quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Branco, dourado e prata. É necessário mesmo?

Por tradição, superstição e adequação, sempre uso branco e/ou dourado e/ou prata no reveillon. E sempre são as mesmas roupas, pois não tenho o hábito de usar tais cores no meu dia a dia e nem de comprar "a roupa do reveillon". Aí vou aproveitando o que eu já tenho... 

Isso posto, pode-se imaginar que, em todas as festas de reveillon,  fico sempre com o look igual ao do ano anterior, só que mais velha e acabada. À essas alturas da vida, ninguém está nem aí para isto. Mas eu estou!!! Não é estratégico este procedimento de repetição do look, somente por causa do tipo de evento... É necessário mudar o look, para conduzir os olhares dos outros às nossas roupas e não às nossas marcas do tempo.

Nesta passagem de ano, pretendo mudar tudo, usando um mix de branco, preto e vermelho. Não é por nada importante. Simplesmente, quero estreiar a minha saia de seda listrada com essas cores, que eu comprei na Lísia e as minhas sandálias preta e vermelha que eu comprei na Villa Vicini ( sem nem lembrar da saia). Mas deu tudo muito certo!!!. Não resisti... Eu realmente sou fútil!!!

Que ódio... Não consigo manter o meu estilo "desapego"...Então,  vejam só como as sandálias são lindas... e como combinam com a minha sainha... Só não sei se vão combinar com este meu corpinho!!!



 Agora, o problema será achar uma camiseta à altura. Mas estou confiante na meu senso estético...

O make será outro problema. Minhas sombras clarinhas e modernas da Benefit, que eu encomendei para tal evento, não chegaram (creio que fiquei presa na Receita Federal)... e aí?

Com o que eu já tenho, creio que vou usar,. nos olhos, algo do tipo brancão e somente uma marquinha mais escura no concavo ( um chumbo brilhante...). Blush rosinha, sombrancelhas com os fios brancos escondidos, uma ótimo rimel e um bocão com o Diablo da Ilamasqua ( meio pretão)

Vai combinar com roupa, estou certa disto...

solitários, mas em grande estilo: Atum em casca crocante e pera com chocolate

Vou repetir o que todos já sabem: eu adoro uma festa!!! Mas, neste ano, como eu já disse: tô devagar,quase parando. Na passagem do ano, não fosse um encontro marcado entre poucos amigos na casa do meu compadre, ficaria por aqui mesmo e faria um jantar prá dois...

Serviria uns bons queijos como entrada, o Chateneuf-du-Pape, que trouxe de lá , com  um atum fresco em capa crocante sobre cama de folhas, e de sobremesa, peras assadas com chocolate e sorvete, e só...

Claro, brindaria a passagem, vendo os fogos do meu jardim, com uma Veuve-Ciquot bem geladinha.

Este atum  é delicioso, mas dá um certo trabalho. Eu compro os files altos de atum fresco (no Verdemar sempre tem) e divido em porções individuais generosas. Á parte, soco no meu socador de pedra,  sementes de gergelim, pistache, pimenta branca, tomilho seco e sal. Enxugo os files com papel toalha, pincelo clara de ovo e passo pelos temperos triturados, em todos os lados do file, apertando bem para que eles fiquem bem aderidos. Deixo algum tempo na geladeira. Cubro o fundo de uma frigideira com azeite e deixo esquentar. O azeite não pode ficar quente demais, senão a crosta do atum se solta no azeite. Frito cada lado até ficar tostado e virando uma só vez. Ele fica tostado e crocante por fora e  vermelho rosado por dentro (como um rosbife) e é assim que fica bom. Sirvo numa cama de mini  rúculas, alfaces de vários tipos rasgados e temperando apenas com azeite e vinagre balsâmico emulsionados ( na proporção de 3 para 1, batidos).

As peras, eu uso as mais duras. Descasco, corto em duas partes, tirando as sementes, fervento numa calda fina açucar, com algumas especiarias ( aniz estrelado, cardamomo,pimenta da Jamaica) até ficar transparente. Disponho as peras em um pirex com chocolate meio amargo derretido, cobrindo cada metade de pera. Na hora de servir, dou uma esquentadinha no forno e sirvo ainda quente, com sorvete de creme.

Dia de flores: o retorno

Finalmente, a chuva melhorou um pouquinho e eu pude conferir os resultados da manutenção do meu jardim, realizada neste semana. Tudo aparado e podado e algumas poucas flores. Mas fiquei felizinha de ver minha chuva de ouro bem florida, coisa que não acontecia há tempos. No mais, alguns beijinhos novos servindo de moldura aos canteiros,uma ou duas hortências floridas, meu alecrim bem tratado e um lugarzinho, no talude de heras, coberto de begônias floridas.


 Chuva de ouro que deu uma aprumada ao ficar mais exposta ao sol

                                                  A Hortência quase que filha única

                                                        Begônias floridas e abaixo o alecrim

A samanbaia "secular" cedida pela avó do meu marido, também estava exuberante.



Por coincidência, assisti ontem, em um programa da Martha Stewart sobre jardins, um passeio pelo roseiral que ela tem. Perdi o folego... Noh, as roseiras maravilhosamente floridas, de todas as qualidades e cores, por todo os canteiros e subindo em trepadeiras nos arcos e pergolados, implantados sobre os caminhos do jardim. Me lembrei do  Rosedal do Parque do Prado que visitei em Montevideo. Mas nem ele chega perto ao dela.

Ou seja, existe um abismo entre a ficção Martha Power ( e de ética duvidosa) e a minha realidade mulherzinha. Mas, gosto de olhar e sonhar com ela . Não achei fotos do jardim de rosas da Martha, mas  tem outro mega jardim dela abaixo, com o qual eu tembém sonho. É, minha gente,ela tem vários jardins em várias propriedades.


Pelo menos, a Martha dá algumas dicas boas de arranjos florais, que são mais próximos da nossa realidade. Veja no link abaixo uma dica, que não foi bem a que eu quis compartilhar, mas também é legal. E mãos a obra, vamos enfeitar a nossa casinha para a chegada de 2011. Vejam mais idéias de arranjos florais no site.
http://www.marthastewart.com/article/classic-fall-centerpiece#ooid=5mMDdzMTp-DhrbY3iUWAFPYw1XIPdA26

DICA: Para quem vai fazer festa e quer usar muitas flores, sugiro conferir o atacado de flores da rua Mariana 1275 ( Holambelo), no Bonfim ,lá encimão, depois do cemitério. Lá tem de tudo, mais barato e em grande quantidade. É só ter paciência, pois fica muito cheio, o atendimento é médio e tem que ir hoje quinta feira, pois as flores já devem ter sido entregues pelos forncedores. Veja dicas de arranjos neste link de um dos meus posts...

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

presidente com A

Não me conformo em chamar a Dilma de presidenta. Eu tenho a minha gerente de banco e a chefe da empresa. Por que para presidente tem de ser com a? Pode ser correto, mas é muito feio...

Lembrei-me disto porque o dia da posse dela está chegando e eu já estou esperando por ela vestida em mais um óbvio terninho, que eu conto que não seja vermelho. Dizem que será Branco Off. O quê que é isso genteim??? White off???

Mas sabemos que,será mais um oooobvio terninho, neimm... Acho os terninhos muito elegantes ( se for um Armani então, nem se fala).  Porém, eles são para usar em raras ocasiões. Não pode ser a única vestimenta possível. Então, usar só e somente só, terninhos, não dá. É muito óbvio e desprovido de qualquer criatividade.

Me pergunto se ela, a nossa presidenta vai ao baile de posse com um terninho de lantejoulas? E se vai usar, nos jantares formais e diplomáticos, terninhos de seda, tafetá, renda, com golas de pele ou de arminho? Não vai rolar, há de ter alguma outra opção à altura da mulher que ela é e do Brasil que somos... ( noh tô boba com o meu patriotismo e com a minha confiança!!!)

Pelo menos, a Dilma é bem discreta e não peca tanto no estilo. Até usa uns ternos simpáticos (os vermelhos, acho medonhos) e parece que ela fica bem à vontade neles. Entendo a escolha dela, pois não tem pernas, braços e nem colo interessantes para mostrar??? Aí melhor esconder mesmo e ficar à vontade. Mas ela é maior que isto e então perder  toda feminilidade, por ocupar um cargo tão macho, não dá!!!

Convenhamos, bem que ela podia dar umas inovadas de estilo no seu guarda roupa. Não espero que ela seja nenhuma Carla Bruni ou Michelle Obama que arrasam na elegância. Elas são  bem mais jovens esbeltas e bonitas do que a nossa Dilma. Mas vamos combinar, elas não passam de primeiras damas, que podem ser esvoaçantes e mulherzinhas, sem preocupar com mais nada. Os maridos delas,que são os presidentes compromissados, usam terno e gravata. Será que a nossa presidenta, terá ainda que usar gravata um dia??? brincadeirinha...

Concluindo, vejam só a elegância e a simplicidade das roupas da Michelle e da estilista dela. Pelo menos socialmente, nossa presidenta poderia se inspirar aí e ser  um pouquinho só mais mulherzinha, não?


a nossa Dilma terá,que emagrecer muito para por a mostra tais bracinhos


Abaixo a elegância da Constanza Pascolato que também ajuda na inspiração. 



Taí um desafio, qual roupa feminina, bem mulherzinha, que combina com a presidenta Dilma?

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

dia da fortuna: nhoque delícia

Domingo, eu saí para almoçar em um restaurante italiano, bem bonzinho, sobretudo por ter um nhoque honesto. Adoro nhoque e eu tenho alguma dificuldade em fazer na minha casa. Acho meio trabalhoso. Tive uma empregada,a Lenita, que fazia um nhoque perfeito. Naquela época (nos idos de 1980)  eu não dava tanto valor para tal iguaria, muita embora me esbaldasse comendo tudo que ela preparava até acabar e lambendo a travessa escondida na cozinha . Jamais busquei aprender com ela tal delícia, do que me arrependo muito. Hoje fico  na luta para tentar repetir o "nhoque da Lenita". Nunca consegui!!!

Todos já sabem: o dia 29 de cada mes é o dia da fortuna, dizem que é mais uma invenção dos argentinos, os quais eu adoro, (podem bater pezinhos no chão, mas eu gosto deiis!!!) Neste dia, deve-se comer nhoque, á noite, com uma nota de dinheiro, de bom valor, debaixo do prato, para chamar mais dinheiro. É esta a superstição... Num acredito muito não. Mas aproveito dela, para comer nhoque, com força!!!

Acho muito difícil encontrar um bom nhoque em restaurantes.A maioria é pura farinha e pouca batata.Fica meio massudo e com gosto da farinha. Fazer em casa, dá um bom trabalho, sobretudo por que temos que dar uma sorte danada para encontrar as batatas boas e adequadas para tal preparação. Elas tem que estar bem ricas em amido e com pouca água.

Para 4 a 6 pessoas, eu uso 6 batatas médias cozidas com casca. Depois de descascadas, mas ainda quentes, pico e espremo como para puré. Nessa massa, junto um a dois ovos inteiros, uma a duas xícaras de farinha de trigo ( tem de ser o mínimo, somente para dar liga), sal e misturo até formar uma massa que dê para enrolar. Se ficar mole demais, eu coloco um pouco mais de farinha, muito pouca, para dar o ponto necessário. Enrolo em forma de "minhoconas", no meu granito da pia da cozinha, esfarinhado com farinha de trigo. Aí vou cortando os quadradinhos, com uma faca. Se estou com tempo e paciência, dou uma marcada com o garfo por cima de cada um ( isto ajuda a pegar mais o molho). Separo tudo em um tabuleiro, também esfarinhado.


Coloco em panela grande, água para ferver. Quando estiver borbulhando, jogo os nhoquinhos nessa água borbulhante e só retiro-os quando boiarem na superfície.

 Á parte, faço o molho.O que eu mais gosto é o sugo ou pomodoro. Somente, tomate sem casca e sem sementes, batido no processador ( sem água, please). Considerando a minha preguiça, uso, como alternativa, os tomates pelados em lata ( que são ótimos), refogados em cebola batidinha, alho, sal, pimenta do reino, orégano e azeite. Deixo cozinhar bastante, até  ficar bem espesso e desmanchado.

Separadamente, gosto de dar um toque de pesto,sobre o molho sugo, que eu faço processando ou socando, um molho de folhas de mangericão, uma pitada de sal, dois dentes de alho, duas colheres de sopa de pinoles (ou castanha de cajú ou do Pará, ou amendoas ou nozes) meia  xícara azeite extra virgem até dar uma cremosidade , suco de meio limão e duas colheres de sopa de queijo parmesão ralado.

Então, é só colocar o dinheiro debaixo do prato do nhoque ( uso notas altas) e aproveitar do seu ótimo sabor. Aí, amigos, o retorno financeiro é só um detalhe diante a tal delícia!!!

Dica: molho pesto processando junto com o mangericão: salsa, cebolinha, hortelã, raspas de limão e files de anchovas e aumentando um pouco as castanhas, o azeite, o suco de limão e o parmesão, fica ótimo também. Trata-se do tradicional molho verde mediterrâneo, que cai muito bem em massas, peixes, aves e etc.Huuuuum. Os molhos de queijos também dão certo...

domingo, 26 de dezembro de 2010

O Banquete dos Mendigos: as sobras das ceias

Ha muito anos atrás,minha irmã Flávia e o seu marido Cris,juntos com vários amigos, criaram uma tradição. Eles se encontram no dia 25 de dezembro, levando as sobras dos pestiscos das ceias familiares, assim como as bebidas e comemoram o natal destes amigos. Já pariticipei de alguns deles. Mas de uns anos prá cá, não tenho conseguido ir. Fico mega cansada, depois dos preparativos que antecendem o natal, da ceia na casa da minha mãe no dia 24 e do almoço do dia 25, na casa do meu cunhado. Não tenho mais tanta saúde e nem disposição, para tanta comemoração.

Este ano o  Banquete dos Mendigos ( cujo nome homenageia os Rollings Stones) aconteceu no Bar do Xexéu, em Santa Tereza. Não fui, mas já sei que foi ótimo, com muitos reencontros que eu gostaria de vivenciar e com direito aos toques do Toninho Horta, que é um dos participantes da turma, dentre outros do Clube da Esquina  e agregados.

Mas mesmo para quem não faz tais encontros, as sobras de ceias podem ter ótimos destinos. Eu sou capaz de preparar verdadeiros "banquetes de ricos" com elas. Por exemplo: com as das aves desfiadas, eu faço um refogado com cebolas, alho, cheiro verde, azeitonas, passas e outra frutas secas, misturo com um  molho branco, bem temperado, queijo ralado e claras bem batidas em neve. Asso,e tenho aí um ótimo suflê. Às vezes, uso tal recheio em uma massa folheada, comprada pronta, para fazer uma torta ( aí, uso pouquissimo molho branco e sem as claras).

As carnes vermelhas, eu fatio ou desfio, junto com tomates picados sem semente,cebola e alho picadinhos, gengibre ralado, cheiro verde picado, mangericão e hortelã picados.Tempero com sal, limão, muito azeite extra virgem, orégano e pimenta moida na hora. Então, tenho uma excelente salada de carne, que pode ser degustada com as torradas dos pães que sobraram da ceia.

As carnes de porco, eu desfio, junto com cenoura ralada crua, os presuntos picados, pimentões picados, cheiro verde, passas e outras frutas secas, batata palha frita. Tempero com  maionese batida com um tantinho de creme de leite e um toque de wiski e transformo num salpicão à francesa.

Com as sobras dos queijos picados, eu misturo um pouco de leite integral, levo ao fogo, mexendo sempre e, se tiver em casa, coloco um tantinho de creme de leite fresco. Salpico um pouco de nóz moscada e tenho um excelente molho de queijos para massas.

Com os diversos tipos de arroz, inclusive os risotos, faço bolinhos de arroz. Junto temperos verdes, poucos ovos, o suficiente para dar liga, um pouquinho de farinha de trigo. Enrolo os bolinhos e deixo esfriar na geladeita antes de fritar. Senão eles desmancham na gordura. Aí, é só fritar em óleo bem quente.

E por aí vai...

Podem saber, na minha casa não se joga nada fora. É só ter um pouco de criatividade e de disposição, para que as sobras se transformem em ótimos pratos, para um Brunch  de domingo (ou "ajantarado", no bom portugês).

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Na última hora: rosbife de filet com mostarda

Ás vezes me acontece de não ter a inspiração necessária para fazer uma almoço de última hora. Por sorte eu tenho a minha ajudante Lene que trabalha na minha casa há mais de 10 anos. Ela aprendeu a cozinhar comigo e me supera em várias preparações. Normal: ela é jovem, paciente, interessada e também gosta de cozinhar. É ela que prepara todo o "mis-en-place" das minhas receitas. Pica tudo bonitinho, miúdinho e certinho, coisa que eu não consigo fazer. Numa daz últimas vezes que cozinhamos juntas ela comentou: "Poxa, a senhora cozinha muito bem. Mas não tem paciência alguma, né?" tive que concordar...

Obviamente, nos domingos e feriados ela não trabalha, mas a minha família continua a se alimentar. Portanto, pelo menos almoçar é necessário. Mas vamos combinar: comer em restaurante nesses dias, para mim, é um verdadeiro súplício. Tenho preguiça de sair de casa e, via de regra, a qualidade das comida, não compensa, tal produção. Nessas ocasiões, eu prefiro ir no supermercado rapidinho e comprar o que falta para fazer o meu rosbife de filet com mostarda, inspirado em uma receita da minha irmã Beth.

Uso um filet pequeno inteiro, bem limpo,  pincelo, sobre a carne, bastante mostarda, cubro-a por inteiro com fatias de bacon e asso em forno alto a 180° até dourar o bacon. Jogo na assadeira um vidro de champignon com um pouco de sua água, misturo-a à borra que se formou no fundo da assadeira e sirvo com arroz, batata assada com casca e um pouco de sal ( servida esmurrada com manteiga por cima) ,ou assada descascada com azeite, sal e alecrim e salada de folhas verdes. Parece uma bobagem. E é. Mas é gostoso e faz sucesso!!!

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Crochê de frutas: torta quente de bananas

Sobremesa na casa da minha infância, pouco sucesso fazia. Já viu né? em famíla de comilões e beberrões,doce não entra. Mas para as crianças ( eu inclusive) e algumas mulheres, o doce era indispensável. Senão era um tal de querer ir "boraprácasadormir", que os farristas não suportavam.  Minha avó Margarida, contemporizava tal conflito, fazendo deliciosas sobremesas. Uma, em especial, eu adorava, não só pelo excelente sabor, mas por todo mistério que envolvia a  sua produção.

Eu já sabia que a vovó iria fazer a torta quente de bananas, uns dias antes. Ela mesma comprava as bananas caturras e escondia  no armário dela, até amadurecer. Ela conhecia bem a voracidade da família e não podia deixar as frutinhas à vista, pois senão acabava tudo, mesmo se estivessem verdes. Então, o quarto dela ficava com um delicioso cheiro de banana misturado com Sophistiqué ( o perfume dela), que eu cheirava espontaneamente, nos momentos em que lhe fazia companhia e ela me ensinava o crochê. Jamais consegui fazer uma torta tão boa quanto a dela. Creio que eu não tenho amor familiar tão grande como o dela, e nem escondo bananas no armário. Mas eu tento superá-la até hoje!!!

Para um pirex retangular, de uns 20cm de comprimento, eu uso 6 bananas médias bem maduras (caturras ou pratas). Pico em fatias (de comprido), sobre uma colher de sobremesa de manteiga e cubro-as com 2 colheres de sopa de açucar cristal. Deixo no fogo baixo, a fim de obter uma banana flambada sem flambar ( nunca pensei em flambar, deve ficar bão), com uma calda leve.  Salpico canela em pó nessa mistura. Á parte, faço um espesso creme inglês (creme de ovos),usando a gema de 4 ovos bem misturadas em 3copos de leite integral fervido e uma colher de sopa de maizena. Uso o fogo baixo, com muito cuidado para não talhar as gemas, misturando sempre até o creme espessar, como para um pudim  (ou angú).Se ficar muito duro junto mais leite, se muito mole, junto pouquitos de maizena dissolvida em pouco leite. As claras, eu bato em neve com uma pitada de sal e 3 colheres de sopa de açucar refinado (não gosto muito doce) até ficar no ponto de suspiro ( em picos, e sem soltar da espátula). No pirex, coloco o creme de ovos frio,o doce de banana, frio e o "suspiro" por cima. Asso em forno baixinho, pré aquecido, até dourar o suspiro. Sirvo quente. Tem gente que gosta dela com sorvete. Eu não, gosto dela purinha!!!

DICA:não usem claras geladas, desanda o suspiro. Misturar o açucar às claras e dar uma esquentadinha, antes de bater, funciona bem para ela arear mais.

No Natal: Guardanapos

Desde de que eu sou a dona da minha própria casa, instituí o uso de guardanapos de papel, em todas as refeições. Minha casa sempre foi cheia de gente para almoçar. Então não tinha saída, tinha de ser o de papel mesmo e do mais barato... A medida que eu fui "crescendo" fui tendo acesso aos fofos guardanapos de papel e, a cada compra em supermercados, se passo à frente deles, escolho um e levo comigo prá casa.


Há uns dois anos cismei de fazer as minhas toalhas de mesa. Fico meio que enlouquecida com os tecidos, fitas, linhas, botões,rendas, bordados .... Tenho inúmeras idéias de combinações de tudo isto. Mas me faltam predicados para realizá-las. Não tenho jeito, nem capricho, nem calma e nem disciplina. Então, para realizar parte das idéias, costuro peças que não exigem grandes conhecimentos de corte e costura ( lençois, toalhas,paninhos de mesa, aventais e etc). E no ensaio e erro, vai dando certo. Me sobram então os retalhos. Esses também me enlouquecem, vou procurando destino para eles, para seguir tais destinos, compro mais tecidos e armarinhos. Ou seja, estou dentro de um circulo vicioso, do qual eu não pretendo sair jamais. Adoro, embora eu esteja cheia de coisas por fazer, sempre. Sou a rainha das pendências domésticas.

Um dos destinos nobres que eu descobri para os meus pedaços de pano foi a confecção de guardanapos. Se o evento na minha casa é para poucos, uso os de tecido. Gosto deles misturados, combinando as cores entre sí, tal qual são as minhas idéias.

Ontem recebemos de presente um bolo de banana muito bem embrulhado em tecidos. Fui logo desmanchando o embrulho para pegar nos tecidos, sem fotografar e estava lindo... burra e ansiosa!!! Mas fotografei as partes do embrulho antes de guardar. Observem a beleza de tudo e super simples de fazer. São dois retalhos, cortados com uma tesoura picotada ( indispensável para uma pessoa como eu, pois dispensa a bainha costurada), cerejinhas, canelas, fitas e lindo cartão de "scrap".


 Aí, meio vieram à cabeça, as idéias de arranjos com guardanapos, inspiradas também pela revista Make ( que é ótima ).Usei os tais paninhos também, vejam só...



 O da direita são os tais paninhos de embrulho, com os acessórios, o do meio são dois guardanapos juntos( um liso e uma estampado) Amarrados com fita e florzinhas de crochê, feitas por mim. Usei a mesma idéia à esquerda, só que com um porta guardanapos de sementes.

Abaixo os  profissa que eu fotografei da Make.

Existem formas diferentes  apresentação do guardanapo. Eu sempre uso as mais comuns que são essas aí de cima. Mas para as pessoas pacientes e caprichosas segue um passo a passo de um jeito legal de apresentação no endereço abaixo.

http://www.programaartebrasil.com.br/passo/passo_resultado.asp?id_evento=357&sms_ss=email&at_xt=4d13512a56c686ce%2C0

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Fotofobia power, com surdez fake: saladas de ceia

Uso óculos desde nem sei quando!!!. Era bem menina, quando surgiu em mim uma dor de cabeça crônica e parelamente ( não associada), uma surdez eventual. Tive uma prima que teve tumor no cérebro, ficou cega e veio a falecer, muitos anos depois. Então, a grande neura da famíla: tumor no cérebro.Fiz muitos exames de todas as ordens. Nada foi encontrado. Por fim me levaram ao oculista: eu tinha hipermetrofia e astigmatismo. Usando os óculos, a dor de cabeça sumiu, mas a surdez continuou. Novos exames foram,realizados a começar por uma audiometria, cujo resultado foi o de uma audição perfeita. Minha máscara caiu, ao constatarem que a minha surdez era seletiva e resultado também  de um pseudo-autismo, com o qual eu convivo a té hoje.Tem horas que eu penso demais e escuto muito pouco.

Hoje eu uso mais as lentes de contato, do que óculos. Me dei muito bem com elas, posso me maquiar e pinçar as sombrancelhas sem precisar daqueles óculos (dei a dica aqui), que são metidos a um "pince nez" contemporâneo.

Mas o melhor mesmo é poder usar óculos escuros, sem grau. Mesmo sem ter mania deles, eu os acho muito estilosos. Afora, que me dá um grande alívio com a minha fotofobia que é super!!! Prefiro ter bons óculos escuros e consequentemente, mais caros, do que improvisar. Jamais perdi qualquer um deles, como faço com as minhas sombrinhas. E, ao meu ver, os meus nunca sairam de moda. Então uso todos, a depender do dia, da roupa e da ocasião.

Como meu rosto é muito quadrado e grande, fica difícil encontrar óculos que fiquem legais. Mas sempre namoro, experimento, tiro, vou embora, volto, experimento de novo e decido se compro.

Este é o meu último e maravilhoso da Capolavoro, que é brasileira e tem um design incrível e uma cor fantástica, imitando madrepérola. Comprei na Zótica que também fabrica óculos lindíssimos, modernos e de bom preço.


Abaixo, o meu Armani, comprado em Barcelona, há mais de uma década, com o qual eu sempre havia sonhado. Um clássico, estilo Jackie Onassis
Agora, um Moschino, comprado em  BH mesmo, depois de muito namoro.É o que eu mais uso, pois é muito escuro, leve e lindo!!! 

 Este aí de baixo,eu nem sei a marca direito,comprei porque  achei a cor linda e queria uns óculos grandes, pois ainda eu não os tinha. Não gosto muito, pois ele embaça demais no meu rosto!!!
Tenho também um de grau, para uma envetualidade de não poder usar lentes, e outros sem  grau que eu adoro, comprados em   NY, há muito tempo. Mas estão velhos e quebrados ( Ray Ban e M.Monroe) e não consigo arrumar.

Concluo o seguinte: são necessários, pelo menos, 3 tipos de óculos escuros: Um básico ( o meu Moschino) um classudo ( o meu Armani) e um extravagante ( o meu de "madrepérola")
Gostaram da minha modelo, que eu trouxe diretamente dos estúdios Disney???

Agora estou eu aqui buscando um link do assunto dos óculos escuros, com as saladas de ceia. Tá difícil!!! Acho que é porque eu não sou muito ligada nelas. Mas tem umas, que tem tudo  a ver com as festas de final de ano, quer seja por seus ingredientes ou por suas cores. Eu não posso deixar isto passar em branco !!!

Uma simplérrima, que eu adoro por seu sabor bem mediterrâneo, mas sobretudo, por suas cores natalinas ( verde, vermelho e branco), é a de tomates cerejas, partidos ao meio, folhas de mangericão, pedaços de moussarela de búfala (do mesmo tamanho dos meios tomates). Faço um molho, à parte, só com limão azeite extra virgem , sal e pimenta do reino moída na hora. Simples assim!!!

DICA: Os molhos de salada que levam azeite, devem ter uma proporção de uma parte do componente ácido( limão,vinagre comum, vinagre balsâmico, molho de soja) para 3 partes de azeite. Daí, entram os outros temperos e sabores. O macete é bater bem tal mistura para emulsionar e ficar "cremoso" na hora de servir.

Outra salada, super simples também, leva folhas de agrião,com pedaços de queijo azul ( roquefort ou gorgonzola), e nozes em metades. Ela é temperada somente com bastante azeite extra virgem na hora de servir.

Uma mais chique, inspirada numa receita da Cristiana, consta de pedaços de manga Haden madura, mas firme, sobre uma cama de folhas de rúcula, cobertos com pedaços de presunto de parma. Tal salada é temperada com um molho de azeite, suco de maracujá, pouco mel e sal. Fica excelente, quando substituo a manga, por metades de figos frescos e maduros.

Por fim, não poderia deixar de falar das minhas saladas de bacalhau. Dessalgo as lascas de bacalhau do Porto por 36 horas, trocando a água 3 vezes ao dia e deixando na geladeira. Fervento as mesmas, sem jogar a água da fervura fora, até ficarem macias, mas sem desmanchar. Nessa água, eu cozinho igual quantidade de batatas picadas do mesmo tamanho das lascas. Misturo os dois ingredientes. Refogo, á parte, em muito azeite,cebola, azeite, pimentão vermelho e amarelo picados. Fora do fogo, eu misturo tudo com azeitonas pretas portuguesas e salsinha picada. Subsituir as batatas por feijão branco ( retirando os pimentões), também fica ótimo,mas aí é melhor serví-la morna, sobre uma camada de folhas de alface.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

O caro que sai barato e arrasa: Bacalhau à Brás

Posso dizer, com toda a convicção: não existe melhor comida para mim do que a que usa bacalhau. Sei que muitos tem o mesmo gosto meu : meu pai tinha, meus cunhados tem, minha filha também. Estou certa de que a maioria daqueles que me leem,vão se identificar com isto.

Quando eu era menina o bacalhau não era tão caro. Parecia até comida de pobre, tal como a dobradinha, a macarronada, o joelho de porco, a rabada, dentre tantas outras delícias baratas, que eram as que a minha grande família tinha acesso. Na minha casa, meu padrinho fazia um delicioso, em pedaços com muitos legumes e muito azeite ( à Biscainha, é isto???). O irmão dele ( meu tio), que morava em Salvador, um dos melhores cozinheiros que eu conheci nesta minha vida, fazia um outro, em filets grossos, com ovos ralados por cima. Putz, que maravilha!!!. Vamos combinar: não existe qualquer produto que seja tão versátil e prazeiroso de comer como o bacalhau. Ele sempre agradece (e nós também) em qualquer preparação. E é facílimo de preparar, desde que seja dessalgado adequadamente.

Mas hoje, poxa, o bacalhau é muito caro, principalmente por estar ameaçado de extinção. Mesmo sendo uma defensora da proteção da biodiversidade, eu sou exigente demais com os produtos que eu uso na minha cozinha. Então só uso o do Porto ou aqueles nórdicos de primeira linha, o COD ( o mais ameaçado), e sempre gasto muito, pois não gosto de enrolar o gosto dele, com outros ingredientes mais baratos. Mas bacalhau é bacalhau, a gente sempre pode fazer uma receita que renda muito, sem perder  o prazer do seu sabor. Como exemplo cito a Açorda de Bacalhau, muito bem feita pela Jú, o Espiritual do Pi, o à Biscainha do tio Darly e o Arroz de Bacalhau ( um vale tudo com sabor!). Mas o bacalhau à Brás, dentre estes que "rendem", é o meu preferido, pois valoriza muito o sabor de tal preciosidade.

Para 6 a 8 pessoas, eu uso 500g de bacalhau do Porto, comprado em lascas ( mais prático e, descontando as perdas com peles e espinhas do inteiro, é mais barato, podem acreditar). Eu dessalgo tais lascas, submersas em uma vasilha de água, na geladeira, por 36 a 48 horas, trocando a água 3 vezes ao dia. Para prepará-lo, já dessalgado, eu refogo uma cebola picada, 2 dentes de alho, meio pimentão vermelho picado, sem as sementes, em uma xícara de chá de azeite muito bom, até amaciar e reservo. Frito, em óleo de canola, ou outro bem neutro, 500g de batatas cortadas em palitos, do mesmo tamanho das lascas de bacalhau, até ficarem um pouco macias ( sem crocar). Misturo 4 ovos, à parte. Pico, também à parte, um molho de salsinha,uma xícara de chá de azeitonas pretas portuguesas (daquelas miudinhas).

Na hora de servir, eu misturo o bacalhau refogado em seus temperos, as batatas "semi fritas",os ovos batidos, as azeitonas pretas e a salsinha picadas, em fogo baixo, e por pouco tempo, para não "talhar"demais os ovos. Provo o sal,corrijo e sirvo somente com um arroz. Os tantos (e mais um) que forem provar isto, vão amar...

natal sem compras

Ontem na Folha ( Folha teen) saiu uma reportagem sobre os jovens não compradores de natal, assim como eu. Embora não seja teen, nem de longe, até hoje não tinha feito quaqluer compra de natal . Deus me livre do trânsito,  do estacionamento, da falta de táxi, da chuva, das filas, do mundareu de gente circulando pelas lojas. Não que eu não goste de consumir, seria muita cara de pau minha não adtmitir que eu gosto das coisinhas fúteis e dispensáveis. Mas eu detesto confusão de loja, de estacionamento, nem!!! que preguiça.

Mas ( sempre tem um mas), hoje eu tive que ir no BH shopping... algo me chamou  com aquele dedinho indicador apontando e me puxando para FNAC nova do 4° piso, dizendo: venha... venha... venha. Eu fui e não me arrependi. Fui cedo,antes das 10,  menos trânsito, achei vaga na hora e as lojas ainda estavam vazias. E a loja, senhoras e senhores, é 10.

O meu motivo maior foi ode comprar a minha Marie Claire Idee de natal, que por sinal eu não encontrei.  Mas (de novo), comprei a Make pós natal e também o presente de aniversário da Pat, que eu não vou dizer qual para não estragar a surpresa; dois livros para as férias um de mistério e um do Milton Hauton que eu super recomendo , escritor de Manaus que nos põe num mundo complementamente inusitado e estrangeiro ( destaco Cinzas do Norte e Dois Irmãos); uma coleção de canetinhas alemãs stabilo de tinta em ponta 88, de várias cores ( 25) que vem enrolada numa embalagem tipo um rocambole e um caderno de capa neon rosa choque com elástico, excelente para fazer minhas anotações sobre os meus vários projetos. Ou seja cada um com anotações de cada cor... até parece que eu tenho este capricho todo!!! Veja só:



Só sinto não ter encontrado o livro de receitas da Provence da Patrícia Wells...

Como eu já estava na chuva, fui logo me molhar ainda mais: achei sapatilhas lindas,confortáveis e de bom preço na Villa Viccini, comprei 3 ( para dar de presente, viu?) e uma palete de maquiagem, linda e cara também para presente, no Boticário.  Antes tivesse comprado pela internet na Benefit... saia mais barato!!!

Depois de tanta extravagância, me esforço, agora, para voltar para a turma dos "sem compras".

domingo, 19 de dezembro de 2010

Os falsos postiços: Bobó de camarão

No último sábado, foi dia de encontro familiar, super bão. Vocês não vão acreditar ao olhar os olhos que eu olhei, na hora em que cheguei!!! De cara eu perguntei para a minha prima, Bárbara dos olhos bárbaros, "nossa, que postiços maravilhosos, qual é a marca?" Não eram os postiços, eram os naturais!!!  Inacreditável, vejam só ...



                                                         '

                                                          OLHA ISTO!!! QUE BELEZA!!!

Após me conformar com os meus cilinhos, caí em mim e mudei de assunto. Tentei esquecer do make e fui para o lado da culinária.

Neste almoço de família, a minha sobrinha Líli, que mora em Itacarè, há mais de 10 anos, nos presenteou com um peixe assado e outro peixe em moqueca, ambos maravilhosos. Ninguém faz peixe como ela, só o marido dela, que é baiano. Eu tenho restrições com a moqueca baiana, mais particularmente com o azeite de dendê , o coentro e o leite de coco. Acho que eles roubam um pouco o sabor do peixe. Mas se usados como ela usa, é só ajoelhar e agradecer eternamente pelo merecimento de um sabor tão especial. Vejam só a diferença: o azeite é extraido do dendê, por ela mesma, o leite é extraído do coco e não é em vidro, o coentro gigante é do jardim dela e é o único que eu gosto, com força. Só pode ficar sensacional!!!

Mas a melhor comida que ela já me ofereceu, lá na casa dela de Itacaré, foi o bobó de camarão. As nossas receitas são as mesmas, mas o camarão "de lá" ( ou "dela") , quanta diferença!!!

Eu cozinho 500g de mandioca até quase derreter. Vale lembrar que a mandioca boa, é aquela que fica cortada no mercado, com casca, mas super, hiper, mega branca por dentro. Faço um puré com ela cozida e reservo. Numa panela de barro, refogo, em azeite, uma cebola picada, 3 dentes de alho amassados, 4 tomates maduros, sem casca, picados e deixo amaciar um pouco,no fogo. Junto 500g de camarões médios descascados, limpos e bem lavados e cozinho, naquele molho, até ficarem rosados. Tempero a mistura com um pouco de sal, pimenta do reino, pimenta malagueta. Adiciono o creme de mandioca (aos poucos), o suficiente para engrossar o refogado. Junto um vidro de leite de côco, uma colher de sopa de azeite de Dendê. Acerto o sal e a pimenta e a textura, com o creme de mandioca  ( tem de ser do tipo de um estrogonoff). Cubro com salsinha picada e um pouquinho de coentro picado. E está pronto!!!

DICA: Confesso que nas festas  cheias e joviais da minha casa, uso a mesma receita, substituindo o camarão, por peito de frango desfiado. É um arraso, pois fica muito bom!!! E bem mais barato. Para os vegetarianos,é só substituir os camarões, por palmito CULTIVADO.

O peru ausente ( frango recheado com pitangas)

Peru na minha casa, nunca vingou. Jamais pesquisei, desenvolvi ou executei qualquer receita com tal ave. Exceto em uma única oportunidade ao preparar um peito de peru assado, muito bem temperado, com  muito sabor. Mas ninguém deu importância e muitos nem comeram. Nunca mais fiz!!!

Noh...acho lindo aqueles perus assados, com toda personalidade, super dourados,  aparecendo ao fundo da cena ou como protagonistas do dia de ação de graças, de vários filmes americanos que eu curto. Penso que eles devem ser saborosissimos , sobretudo por ter muita história e tradição. Na ceia da casa da minha mãe, sempre tem peru assado, mas acho meio sem graça e nunca como.

Eu sempre prefiro um frango assado,como vocês já sabem!!!

Marcelão, pai da minha comadre e um grande amigo meu, me ensinou a fazer, há priscas eras e dentre várias outras delícias, um frango recheado de pitangas.

É tempo de pitangas!!!

Uso um frango caipira inteiro, de preferência, pequeno, limpo e lavado. Separo a pele, sem retirar, para temperar, entre  a pele e a carne e também por fora com sal, pimenta do reino moída na hora, alho picado,alecrim, suco de limão. Dentro do  frango, eu coloco muitas pitangas inteiras, maduras e lavadas( ainda não desenvolvi a técnica de desencaroçar pitangas), com cebolas picadas, manteiga, sal e um pouco de açucar. Fecho a abertura com palitos, ou barbante, amarrando também as cochas para ficar bonitinho. Coloco para assar em forno quente, a 180 graus, coberto com papel alumínio,com o lado brilhante em contato com o frango.Quando o frango está macio, retiro o alumínio e deixo dourar.Neste ponto, se houver um bom caldo na travessa, coloco batatas pequenas ou cortadas para assar junto com o tempero. Dá um ótimo acompanhamento para esse prato.

GRANDE DICA: Ao invés do recheio de pitanga, uso também um de limão siciliano cortado em oito partes. Fica até melhor, mas não tão pitoresco!!!

Tempo é ouro e mais... é vida

Muito amigos  se surpreendem de eu ter  tempo para "blogar". Tenho trabalhado, muito com questões que eu adoro, em meio ambiente. Afora isto, minha casa,  embora limpissima, está às moscas. São os filhos e o neto ausentes, que me dispensam de "cuidar da casa". Então, está assim: retoques de pintura por fazer, upgrade nos jardins, sofás e cortinas por arrumar, pois estão rasgadas por Zazá, minha cadela Doberman. Essa bichinha, me transmite um sentimento cheio de conflitos: odeio ela nestes momentos, de destruição,  mas acho lindo ela querer comer o meu cheiro deixado nas cortinas e no sofá. Confesso que eu a amo e ela sabe disso. Por isto destroi tanto!!! é mesmo paradoxal!!! olha só ela com a minha Nina, uma Golden que só me traz prazer e alegria. Elas são indiferenciadas!!!




Estou tentando organizar meu estúdio de costura, maquiagem, artesanato e meio ambiente, para mostrar como é possível conciliar tudo e ter tempo para fazer o que eu gosto e com muito prazer. Está difícil, pois troquei o meu espaço físico, agora bem menor, com a minha filha e ainda estou me organizando. Mas garanto: tenho o meu espaço de costura e artesanato, separado do de maquiagem que é separado dos meus trabalhos de avaliação ambiental. Uma mesa, gavetas, estantes e prateleira, para cada pedacinho da minha vida!!! Em breve mostro as imagen do meu mundinho mulherzinha.

Aí é assim, acordo cedo, faço meus acessos aos emails, respondo todos, acesso o banco, trabalho no que dá renda. Terminando tudo isto, parto para as pesquisas sobre minhas idéias fúteis, mas muito gratificantes e posto no blog tudo que eu descubro e penso.

E ainda dá tempo para assisitir as minhas séries de TV. A preferida, "The Good wife" produzida pelo Ridley Scott, que eu adoro. Vejo muitas outras e me pergunto:como estes roteiristas americanos podem ter tantos assuntos, tão interessantes e tão articulados!!! Só posso dizer: Eles tem a manha.

sábado, 18 de dezembro de 2010

la dolce vita: sorvetes de mel e de flocos

Nos almoços da minha casa, ao servir as sobremesas, uma amiga sempre me diz: "a minha sobremesa é o vinho"!!!Compartilho com ela essa máxima. Sobretudo se considero o trabalho que dá fazer uma boa sobremesa.  Ela exige paciência, disciplina e sobretudo, seguir a receita a risca, senão ela desanda. Infelizmente, eu não tenho tais predicados. Então a mestra das sobremesas da minha casa é a Pat, minha filha.

Temos um amigo que se diz adito em açucar. Quando ele vem almoçar aqui em casa, a Pat sempre faz um sorvete de mel ( não leva qualquer açucar) sensacional. Bem, esse sorvete, nem tem explicação de tão bom que é, e tem tudo haver com as festas de final de ano!!!

Para uma forma de bolo inglês, ela bate 300ml de creme de leite fresco, até o ponto de chantili e reserva. À parte, em  banho maria, ela bate 100ml de mel, 4 ovos caipiras, uma gema, até ficar uma mistura bem homogênea, clara e grossa. Ela mistura tal creme de ovos ao creme de leite batido. Coloca tudo junto e misturado  em uma forma de bolo inglês, forrada com papel filme congela em um freezer ou congelador por, no mínimo, 3 horas. Depois é só desinformar, numa bela travessa e cobrir com amendoas torradas, picadas, ou fatiadas, por cima. Noh é muiiiiito bom!!!

Dona Gel ( minha sogra, que sempre retorna nos meus posts ) também faz um sorvete sensacional, que é servido em todos os almoços de natal da família. Super simples: ela bate no liquidifcador uma lata de leite condensado, uma lata de creme de leite, uma lata de leite integral, uma colherzinha de extrato de baunilha. Depois, ela bate duas claras em neve, mistura com a misura anterior e adiciona, ainda, um tablete de chocolate meio amargo picado. Eu que nem sou ligada em sorvetes, adoro este!!!

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Coser e cozer: pernil de ceia

Sempre quis ter um forno elétrico, do tipo de padaria, para fazer os meus grandes assados e uma máquina de costura, para tentar realizar as minhas idéias. Ganhei os dois da minha sogra. A máquina é uma singer antigona, toda restaurada. É linda, boa de costura e cheia de acessórios, que eu nem sei usar. O manual dela, muito bem cuidado, é maravilhoso, escrito em português antigo e sem fotos, mas com ilustrações copiadas de desenhos originais feitos à mão. Trata-se de uma raridade, muito valiosa.

Olha só...





O forno, um Layr de bom tamanho, fica na churrasqueira e para usá-lo, tive que refazer as ligações elétricas do pedaço. Gasta uma energia da gota, mas tem valido a pena!!!



É nele que eu asso o meu pernil de ceia ( de natal ou reveillon),que também fica ótimo no forno convencional. Só que aí, a peça de carne tem de ser pequetita e talvez até sem o osso.

Eu gosto do pernil com osso ( acho mais imponente e mais divertido) e bem gordinho ( para um plus na maciez e no dourado do prato) , mas escolho sempre a menor peça que eu encontro ( porco mais jovem, menos contaminado). Antes de tudo, eu furo a carne com uma faquinha e insiro nesses furos, pedaços de alho, para dar aquele gostinho interno. Tempero a peça de véspera com sal, pimenta do reino moída na hora, pimenta malagueta, louro, alecrim, vinho tinto, raspas de limão, suco de limão e suco de laranja. Deixo dentro de um saco plástico, bem fechado para que o pernil fique totalmente imerso nesta vinha d'alhos, até o dia seguinte.

Então, retiro a peça do tempero, cubro com papel alumínio, com a parte brilhante virada para baixo( para corar) e asso em fogo alto, no começo e médio no final, por umas 3 horas ou mais ( 180° em média). De vez em quando eu vou lá olhar, virar de lado e umedecer com o tempero da vinha. Quando está macio, eu retiro o papel alumínio e deixo corar, sempre umidecendo com o tempero. E pronto...

DICA:  se quero ter um molho maravilhoso, eu retiro o excesso de gordura do tabuleiro, onde assei o pernil, coloco na chama do fogão, refogo alí cebolas em rodelas, para deglaçar, misturando aquela "borra" acebolada com uma colher de pau e raspando bem o fundo, com um pouquito do tempero. Cuidado para não ficar salgado!!! e provem, antes de todo o processo, o fundo do tabuleiro,  para verificar se não está queimado e amargo. Depois é só bater no liquidificador e servir na molheira.

Para acompanhar um pernil assim, nada como uma farofa de castanhas portuguesas cozidas e picadas, maçã crua ralada grosseiramente, manteiga, sal e  biscoito cream cracker esmigalhado. Simples assim!!!

Tenho duas variações para este pernil. Uma é temperar de véspera com uma salmora de água,sal, pimenta, vinagre e cerveja  e assar do mesmo jeito. Fica com um sabor bem mineiro. Do tipo pernil de sanduiche.

A outra é bem mais sofisticada: ao invés dos furos com alho, dou uns talhos em diagonal na gordura para entranhar o mesmo tempero,que faço de véspera ( igualzinho ao primeiro). Para assar, ao invés de cobrir com o papel alumínio, cubro com uma pasta triturada, composta de punhados de :  curry, alecrim seco, tomilho,cominho, canela, páprica,  pimenta do reino moída, rum, casca de limão, suco de limão.

Asso por duas horas a 180 °C,  ou até a casca ficar meio escura, parecendo queimada (é assim mesmo), retiro do forno, espalho a sua superfície dourada, com uma colher com um tanto de geléia de damasco (ou de outra fruta que tenho em casa) e deixo no forno mais 30 minutos. E pronto. É forte mas é delícia!!!! Essa opção, fica melhor ainda com o pernil defumado.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Os sapatos e a impossibilidade da gostosura

Há alguns poucos anos fiz um pacto comigo mesma: vou cultivar o desapego. Passei por tantas dificuldades, que eu não tive outra alternativa. Era desapegar e despregar, ou então cortar os pulsos (só caricatura, é claro!!!). Então, eu desapeguei, num primeiro momento, daquilo que prá mim era essencial: os meus sapatos ( gente, os homens não entendem esta nossa ligação com os sapatos!!! nem vou tentar explicar isto aqui e nem agora). Este processo ocorreu logo após eu ter reformado o meu armário e colocado prateleiras exclusivas para eles, que antes ocupavam sobras dos outros espaços do antigo armário. Nossa, minha sapateira ficou bárbara, como eu sempre havia sonhado!!!

Eu tinha uma máxima: compro sapatos porque eu quero e não por que eu preciso. Dos mais de 70 pares que eu tenho, consegui doar alguns, outros nunca mais usei e parei de namorar aqueles, que eu não tinha. Nunca mais comprei, num só impulso, 3 pares ou mais, de uma só vez, como de hábito. Devo confessar que eu não parei de comprar sapatos, somente não morro mais de amor por eles. Eu fui ficando muuuito exigente e a moda que eu tenho acesso, ficou muito aguada e até feia, desmerecendo os "meus lindos meninos". Isso me facilitou no processo de desgrudar deles. Eu até os queria, mas não achava nenhum para me apegar de novo. Claro, existem as excessões, que são os sapatos da Selo, vendidos pela Bel Paolielo em BH ( http://www.belpaoliello.com.br/ ), as sapatilhas da Villa Viccini ( caras e chiques) e da Ponta dos Pés (baratas e bacanas), as sapatilhas coloridas da Alice Disse ( http://www.alicedisse.com/) e os sapatos da Camper( que só acho em SP, vide em http://www.shopstyle.com/), as sandalinhas da Uncle K, Shutz, da Luiza Barcelos, da Covenanti, da Margot, da Luz da Lua. Poxa, até que tem muitas excessões.


A marca espanhola Camper arrasa mesmo, olha só 
e aqui, um dos belos da Selo, feito a mão, quase exclusivo e para toda a vida!!!



Sinceramente, eu não tenho cacife para adquirir os powers Christian Labourtin, Manolo Blahniki ou Jimmy Choo e nem tampouco tenho pernas e equilíbrio suficiente para usar tais saltos. Então, eu não tinha mesmo outra saída, a não ser desapegar!!! Por ideal e, felizmente, por praticidade.

A minha falta de equilíbrio com os saltões, que são mega-poderosos, decorre também do meu excesso de peso. Sobre a falta de equilíbrio, eu não tive a experiência que fofinha do vídeo abaixo teve. Vejam só..


No meu exercício de desapegar, desisti de lutar contra a minha gordura. Jurei nunca mais passar pelos sacrifícios que a mulher madura tem de fazer, para voltar ao corpinho bacana " daquele tempo", sem jamais conseguir.Emagrecer, na minha idade, impõe muita disciplina, passar fome, fazer muitos exercícios e mais um tanto de atitudes chatas e desprovidas de qualquer prazer. Então eu prefiri correr atrás, somente, de ter "saúde e alegria".

Todos nós sabemos o que se deve fazer para emagrecer e manter o peso ideal. Não é por falta de conhecimento ou educação que não ficamos magras ou magros para sempre. Comigo, é simplesmente porque eu não quero ter muita privação e nem tampouco fazer muitos sacrifícios, só para ficar gostosa, o que, convenhamos, a estas alturas é impossível!!!

Mas, gente, estou revendo meus conceitos. Sei que eu nunca mais vou ser aquela belezura de antes, mas ficar um bucho decadente, também não dá. Fiquei chocada com a minha imagem atual. Olha só um pedaço de mim, que horror!!!


É necessário ter uma medida das coisas. Morri de vergonha de euzinha nesta foto. Publicar ela aqui é também um exercício de desapego com a vaidade e com o narcisismo. Pior, trata-se de uma ocasião, em que eu estava me achando!!! Aí vem aquele banho de realidade. Simpatias e gracinhas ficam à parte, pois o que resta, realmente, é a foto!!!

Já não como muito, durmo bem e nem sou tão sedentária assim. Falta fazer o quê?Ainda não sei bem como fazer para desembuchar, sem sofrer muito. Mas tô aberta!!!

No natal: Boas lembranças ( lombo a GB)

Geraldo Bizzotto, meu pai, era um utópico fofo: médico das antigas,de tão caridoso, comunista e torcia para o america. Embora excelente médico, ele dizia ter errado na profissão, pois o que queria ser, de verdade e sentimento, era cozinheiro e/ou cantor. Era um tenor de primeira e cozinhava divinamente. Aprendi muito do que sei cantar e cozinhar com ele, posto que todos os fins de semana ele cozinhava para toda a família e muitos amigos, sendo eu a sua principal auxiliar. Lá pelas tantas, cantávamos...

Como grande boemio que era, frequentemente chegava em casa de madrugada nos dias semana, com os amigos de farra, acordava a mulher e as filhas para comer o que tinha trazido da rua ou aquilo que ia preparar para nós. Eu adorava esses momentos, muito embora minha mãe e minhas irmãs tivessem uma certa restrição com a extravagância das propostas. Algumas vezes ele nos convidava à almoçar ou jantar "fora",  que era colocar a mesa de jantar fora de casa, no terreiro e alí comemorar qualquer coisa. Nossa casa era conhecida no bairro como a casa das festas. Até aniversário de cachorro era comemorado festivamente. Quem me conhece, pode entender de onde vem a raiz do meu "calcanhar fincado na boemia"!

No último sábado, por pura saudade e melancolia, decidi fazer uma prato criado por ele: O Lombo à GB ( de Geraldo Bizzotto, muito original!!!).

Corto o lombo em bifes grossos, seco, tempero com sal, pimenta do reino e bastante limão ( coloco também raspas de limão), cubro com queijo parmesão ralado, com se fosse um parmegiana de queijo e asso até corar.  Para fazer juz à receita de mais de quarenta anos atrás, sirvo de um jeito bem retrô, com arroz com passas e leite de côco, para adocicar um pouco e batata frita, para dar uma certa crocância. Hummmmm!!! simples e delicioso

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Crocodilo branco

Tem coisa pior do que passar protetor solar antes de ir para a praia? Putzs, ninguém merece. Mas euzinha, todos os dias, agradeço o advento dos protetores solares e os uso mais ou menos direitinho.

Sofri demais na minha  mocidade, na época em que eles não existiam. Eu, uma branquela autêntica, queria ser aquela gostosa, queimada de sol. Sem a menor chance!!! Depois de insistir para pegar uma cor ao sol, que nem um crocodilo branco, ficava como um camarão rosa, passado do ponto. Muito vermelha, descascada e sem graça. Não conseguia dormir de tanto arder. Aí a solução, média, era passar Kaladril e Hipoglós antes e depois da praia. É claro, todos os gatos fugiam daquelas peles cheias de creme, pegasosas. Vou  confessar : meu colo, via de regra, ficava ferido de tão queimado. E aí, num tinha jeito, lá ia eu para a praia ou pisicna, de blusa por cima do biquini. Um horror!!!

Ao contrário de hoje, naquele tempo o "must" eram os bronzeadores. O " the best" era o "Rayito de Sol", um creme bronzeador argentino. Só as abonadas quem ia por lá, traziam tal objeto de desejo. Ele vinha dentro de uma bisnaga tipo pasta de dente. O creme saía do tubo que nem um caramelo de cheiro muito bom e característico. Eu sabia quem era chique, na piscina do Minas Tênis, pela cor do bronzeado e pelo cheiro do "rayito de sol". Como eu não era chique, usava, se tinha dinheiro, um bronzeador brasileiro oleoso e vermelho, que nem Qsuco de cereja, que eu esqueci o nome; ou  produtos alternativos do tipo, óleo mineral com semente de urucum, coca-cola, suco de cenoura e etc. Eu não tinha a menor responsabilidade, cruz credo!!!

Mas hoje, o meu estilo é outro e muito responsável. Não quero acelerar meu envelhecimento e nem ter cancer de pele. Então, não uso bronzeador.

PAUSA: Daqui prá frente é chover no molhado, ser muiiiito lugar comum e nada original!!! Mas nunca é demais reforçar. Então vamos lá.

No rosto, todos os dias, faça chuva ou sol, uso um hidratante com FPS 15( gente é o mínimo, tá?) Se vou caminhar ou viajar, ir para clube ou para o churrasco, uso um protetor solar no rosto, FPS 60 e no corpo FPS 30. Fico sempre de chapéu e a procura de uma sombra. Segundo os dermatologistas ( se eu estiver errada, os de plantão me corrijam), não existe diferença entre as marcas, mas claro, entre fatores de proteção. Os em creme são mais eficientes na proteção do que os em gel e os sprays ( nessa sequência), pois se espalham menos e portanto impõem uma camada mais espessa sobre a pele.

Deve-se passar o protetor antes de vestir o traje de banho e em boa quantidade, para proteger tudo ( linha do biquini, inclusive)  e para que fator de proteção seja respeitado. É muito chato, eu sei, mas necessário. Para terem uma ideia, só no rosto é necessaria uma colher de sobremesa de creme. Eu só uso o creme, mas nem tanto, pois detesto aquela "mascara" branquela na cara e no corpo. Por isto, opto sempre por um fator de proteção maior, para poder passar menos e evito andar e ficar no sol.

E ainda: a proteção não dura o tempo todo que estamos expostos , sobretudo se dermos um mergulho. Aí, ele tem que ser repassado. Portanto, verifiquem a instrução de cada tipo e marca e renovem como o indicado.

Agora, cá entre nós, eu passo protetor uma vez só, mas fico muito pouco tempo exposta. Caminho pela praia, descanso um pouco, dou um mergulho, seco e... fim de papo.  Depois de algumas poucas horas me dá uma canseira, de tanto lazer e eu quero mesmo ir para uma sombrinha, bater um papo e ler um livro, no sossego!!!

Por fim,queria lembrar dos lábios que também devem ser protegidos.Mas lembrei disso porque senti saudades do Lisse minute Baume Cristal da Clarins, sobre o qual tinha comentado no meu post sobre São Paulo. Creio que ele não é vendido no Brasil, Mas quem estiver fora ou tiver algum parente vindo do estrangeiro para o natal, pode conseguir. Ele é a cara do "verão numa praia maravilhosa" ou feia mesmo. Olhem as fotos abaixo. Das 3 cores disponíveis ( rosinha, laranja e vermelho) escolhi o vermelho para mostrar.



Atenção amigas; resistam, usem sem comer o batom, ok?

domingo, 12 de dezembro de 2010

qual é a música????

Depois do post sobre o menú de verão, alguns me perguntaram sobre a música que eu ouviria nesta situação: verão, calor, almoço, caipis e muitos amigos por perto.

Aí genteim, é o tal negócio: tudo muito pessoal...

Mas a a seleção de hoje está sendo a seguinte: Baden Powel, depois Jamiroquai, agora Baden outra vez.

Já pressinto que seguiremos ouvindo Moacir Santos, Orquestra Imperial, chorinhos muitos, sambinhas de João Bosco e Paulinho daViola, a Marina de la Riva, e por aí vai, eu espero...

Mas já sei que no final do dia, e já sozinha, vou querer me lembrar dos ausentes e cair matando em Tom Jobim, de preferência com Elis, em Joyce e no meu amado idolatrado, salve, salve Dori Caymi. É isto gente, como dizem os meus: é o meu calcanhar preso na saudade e, por via de consequência, na depressão do anoitecer em um domingo!!!

Domingo: sol, calor e leseira ( caipis, salada árabe e rosbife de lagarto)

As minhas pitangueiras, o meu pé de acerola, o meu pé de limão siciliano e a minha mangueira estão carregadinhos de frutas maduras. O dia está perfeito para um festival de caiprinhas, caipibuscavida e caipiroska, usando as frutas da minha casa. Dia de sol e calor... Só falta ajuntar alguns amigos.

Para as caipis é simples:  pico todas as frutinhas, coloco, separadamente, em tações de vidro, que disponho sobre uma bandeja, com um pote de açucar, adoçante, gelo e socador de caiprinha, uma  garrafa de vodka, outra de cachaça e outra de buscavida, que é um drink de cachaça, com limão e mel fabricado pelo meu amigo Carlão (http://www.galpaobuscavida.com.br/ ). Além do Netuno, a Busca Vida é uma das minhas bebidas preferidas de Caraíva.

Então, é só escolher as combinações e começar a festa. Soco uma boa quantidade de frutas com açucar, coloco uma dose do destilado, misturo bem com uma colher mesmo (a minha coqueteleira não funciona e a improvisação dela, usando dois copos lagoinha, em minhas mãos, é um desastre),coloco  bastante gelo e aí, é só saborear.

Vejam só algumas das minhas frutíferas:


 
Mangueira que surgiu nem sei de onde!!! A manga dela é média, mas dá sucos maravilhosos.
Acerola que não me deixa na mão. Dá todos os anos e com fartura!!!

Olha só o limãozão, do tamanho de uma laranja. É difícil.. Demora para amarelar. Mas é do autêntico ( muda presenteada por minha mãe). Um a cada dia!!!

Num dia assim, uma salada árabe com pão cai super bem. Para 6 pessoas eu pico, juntos, 2 pepinos pequenos descacados, 6 tomates sem sementes, uma cebola roxa e uma mão de azeitona preta sem caroço. Desfolho, na mistura, um maço de hortelã (ás vezes junto alface rasgado e salsinha picada) . Faço um tempero usando meio copo de azeite extravirgem, suco de um limão, semente de gergelim torrada ( do branco e/ou do preto), sal  e zatar (se tiver em casa).Torro 3 pães árabes grandes. Na hora de servir, pico as torradas por cima da salada e misturo o tempero. Tal gostosura, vale uma refeição. Seria um "Fatuch" estilizado. Adoro comida árabe!!!!

Mas para quem não vive sem uma carninha vermelha, ela vai bem com o meu rosbife de lagarto. Uso um lagarto pequeno e sem qualquer gordura. Dou uma surra nele, batendo-o inteiro, no granito da minha cozinha, até ele ficar caídaço, todo molengo. Tempero, na hora de fritar, somente com sal e pimenta do reino moída na hora. Coloco óleo vegetal em uma caçarola, do tamanho da peça de carne, em quantidade suficiente para cobrir a metade do lagarto, Espero óleo ficar super quente. Aí é só fritar, em fogo alto, a carne inteira por 20 minutos, de cada lado. Deixo descansar por uns 5 minutos antes de fatiar e servir. Se quero fazer um molho, retiro o exceso de óleo da tal caçarola, refogo cebolas picadinhas e jogo um pouco de pimenta do reino verde e interia. Esta carne, pode ser servida fria e dá um ótimo sanduba.

DICA: Carne vermelha frita ou grelhada, tem de ser temperada na hora, senão perde  os sucos; e tem que descansar uns minutinhos, antes de ser cortada, pelo mesmo motivo. Se for uma peça inteira, tem de ser pequena, o que significa: boi jovem, sem hormônios e, portanto, saudável e macia.

sábado, 11 de dezembro de 2010

e sábado, dia de ressaca de festa

Claro que exagerei no espumante e no cigarro. Diz o Jef que fiquei que nem um disco quebrado, repetindo incansávelmente as seguintes frases: "tá passando bem?, avisou pros meninos que vamos embora?, falou para voltarem direitinho prá casa?" . Não me lembro disto, mas me lembro muito bem de muitas coisas boas: dos noivos lindos e felizes; da mãe do noivo, minha querida amiga, felicíssima e emocionada; das palavras filosofais, por demais, mas bacanas do padre; das excelentes comidas e bebidas, da decoração maravilhosa com flores brancas e velas e,sobretudo, da alegria de estar em boas companhias.

Mas como aqui não posso deixar de comentar alguma futilidade, vamos lá...

Me chamou a atenção os makes da mulherada. Muitas usando postiços, em uma maquiagem bem profissa e bonita. Olha abaixo. A minha minha sobrinha Laura,como um make forte, prá chamar a atenção mesmo, ela chegou "vestida para matar" ( adoro). 

 Vejam que belos postiços, em olhos esfumados em preto e azul turqueza brilhante, da cor dos olhos dela (o vestido é azul cobalto). Um blush rosinha e batom rosinha cor de boca.

 A minha filha Pat estava discretíssima, do tipo "cara lavada" e igualmente linda. A lindinha, foi bem discreta. Pediu para eu retirar a foto que já havia postado aqui (me desculpem). Ela usou apenas um lápis  verde esfumado ( da cor dos olhos dela) sobre os cílios superiores e inferiores e na linha d´agua, curvex e rímel preto, um blush laranja, iluminador e batom cor de boca. Tudo haver com o mini vestido esvoaçante e estampado da Lísia Bello que ela usou.

Eu insisti em mim, no make feito com as minhas próprias mãos, em tons de roxo ( a cor do meu vestido). Desta vez deu mais certo, apesar da minha "pose séria para foto 3x4". Olhem só


Na pele usei primer, base Yves Saint Laurent, iluminador Benefit e blush rosa antigo da Bourjois. Nos olhos sobra amarela (em tudo)  e supernova do Duda Molinos ( no concavo) e lápis roxo Sephora próximo aos cílios. Muiiiiito rímel Mac preto e o Batom Liv da Ilamasqua. Gente, descobri o macete de iluminar a parte dos olhos junto do nariz ( diria, no canal lacrimal). Dá um super efeito!!! e rejuvenesce

A propósito, as minhas mãos ( unhas de cebola) melhoraram bastante. Olha só eu usando o Vanguarda da Risqué em unhas mais longas e até decentes...


Os da casa me questionaram sobre a cor vermelha escolhida, junto com o vestido roxo que eu usei. Mas gostei. Tem combinação mais linda do que roxo com vermelho??? até pode ter, mas essa é linda!!!

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

sexta é dia de festa: casamento

Estou pesquisando o look que eu vou usar no super-casamento do meu querido sobrinho André. E está difícil!!! Encontro muiiiiitas opções para as jovens mulheres de cabelos sedosos e macios, pele lisa e brilhante e corpo esbelto. Essa mulher, definitivamente, não sou eu!!!

Então estabeleço algumas regras para me adaptar, atualizar e aproveitar as dicas dedicadas às fofas. :
  1. vestido preto,nunca, apesar de emagrecer. Muitas jovens estarão usando roupas pretas. Ela são muito mais visíveis e gostosas do que eu (embora, menos criativas, se estiverem de preto). Sem chance!!! As maduras também gostam do preto e se apagam no meio de tais belezuras.  Assim, nenhuma de nós aparece. Não que eu queira aparecer, mas ficar invisível, é horrível!!! Não quero.
  2. vestido curto, até pode... mas na altura do joelho. Se mais curto, ou mini, acho rídiculo e vulgar para uma mulher com eu. Roupas curtas tem o problema de ter que usar meia fina, neste calor. Senão os pernãos flácidos se destacam, e muito, o que não é legal . Mas paciência, com vestido curto, só com meia fina. Penso no meu roxinho vaporoso da Patachou, com meia cor da pele.
  3. vestido comprido, sim. Mas sem estampas grandes ou cores berrantes. Que sejam as cores discretas, num vestido bem clean e desestrutrado, para ficar moderna e despitar as gorduritas, sem parecer uma idosa: tipo um Sônia Pinto que eu tenho e mostro um dia...
  4. Sapatos e bolsa: Sempre escolho uma rasteira (com as unhas dos pés feitas, é claro) , ou um sapato de salto mais baixo, chanel, que seja bem bacana e fino. Evito que sejam da mesma cor de qualquer outro acessório. Combino e harmonizo somente com o vestido que eu vou usar.  A minha sandália Patachou  de tirinhas ou o meu sapato de cetim da Villa Viccini, bronzes, vão rolar, com minha carteirinha dourada importada pela  Lísia Belo.Combinam com qualquer vestido meu.
  5. Jóias e bijou. Prá mim é regra: em casamento uso somente e muitas jóias e aquelas que combinam com o total do look. Combino vária pulseiras com aneis, em quase todos os dedos, com um brinco bacana e grande. Se uso colar, o brinco é pequeno.
  6. cabelo e maquiagem: cabelo, sem muita complicação, Cabe até umas tranças embutidas,  superfashion como as que estão usando. Mas gosto mesmo ao natural! E claro,sem brancos, cortados mais curtos  e muito bem tratados. Tratei dos meus hoje.Vamos ver como vai estar amnhã. Agora a maquiagem, arg!!!Será que vou conseguir ser discreta? Bem:
    •  penso em passar em todo o rosto um hidrante leve,
    • depois um primer para tapar um pouco das marcas,
    • aí uma base leve e clara, bem de leve.
    • Pó rosinha da Benefit por cima,
    •  Brow set da MAC na sombrancelhas
    • e no olho, ai,ai,ai...
    • Uma sombra clara( talvez a amarelinha do Duda Molinos) em toda a pálpebra, até as sombrancelhas. A sombra escura no concavo ( talvez a Super Nova do Duda Molinos), bem leve e devagar. Um toque de púpura, ou verde, ou pessego  (dependendo da cor do vestido) entre o concavo e o cílios, mas bem de leve.
    • Um traço com lápis preto sobre os cílios e embaixo do olho, meio esfumaçado
    • Um lapis rosa da benefit na linha d´agua e no cantinho do olho ( perto do canal lacrimal) para dar luz;( linha d'água é aquele lugar entre o cílio inferior e o olho que a gente puxa com os dedos e cobre com um ótimo lápis, para dar aquela impressão de sexy) 
    • um corretor de marcas da Yves Saint Laurent (ou outro, o lapinhos claro rosa ou pessego também funciona, é só esfumaçar para despistar) nas olheiras e cantos dos olhos para apagar as marcas
    • finalizo com o blush, bem pouco e claro ( vou usar o meu Bourjois rosa antigo),
    • Curvex no cílios ( indispensável) e um rimel poderoso.
    • O batom, amigas, vai depender de como ficou o make. Se discreto, baton vermelhão, se  aparecido , um "tapa boca", nude ou rosa claro, pessego ou cor de boca.
Agora: nada impede de usar olhão e bocão, tudo muito bem produzido. É fora do padrão chique,mas  eu gosto!!!
Oh gente, não vão confiando demais nas minhas dicas não, pois se deixar, eu viro uma palhaça turca, fantasiada de vitrine.  Cada uma com seus limites!!! Eu sei que o menos é mais, e concordo, sobretudo na minha idade. Mas tenho dificuldades em aceitar!!!

No sábado, se ficar legal, eu posto as fotos do meu look.

Seria a Tilápia uma vilã? ( filet de peixe en papillote)

Trata-se de uma espécie exótica, que se estiver introduzida num ambiente silvestre, ela vai arrasar, no sentido correto do termo. Ela é voraz, come de tudo e domina o pedaço, acabando com as populações de peixes nativos.

Mas se for originária de uma piscicultura sustentável, pode ser deliciosamente usada na culinária. Trata-se de um peixe de carne branca, firme e de sabor suave, com um nome sofisiticado no mercado: Saint Peter. Peixe com este tipo de carne, incluindo o linguado, tem que ter um tempero simples, discreto, mas colorido, para ficar com uma apresentação bonita, mas sem ter o seu sabor, que é ótimo, roubado.

Gosto de fazer os filets "en papillote" ou "cartoccio ( para os italianos), o que não passa de um envolope de papel manteiga ( alumínio também funciona), fechado, onde acomodo, tempero e asso o peixe. Fica lindo na hora de servir. Abaixo inseri uma foto com esta técnica de cozimento,que foi utilizada para um filet de salmão, que ao contrário da tilápia, por ter um sabor mais forte, pede um tempero com mais personalidade ( saquê, molho de soja, vinagre,ou limão com suas raspas e muitas ervas).

Dada a minha falta de jeito e para facilitar, eu corto o papel em quadrados de tamanho suficiente para conter e cobrir o peixe, seus temperos e a dobra ( que é fechada/enrolada como uma empanada  argentina). Quem quiser sofisticar, pode cortar redondo, tal como uma massa de pastelão ou de calzone, pois fica mais bonitinho . Coloco um filet de peixe sobre uma "cama" de rodelas de cebola, com um pouco de azeite, montada na metade do papel, em diagonal, de modo que, depois de terminada a montagem, eu possa cobrir com a outra metade, formando um triângulo. Tempero com sal, pimenta do reino, um pouco de suco de limão. Salpico com salsinha picada,  um pouco de azeitona preta picada e um pouco de pimentão vermelho picado miúdo, só para dar cor. Rego com bastante azeite. Enrolo o papel e deixo no forno quente por uns 30 minutos. Não sei quanto a vocês, mas para mim, o peixe não pode ser muito assado, gosto dele quase cru. Retiro do forno os papillotes ainda fechados, coloco em uma travessa linda, ou nos pratos individuais.




A beleza desta técnica está em abrir o envolope no próprio prato individual, e se servir na hora de comer. Aí amigos, saí aquela fumacinha cheirosa direto nas nossas narinas, bem na hora de saborear!!!

Quem estiver com muita preguiça, como é o meu caso às vezes, pode fazer esta mesma receita, fora do papillote, em uma travessa refratária e ficar de olho para peixe não passar do tempo de cozimento.Fica bom tambem!!!




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