terça-feira, 26 de julho de 2011

Sampa, mais um retorno: Cuscuz paulista

Acontece com todos nós, eu sei: usar daquela desculpa burocrática de resolver algum compromiso, para aproveitar livremente dos encontros, dos lugares e dos sabores. Foi assim comigo em São Paulo, nesta e em muitas vezes que por lá estive. Eu amo Sampa, como já confessei aqui. Nem vou comentar sobre os fortes e insistentes motivos burocráticos que me levaram lá, mas sobre os que deles decorreram, putz...


Adquiri, finalmente, os meus primeiros mimos (de uma imensa e futura coleção) da Pandora (aqui); modernizei a minha mesa de maquiagens, na drogaria Iguatemi ( aí, eu cada dia mais profissionalmente mulherzinha); me reencontrei com o bife a milaneza do Nou (o melhor do Brasiiiiil); me emocionei muito, totalmente entregue, com a exposição da Louise Bourgeois (aqui). Sobre isso, sem comentários, para não chorar. Só vendo! Mas segue aí uma obra dela, referente a posição da histérica...




Mais nada a dizer sobre isso!!! 


ADENDO: No Starte do Globonews do dia 26/07/2011 (aqui), mostra um pouco desta exposição


Partindo daí então, para o que é possível ser dito, devo confessar: não tenho qualquer referência familiar com a culinária paulistana, muito embora tenha uma história de trinta e tantos anos com essa cidade, que me pegou nas emoções dos encontros, nos afazeres culturais, no consumo e também e claro, na comida. Como já disse aqui, foi lá que aprendi a apreciar as massas, as quais são hoje, as minhas prediletas, em termos de elaborações culinárias.


Puxando pela memória, tenho sim uma história familiar sobre a culinária paulistana. A do meu pai, que na sua viagem por lá me relatou, maravilhado, a sua experiência com o Picadinho a Cocó que comeu no Piolim, há priscas eras. Trata-se de um clássico deste tradicional restaurante, situado na Rua Augusta. Conheço e adoro tal preparo: refogado basicão de filé mignon, acompanhado de milho verde, cebola, tomate, banana à milanesa, ovo frito e arroz. Um verdadeiro conforto para os mineiros perdidos naquele "mar"de excelentes opções gastronômicas.


Desta vez, pude me reencontrar com o "the best" típico de tal culinária, num almoço rápido e saboroso de "comida à quilo da esquina" da rua em que eu estava, no meu primeiro dia em Sampa: Cuscus a Paulista. É certo, me fartar de tal prato, foi o conforto e o aconchego que eu precisava para o meu coração, naquele momento. 


Nem de longe, o resultado da minha receita aproxima ao de uma querida amiga paulista. Mas, até para homenegeá-la, repasso assim mesmo.


Eu refogo, em meia xícara de azeite, 8 tomates maduros picados, 1 pimentão vermelho e um amarelo, picadinhos sem sementes e um copo de ervilha congelada. Depois de amaciados, junto  2 tabletes de caldo de galinha e 4 xícaras de chá de água quente. 


Misturo nesse caldo, 4 xícaras de farinha de milho, com 2 colheres de sopa de farinha de trigo, mexendo lentamente e cozinhando, devagar, até encorpar tudo, como uma massa. Junto nessa massa meia lata de palmito picado, 1,5 latas de filet de sardinha, um tanto de azeitonas picadas, sem sementes e salsinha picada.  


Monto tal massa em uma forma para bolo, com o seu fundo e lados untados com um excelente azeite, enfeitados com tomates fatiados em rodelas, files de sardinhas inteiros,palmitos em rodelas e fatias de 3 ovos cozidos, procurando fazer alguma decoração.


Espero esfriar, desenformo em uma travessa e enfeito com alfaces rasgados.

















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