sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Ainda na Bahia: Penne com lagostins

Que delícia estar na beirada do mar da Bahia rodeada de amigos. Nada mais divertido e histórico. São mais de 20 anos viajando por aqui com amigos queridos. Tal situação me leva a alguns dos meus baianos preferidos, que juntos interpretam esta beleza.


Não poderia deixar de ressaltar também a deliciosa culinária baiana, repleta de peixes, camarões e lagostas, em preparos diferenciados e picantes. Adoro!

Pausa para o momento politicamente e legalmente correto: Pessoal, no verão, JAMAIS aceitem pratos preparados com lagostas frescas. Nessa época tal pesca é proibida, como já ressaltei neste post. Não deixem de se informar, a fim de não cometer e nem incentivar crimes ambientais.

Voltando... no meu primeiro dia de Bahia me esbaldei com um fantástico espaguete, preparado com camarões frescos. Então, uma coisa puxa a outra e me lembrei da ultima massa que fiz em casa: Penne com molho de lagostins ( ou camarões, ou lagostas). Havia sobrado um tantico de files lagostins congelados, os quais adquiri a bom preço, para enriquecer um bobo de camarão, preparado na semana anterior.

Para 6 a 8 pessoas, eu cozinhei "al dente" um pacote de espaguete em água fervente com uma colher de sobremesa de sal grosso. Enquanto isso, preparei um molho, refogando 500g de files de lagostins, em frigideira grande e bem quente, na qual dourei 2 dentes de alho em duas colheres de azeite. Após ficarem rosados ( uns 5 minutos), temperei com sal e pimenta do reino, deglacei a frigideira com uma xícara de vinho branco seco do bom. Juntei um ramo de tomilho e uma xícara de creme de leite fresco e esperei ferver por mais 5 minutos. Acertei o sal, a pimenta do reino, juntei a massa já cozida e escorrida, com uma concha da água do cozimento. Misturei tudo.

Aí, é partir pro abraço.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Saudade da Bahia: carne cozida em vinagre

Começo esta postagem assim... vou à Bahia...


Convenhamos, já passou da hora do verão chegar por aqui. Assim como a presença do sol, as minhas inspirações estão próximas de zero.

Então fica aquela falta dentro do peito, falta do céu azul, do calorzinho, do mar. Queixa antiga esta minha. Há um ano atrás a minha reclamação era a mesma. Mas em breve estarei por lá.

É batata, verão na Bahia não tem erro: muito sol, muito mar, muita comida boa. Tento fugir deles todos, do sol principalmente. Mas, no meu jeitinho contemplativo de ser, me faço de morta, embaixo na melhor sombra da praia e... fico olhando o mar e mais nada. Amo estar por lá e jamais me canso de contemplar.

Enquanto isto, vou me virando, buscando diversão e alegria na produção de festas de familiares e amigos. Para próxima que virá, fiquei encarregada de preparar tabule e uma carne de boi. De início, pensei em um rosbife de lagarto. Porém, como os convidados são muitos, achei meio trabalhoso. Nesse caso, optei por uma carne cozida desfiada e bem temperadinha.

Há anos, preparo um receita giga fácil e deliciosa, inspirada nas delícias que aprendi com minha amiga Ana de Maceió ( hum... Maceió, que maravilha!).

Para 10 a 12 pessoas eu usei 1k de patinho que coloquei em uma panela de pressão, submerso em um copo de vinagre de vinho branco, meio copo de óleo de canola e uma folha de louro e ...mais nada. Deixei cozinhar sob pressão por uns 40 minutos ou até ficar bem macia. Desfiei a carne e reservei. Na borra que sobrou na panela, eu refoguei 2 cebolas em rodelas finas, 2 dentes de alho picados, uma pimenta dedo de moça picadinha, sem sementes, tomilho e orégano frescos, sal e pimenta do reino moída na hora. Adicionei 100g de shitake (estava quase perdendo na geladeira), azeitonas picadas e passas. Desliguei o fogo e acrescentei um punhado de tomates cereja, partidos ao meio, as raspas e o suco de um limão siciliano pequeno, mangericão roxo, orégano fresco, salsa e cebolinha picadas. Vejam só a delícia.


Aí, só falta um pãozinho básico e pronto...

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Festas, chuvas, festas chuvas: Bacalhau Espiritual

Ontem, junto aos meus, me expressei da seguinte maneira: "Num to aguentando mais este rojão". Minha filha não entendeu e me perguntou: "que rojão?" Tive uma baita preguiça de explicar o significado. E não expliquei. Afinal, estou giga cansada mediante a tal enfrentamento, não tendo disposição para explicar nada.

Por desejo, escolha e curtição, eu devo ter preparado ou me envolvido na produção de pelo menos uma meia dúzia de festas, entre comemorações e encontros, somente neste ultimo dezembro, em meio a esta temporada de chuvas infinitas. E confesso: tal temporada está mofando a minha disposição e dando água nas minhas inspirações.  Afora, que enfrentei a envolvente missão de preparar toda a infra estrutura para receber a minha grande família em minha casa. Vai daí, que mediante à tanto apelo, eu dei um tempo na escrita e fiquei sem aparecer por aqui.

Interessante é que as minhas fontes de inspirações também secaram, em meio a tanta água. Nada de novo. Para todos nós, é tempo de descanso, de férias e de renovação, eu creio. Não vejo a hora de dar "um chega prá lá" na chuvada... Uma prainha no sol forte, seria perfeito. O meu jardim ao sol, razoável...

Daqui há dois dias, preparo mais um encontro para niver da minha filhinha, que em breve retorna para a sua vida em Paris. E claro, me animei para mais uma produção. Então, estou de volta!

Conto que este dia tão especial,  seja de sol de verão e de noite estrelada. Isso posto e sabendo das saudades dela do mar e da praia baiana, decidi implementar um cardápio bem brasileiro. Afora os petiscos de sempre, vou preparar um cucus paulista, casquinha de siri, torta de galinha e ainda um bacalhau espiritual, dentre outras delícias.

Embora ele não demonstre bem todo o esplendor do bacalhau, o bacalhau espiritual é excelente para "fazer render" esse delicioso peixe, em uma preparação muito saborosa, barata e saudável.

No início do preparo, eu deixo de molho o miolo de 2 paezinhos dormidos e picados em um copo de leite integral quente. Para 10 pessoas, eu refogo, em fogo alto, 150 g de manteiga e duas colheres de chá de azeite quentes, uma cebola grande, 2 dentes de alho picados e 4 cenouras pequenas cruas, limpas e raladas em ralo grosso. Ao amaciar tais legumes, eu abaixo o fogo, junto 500g de bacalhau do Porto demolhado e em lascas. Deixo cozinhar um pouco. Junto o miolo de pão, sem o leite, bem escorrido e espremido entre as mãos e misturo bem.

Enquanto isso, eu faço um molho bechamel (molho branco), usando 1 colher de sopa de farinha de trigo, misturada com uma de manteiga derretida. Depois de bem misturado e homogêneo, eu junto um copo de leite integral. Tempero com sal, pimenta e noz moscada ralada na hora e o suco de 1/4 de limão. Quando o molho estiver engrossado, eu desligo o fogo, retiro a metade do molho e junto ao bacalhau já refogado. Coloco tal mistura em uma forma refratária.

Na metade do molho restante, eu adiciono 2 gemas de ovos misturadas , meio copo de creme de leite fresco e duas claras de ovos, bem batidas em neve. Coloco tal creme sobre a mistura de bacalhau, salpico queijo parmesão ralado por cima e levo ao forno, pré aquecido a 180 graus, até dourar.


Sirvo com arroz e uma salada de folhas, bem temprerada. E só...Ops... é claro, como eu nao resisto, eu coloco um fiozinho de azeite extra virgem e algumas azeitonas pretas no meu prato.
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