segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

dia da fortuna: nhoque delícia

Domingo, eu saí para almoçar em um restaurante italiano, bem bonzinho, sobretudo por ter um nhoque honesto. Adoro nhoque e eu tenho alguma dificuldade em fazer na minha casa. Acho meio trabalhoso. Tive uma empregada,a Lenita, que fazia um nhoque perfeito. Naquela época (nos idos de 1980)  eu não dava tanto valor para tal iguaria, muita embora me esbaldasse comendo tudo que ela preparava até acabar e lambendo a travessa escondida na cozinha . Jamais busquei aprender com ela tal delícia, do que me arrependo muito. Hoje fico  na luta para tentar repetir o "nhoque da Lenita". Nunca consegui!!!

Todos já sabem: o dia 29 de cada mes é o dia da fortuna, dizem que é mais uma invenção dos argentinos, os quais eu adoro, (podem bater pezinhos no chão, mas eu gosto deiis!!!) Neste dia, deve-se comer nhoque, á noite, com uma nota de dinheiro, de bom valor, debaixo do prato, para chamar mais dinheiro. É esta a superstição... Num acredito muito não. Mas aproveito dela, para comer nhoque, com força!!!

Acho muito difícil encontrar um bom nhoque em restaurantes.A maioria é pura farinha e pouca batata.Fica meio massudo e com gosto da farinha. Fazer em casa, dá um bom trabalho, sobretudo por que temos que dar uma sorte danada para encontrar as batatas boas e adequadas para tal preparação. Elas tem que estar bem ricas em amido e com pouca água.

Para 4 a 6 pessoas, eu uso 6 batatas médias cozidas com casca. Depois de descascadas, mas ainda quentes, pico e espremo como para puré. Nessa massa, junto um a dois ovos inteiros, uma a duas xícaras de farinha de trigo ( tem de ser o mínimo, somente para dar liga), sal e misturo até formar uma massa que dê para enrolar. Se ficar mole demais, eu coloco um pouco mais de farinha, muito pouca, para dar o ponto necessário. Enrolo em forma de "minhoconas", no meu granito da pia da cozinha, esfarinhado com farinha de trigo. Aí vou cortando os quadradinhos, com uma faca. Se estou com tempo e paciência, dou uma marcada com o garfo por cima de cada um ( isto ajuda a pegar mais o molho). Separo tudo em um tabuleiro, também esfarinhado.


Coloco em panela grande, água para ferver. Quando estiver borbulhando, jogo os nhoquinhos nessa água borbulhante e só retiro-os quando boiarem na superfície.

 Á parte, faço o molho.O que eu mais gosto é o sugo ou pomodoro. Somente, tomate sem casca e sem sementes, batido no processador ( sem água, please). Considerando a minha preguiça, uso, como alternativa, os tomates pelados em lata ( que são ótimos), refogados em cebola batidinha, alho, sal, pimenta do reino, orégano e azeite. Deixo cozinhar bastante, até  ficar bem espesso e desmanchado.

Separadamente, gosto de dar um toque de pesto,sobre o molho sugo, que eu faço processando ou socando, um molho de folhas de mangericão, uma pitada de sal, dois dentes de alho, duas colheres de sopa de pinoles (ou castanha de cajú ou do Pará, ou amendoas ou nozes) meia  xícara azeite extra virgem até dar uma cremosidade , suco de meio limão e duas colheres de sopa de queijo parmesão ralado.

Então, é só colocar o dinheiro debaixo do prato do nhoque ( uso notas altas) e aproveitar do seu ótimo sabor. Aí, amigos, o retorno financeiro é só um detalhe diante a tal delícia!!!

Dica: molho pesto processando junto com o mangericão: salsa, cebolinha, hortelã, raspas de limão e files de anchovas e aumentando um pouco as castanhas, o azeite, o suco de limão e o parmesão, fica ótimo também. Trata-se do tradicional molho verde mediterrâneo, que cai muito bem em massas, peixes, aves e etc.Huuuuum. Os molhos de queijos também dão certo...

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