tipo daqueles antigos escorredores de prato de ripa, só que de ferro). Na medida em quea madeira vai se tornando brasa e caindo, por entre as ripas, ela vai sendo arrastada para baixo de uma grelha de pé, onde se deitam as carnes e outra delícias.

Vejam se dá para entender tal processo, na imagem abaixo, que emprestei da internet.


Na "caixa" da esquerda, a madeira queimando e na grelha da direita, as carnes assando, com as brasa formadas.

 Resultado disto: carne grelhada no tempo exato e defumada na medida certa. Uma maravilha!

Em Londres também me esbaldei com sensacionais grelhados de carne vermelha, preparados em cortes sensacionais e deliciosos. O meu preferido: o Ribeye, que lá é usualmente servido com batatas fritas mega crocantes, cortadas com casacas, em palitos largos.

A receita que preparei neste feriado para queridos amigos, foi inspirada nele, no Ribeye inglês.

Guardadas as devidas proporções, em termos de corte e qualidade, para 6 pessoas, eu cortei em largos pedaços, de mais ou menos uns 5 cm de espessura, 1 k de contra filet com uma boa capa de gordura. Grelhei os steaks, sem temperar, mas com algum azeite sobre eles, em uma frigideira de ferro ( do tipo grelha, com frisos) hiperquente por uns 5 minutos de cada lado (ou até ficar bem dourada, quase que "queimada"), virando somente uma vez e sem apertar (apertar os bifes é endurece-los). Retirei a carne da grelha e deixei descansar por 5 a 10 minutos ( para "talhar" os sucos e não perde-los, ao fatiar)

À parte, preparei um vinagrete com meia xícara de azeite extra virgem, flor de sal ( ou o sal grosso, moído), pimenta do reino, raspas de um limão siciliano grande e o seu caldo (ou um taiti pequeno), 2 pimentas dedo de moça sem semente picadinha e tomilho fresco.

Fatiei a carne descansada como bifes, coloquei sobre o vinagrete e servi. Ficou sensacional!

Preparada deste modo, ela fica mal passada, como eu gosto. Mas o limão do tempero, dá uma cozidinha a mais, chegando no ponto. Uma opção, para agradar aqueles que gostam das bem passadas, é cortar Ribeye em pedaços mais estreitos.

Delícia!

sábado, 13 de agosto de 2011

O reciclo da calça Lee

Ao me defrontar com uma calça Lee pela primeira vez, amei a tal. Foi um dos meus primeiros objetos de desejo desta minha vida mulherzinha. Naquela época só era possível obtê-la em lojas de produtos importados, ou por meio da boa vontade dos poucos amigos que viajavam para os USA. Um inconveniente para o amigo e para quem fazia tal encomenda, posto ter de saber a numeração de referência americana.

Lembro-me que aos 16 anos comecei a trabalhar como secretária de um dentista, no edifício Acaiaca, com um objetivo principal: adquirir uma calça Lee com o meu próprio dinheiro, já que tal jóia era inacessível aos recursos dos meus pais.

Sei que hoje, os jeans fazem parte de qualquer guarda roupa das pessoas de qualquer idade ou classe social. Mas eu, por minha história com uma calça Lee inacessível, os acho valiosíssimos sempre. De modo que acumulo os tais jeans em casa, mesmo que eles sejam sem qualquer serventia. Mas guardo todos "para fazer alguma coisa" no futuro. Cheguei a guardar umas 20 calças jeans, incluindo as dos meus filhos num saco de utilidades potenciais e futuras. Tal acumulo é resultado da minha dificuldade em desapegar, como já comentei várias vezes neste blog ( como aqui).

Recentemente resolvi doá-los para uma das minhas irmãs, que é artista, muito  paciente, habilidosa e criativa.  Meus jeans queridos tiveram uma ótimo destino, sendo transformados por ela em belas cortinas, as quais vou fotografar e mostrar aqui oportunamente.

Convenhamos que a beleza do tecido, dos seus matizes de cores e de suas texturas inspira a muitas criações, não é mesmo? Assim, ao explorar o mundo das feituras artesanais, eu ainda busco alternativas de uso para os jeans demodè  que estão esquecidos. É assim que encontrei na Marie Claire Idèes, idéias de super bom gosto para reciclá-los (aqui no coleurs de Bahia). Vejam alguns exemplos:




Achei muito  legal algumas opções de reciclagem, nas quais não é necessário desmanchar o Jeans.Ele é montando com os cortes feitos aleatoriamente nas peças. Isto é ótimo, pois descosturar um jeans, putz, ninguém merece!


sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Floradas

Ao escolher qual concentração eu faria no meu curso de Ciências Biológicas, optei por dois: Botânica e Ecologia. Mas só podia ser um, fui para a ecologia por ser mais coerente com a minha cabeça cheia de interrogações sobre muitas questões, incluindo as relações da natureza.

Porém, por herança (aqui), tradição e querência, sempre fui mais apegada às plantas. Plantei cada planta que tenho no meu jardim, na minha rua (aqui) e algumas árvores do jardim dos meus pais (aqui)

Desde de que me conheço, ando pelas ruas buscando os jardins das casas, as árvores floridas, organizando o meu percurso de forma a observa-las atentamente e em estado de encanto. Tenho predileção por árvores floridas e trepadeiras escandalosas. Estamos na época dos deslumbrantes ipês amarelos, que estão explodindo em flores pelas ruas da cidade. Época também da florada da minha trepadeira " Sapatinho da Judia", que está começando a formar sua deslumbrante cortina de flores em pendões, no teto da minha churrasqueira. Vejam só.



Mas dentre todas as belas trepadeiras que eu admiro, uma se destaca: a Jade, que eu não possuo, embora tenha tentado cultiva-la, sem qualquer sucesso. Trata-se de uma plantinha tinhosa, exigente, de pouca conversa e poucas floradas. Mas quando dá, arrasa. Vejam na foto que emprestei na internet.


Um verdadeiro escândalo.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Esta Vida... Os pais

Parece que é muita repetição nos conteúdos da minha escrita. Mas é fato, a minha infância e adolescência, na casa dos meus pais foi vivida em um lar giga festivo. Nossos vizinhos diziam que ali, comemorávamos até aniversário de cachorro e com muita pompa.

Mesmo não tendo conhecido meu avô, estando ele ausente, portanto, de tais comemorações, também o dia dos pais, naquela época, era uma festa só em minha casa, comemorada com todos os familiares e amigos.

Neste dia dos pais de 2011, comemorado no mesmo dia em que seria o aniversário de 91 do meu pai, vou ficar em família, em homenagem e em lembranças dele conosco.



Ainda não me entreguei à produção de tal encontro e, portanto, não tenho qualquer idéia do cardápio. Minha mãe prefere algo sem carnes vermelhas, no que eu concordo totalmente. Sugeri bacalhau. Penso que uma torta de bacalhau, à moda da minha minha mãe ( a melhor de todas as torta, ainda passo aqui tal receita), acompanhada com uma saladinha verde, ou mesmo, acrescentando, uma massa regada à um molho com vegetais, seria bom. Um risoto leve ou um cuscus básico, também seria bom.

Meu pai, além de ótimo cozinheiro (putz, para homenagea-lo a comida vai ter de ser boa), cantor e médico, recitava poemas maravilhosos. Em uma viagem que fez com uma das minhas irmãs, para Diamantina, ao ser convidado para cantar, num bar, no qual se apresentava um excelente grupo de chorinho, ele preferiu recitar um poema, que jamais tinhamos escutado. Ele retirou lá do fundo de sua memória e por inteiro, sem errar e sem titubiar, o "Esta vida"do Guilherme de Almeida, que reproduzo aqui. Ele é extenso, mas cheio de vida. Vale a pena ler e se emocionar.

" ESTA VIDA
Um sábio me dizia: esta existência,
não vale a angústia de viver. A ciência,
 se fôssemos eternos, num transporte
 de desespero inventaria a morte.
 Uma célula orgânica aparece
 no infinito do tempo. E vibra e cresce
e se desdobra e estala num segundo.
 Homem, eis o que somos neste mundo.

 Assim falou-me o sábio e eu comecei a ver
 dentro da própria morte, o encanto de morrer.


Um monge me dizia: ó mocidade,
 és relâmpago ao pé da eternidade!
 Pensa: o tempo anda sempre e não repousa;
 esta vida não vale grande coisa.
 Uma mulher que chora, um berço a um canto;
 o riso, às vezes, quase sempre, um pranto.
 Depois o mundo, a luta que intimida,
quatro círios acesos : eis a vida.

 Isto me disse o monge e eu continuei a ver 
dentro da própria morte, o encanto de morrer.


Um pobre me dizia: para o pobre
 a vida, é o pão e o andrajo vil que o cobre. 
Deus, eu não creio nesta fantasia.
 Deus me deu fome e sede a cada dia 
mas nunca me deu pão, nem me deu água. 
Deu-me a vergonha, a infâmia, a mágoa 
de andar de porta em porta, esfarrapado.
Deu-me esta vida: um pão envenenado.

 Assim falou-me o pobre e eu continuei a ver, 
dentro da própria morte, o encanto de morrer.


Uma mulher me disse: vem comigo! 
Fecha os olhos e sonha, meu amigo.
 Sonha um lar, uma doce companheira 
que queiras muito e que também te queira.
 No telhado, um penacho de fumaça.
 Cortinas muito brancas na vidraça. 
Um canário que canta na gaiola.
Que linda a vida lá por dentro rola!




Pela primeira vez eu comecei a ver,
 dentro da própria vida, o encanto de viver."
Guilherme de Almeida
.

Minha homenagem aos nossos pais, aos pais dos nossos filhos, aos nossos amigos pais, a todos os pais e, claro, à todas as mulheres ( zinhas ou não), que deles são companheiras.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Sabores e sons da cidadania: spaghettini ao alho e óleo do sul da Itália

Já discuti algumas vezes , neste blog, sobre a minha fissura por sabores que julgo básicos, como aqui, numa postagem que reverencia a maravilhosa cebola. Tenho este defeito ( ou qualidade), não consigo iniciar qualquer preparação salgada, sem usar a tal da cebola.

E nem sem o alho, que antes de todos os temperos, é o meu preferido. Concordo em viver sem o sal, mas sem o alho, não vai dar. Sou destas que, ao me deparar com um frango a passarinho, por exemplo, comete aquela grossura de catar, vorazmente, todos os pedacinhos de alho, bem fritinhos, esquecendo-se do frango e sobretudo, dos demais comensais.

Minha filha, coitada, passou um ano na Bélgica, sem tais temperos. A dona da casa em que ela morava não suportava nenhum dos dois ingredientes.  Digo "coitada", porque tenho a convicção de que, saborear salgados preparados sem alho ou cebola, ou sem nenhum dos dois, é se privar do exercício da cidadania brasileira/mineira (e também da italiana). Afora que, convenhamos, dispensa-los, ao meu ver, é banalizar a essência de qualquer boa culinária. Creio que para a minha filhota, sentar-se à mesa para se alimentar no lar Belga, deve ter sido um verdadeiro suplício.

Neste último fim de semana, em uma noite carioca com amigas, me esbaldei com um excelente spaghettini ao alho e óleo, que me foi oferecido  por uma amiga de origem italiana. Tal prato é uma imensa reverência ao alho.

Mesmo tendo me alimentado desta massa prática, gostosa e barata, exaustivamente, desde a minha infância, o que a Ana C. preparou, estava sensacional, por sua simplicidade e delicadeza em sabor. Aprendi com ela que não se deve servir tal prato com queijo parmesão, para esse não brigar com o alho, que no caso é o "rei da festa". Mesmo adorando um bom parmesão, devo concordar com ela. Massa, azeite e alho formam um trio perfeito em combinação de sabores, em que nada mais falta.

Ao comentarmos sobre a delícia do prato, a Ana veio trazendo de sua memória, a experiência que teve no sul da Itália ao experimentar tal preparo. Lá, ele foi oferecido de uma forma mais rica, com anchovas e com migas ( pão dormido ralado), fritas no azeite para impor crocancia. Uma harmonia indiscutível. Adorei discutir e explorar com ela tais lembranças, apreendendo. Faria tal prato bem "avon", tal como descrevo a seguir.

Nesta versão, para 6 pessoas, cozinho um pacote de spaghetti bem fininho (número 3, por exemplo), em 5 litros de água com uma colher de sal grosso. À parte, pico 3 dentes de alho, bem fininhos que são fritos em 1/4 de xícara de azeite comum quente, no qual foram amassados dois filezinhos de anchovas. Agrega-se tal mistura à massa, já cozida, escorrida e quente. Por cima espalha-se as migas de duas fatias de pão dormido ralado, fritas em 1/4 de xícara de azeite.

Dica: Vejam aqui outra receita "rica"de massa com alho e óleo. Trata-se de um verdadeiro e riquíssimo "Coringa". Aquele facinho, que dá certo em qualquer situação.

Ao voltar para BH, depois deste ótimo fim de semana, me deparei com um aeroporto fechado, num verdadeiro caos. Esperei umas 6 horas para conseguir embarcar. Neste desencontro, me encontrei com o Yamandú Costa, com seu violão nas costas, que estava na minha mesma situação. Pensei, vou pedir para ele tocar... Ele leu meus pensamentos, sentou-se no chão da sala de embarque do Santos Dumont, com seus ótimos músicos e começou a tocar. Uma delícia! Claro que eu fotografei a cena. Vejam só.


Só assim mesmo, apreciando a beleza das composições dele e a sua grande interpretação, foi possível suportar. Nós passageiros, simples mortais, agradecemos.

Pegando a deixa, posto ainda uma grande interpretação dele com o Dominguinhos do Doce de Coco do Jacó do Bandolim, que eu adoro!



Sabores e sons da minha cidadania!!!

sábado, 6 de agosto de 2011

Vida finita: Torta de gorgonzola com peras

É sabido e batido que, assim como a quantidade de preparações culinárias possíveis podem chegar próxima ao infinito, em termos de misturas e de sabores, as opções de maquiagem também podem.

Gente, quantas opções... que aflição!

Eu me frusto um pouco nessa situação, pois eu sei que não terei vida suficiente para experimentar tudo. Por um lado, eu não vou conseguir usufruir de todas as delícias possíveis e nem daquelas que eu imagino preparar e saborear um dia. Por outro, eu assumi que não vou poder adquirir todas as cores, texturas e brilhos dos makes dos meus desejos, para todos os cantos do meu rosto, nem para todas as estações do ano, oferecidas por todas as marcas do mercado de cosméticos. Isto é simples, ou complexo assim... Impossibilidades da vida finita...

Mas um pouquinho disto tudo, eu posso querer, possuir e usufruir. E que seja assim... 

Neste meu momento ( ai,ai "meu momento", que lindo!), estou começando a minha curtição por minhas compritas paulistas, tais como algumas postadas aqui e aqui . Vejam só abaixo, euzinha com os meus mimosos "charms" da Pandora em punho, digo em colo ( poderia ser enrolado no punho, funciona).


Neste meu colo, que está zerado, não? (quê que eu fiz???. Será que eu consigo mostrar meu pescocinho assim, lisinho, outra vez?) eu apresento o meu cordão de couro rosiiiiinha trançado , com três berloquinhos de prata. Um bom início de lúdica coleção Pandorense.

E abaixo mostro a delícia cremosa dos meus 6 "camouflage creme" da Kryolan, organizados em uma embalagem de lata, do tipo da aquarela dos meus tempos de criança. Irresistível.



Podem acreditar, além da linda embalagem, o produto arrasa, pois camufla quase tudo, dando para usar as diferentes cores, sozinhas ou misturadas, resolvendo as marcas de qualquer tonalidade (olheiras, manchas, espinhas), iluminando o rosto no lugar certo e ainda corando as bochechas. Perfeito...........

 Estou perdidamente apaixonada por este estojo! Usando ele, eu me sinto camuflada, em meio as mocinhas ainda não marcadas pela idade e pela vida.

Eu confesso que me esforço para resistir à infinidade de opções de consumo disponíveis por aí. Mas é difícil e doloroso! O desejo é imenso e o apelo também.

Na próxima semana uma amiga fofa viaja para Orlando e já me pediu a listas dos cosméticos importados objetos do meu desejo para ela trazer. Iche, são tantos! Mas estou fazendo uma lista inicial, que já está imensa. Aos poucos, eu vou priorizando o que de fato é imperdível, até reduzir. Não vou abusar não, viu querida!

Para me despedir dela, resolvi preparar uma receita que há muito quero experimentar. Trata-se da torta de queijo azul e peras, inspirada numa dica da Izti Aguirre.

Vou fazer uma massa podre, para 6 a 8 pessoas, usando 500g de farinha de trigo misturada com 250g de manteiga gelada cortada em cubinhos. Amasso os dois com um garfo, até virar uma farofinha.Acrescento então 50g de amido de milho, 2 gemas, sal, uma colherinha de açucar e uma colher de sopa água gelada. Misturando tudo rapidamente,com as mãos, até obter uma bola lisa. Deixo descansar por uma hora na geladeira, enrolada em papel filme.

DICA: a massa podre tem de ser preparada rapidamente e em baixa temperatura, para crocar bem ao assar. Por isto, deve ser amassada com colher, garfo ou processador. Uma alternativa, é ralá-la fria em ralo grosso, deixar gelar bem, ficando assim mais fácil de misturar com a farinha.Ela não pode ser muito trabalhada com as mãos, para não esquentar.

Enquanto a massa descansa, eu faço um recheio cremoso, misturando 150g de queijo gorgonzola, 200 g de cream cheese, um tanto de mostarda de Dijon e 3 ovos. Reservo. Descasco  3 peras, parto-as ao meio e retiro os caroços. Reservo.

Para montar a torta, eu abro a massa com um rolo, em forma de círculo, entre dois pedaços de papel manteiga, deixando ela bem fininha. Uso-a para forrar o fundo e os lados de uma forma desmontável de uns 30 cm. Dou umas fincadinhas na massa com um garfo, para ela não estufar ao assar. Coloco o recheio de queijo sobre a massa e as metades das peras viradas para baixo, sobre este recheio.

Asso em forno pré aquecido à 180g ( médio a alto) por uns 30 minutos ou até corar.

Vejam o jeitão da preparação.



Trata-se de uma excelente entrada e de um ótimo lanche.


terça-feira, 2 de agosto de 2011

A solidariedade e os quiabos refogados, sem a sua baba

Tenho um histórico de amizades solidárias de dar inveja a qualquer um.

Descobri a solidariedade com meu pai, desde de que eu sei quem eu sou e que eu sou humana. Ele era o "the best" nesse quesito. Mais tarde e ainda muito novinha, senti na pele e entendi o que isto significava, com minha própria experiência, a partir do exato dia de 31 de março de 1964, quando meu pai foi preso ( aqui).

Ao final deste dia, ao saber dessa prisão, eu, minha mãe e minhas irmãs fomos socorridas pelos vizinhos inesquecíveis ( da casa do grande prof Aires da Matta Machado Filho). O filho mais velho da casa, em sua Rural Willis, nos levou em fuga, para a casa de inesquecíveis tios e inesquecível avô, que nós acolheram, a despeito dos riscos e dos incômodos inerentes à situação,  os quais, convenhamos, eram muitos.

Nesse processo, já viram, né? A família de mulheres era grande, não dava para todas ficarem em um abrigo só. Ressalto, que a partir daí nos tornamos uma família dividida em presença e vivência, ainda que por pouco tempo cronológico. Mas nos tornamos uma família unida, para sempre, pela solidariedade.

Neste momento tão difícil para nós e para os outros, que se envolveram, sem escolher participar desta história política do meu pai (meu avô, por exemplo, era contra o meu pai na política, mas nesta situação de perrengue, mesmo sendo o sogro e não o pai dele, relevou...), eu entendi o que era ter de uma forma tão acolhedora, o carinho solidário de tantos. E, vejam, foi um processo de três meses, marcado por um apoio incondicional de familiares e amigos que "despistadamente"( para também não serem presos) nos auxiliavam em tudo: na ajuda emocional e financeira, no cuidado com os nossos bichinhos, com as nossas plantas e com a nossa casa... tudo isso deixado para trás, por contigência.

PAUSA PARA O MOMENTO EMOÇÃO, ai, ai... saudades daquelas, dentre essas pessoas, que já se foram. Queridas!

Lágrimas controladas, vamos lá...

É como eu sempre digo: a vida é boa e segue. A minha seguiu bem, com muitos momentos incríveis de manifestações solidárias inesquecíveis, em outras várias situações difíceis que eu passei. Muitos de vocês sabem disto e sabem também que, graças a esses momentos, muito do que seria um inferno, virou alegria. Graças a presença solidária de muitos. É verdade! não é Polienisse não!

Neste domingo, tive um almoço primoroso na casa da minha irmã queridinha, que nos serviu um franguinho refogado e um angú sensacional, preparado com o fubá do Bichinho, huuuuum. Eu adoro a simples e saborosa comida mineira, céis sabem!

A grande coqueluche do dia foi o quiabo feito pela amiga Sil, prato esse que, segundo ela, numa manifestação solidária e giga-carinhosa, foi oferecido ao meu marido. Obrigada, querida, de coração! O quiabo dela, gente, é inigualável, não baba e é caprichadíssimo em seus sabores.

Lembro-me aqui do meu amigo Lical, que já articulou discussões acaloradas (inclusive publicadas na Veja, há priscas eras) sobre a melhor forma de cortar o quiabo, para evitar a sua baba.

A Sil (assim como o Lical), os corta lindamente, bem lavados e secos, na diagonal, jeito esse indicado para cortar qualquer legume, não apenas pela beleza estética, mas também porque se evita a perda de seus nutrientes. À parte, ela pica bem petitinho, um tanto de : pimentão vermelho e amarelo sem sementes, tomates sem sementes e cebolas. Reserva tudo, separadamente.

Ela põe para esquentar um tanto de azeite, em uma imensa frigideira, em fogo altíssimo, de modo que a mesma fique quase "em brasa". Aí sim, vem a hora de colocar os quiabos picados e deixa-los ali, esquecidos, SEM MISTURAR COM QUALQUER COLHER ( o grande macete para não babar) e tampa. De vez em quando, ela dá um tremilico na frigideira, para não queimar nada no fundo.

Depois de "selados" os quiabos, ela os tempera com sal, junta os outros legumes picados na frigideira e tampa, sem misturar, só treme a panela, de vez em quando.

E aí é aquela história de espetar o garfo e provar os pedacinhos do paraíso, para verificar se estão no ponto que é: quiabos crocantes, tenros e deliciosos. Uma verdadeira iguaria!Vejam só na imagem abaixo.


São os quiabos sem a baba, oferecidos ao meu marido,he, he, he...


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