terça-feira, 22 de março de 2011

Falsas gordas: pernil de cordeiro com molho de hortelã

Meu domingo foi super agradável. Mas o melhor do dia foi a notícia de que a minha cunhada, ótima psicóloga de família, estava no Bem Viver do Estado de Minas. Corri atrás para verificar e ler tudo que ela estava discutindo na publicação.

Não podia ser mais divertido. Assim como a minha cunhada, eu e outra amiga também presente, tivemos uma identificação imediata com as imagens do artigo, que não era dela. Ela se referia à imagem de uma escultura do Botero. Eramos nós três alí idnetificadas, ainda que num futuro próximo, retradas por um grande artista. Rimos por demais!!!

Não consegui a imagem da escultura que estava no jornal. Mas esta, do mesmo artista, representa um tanto do que vimos e do que nos identificamos.Vejam só:



Que luxo: um marzão besta, uma cadeira com toalhas bacanas, as unhas pintadas de vermelho, reloginho delicado no pulso e o cachorrinho que não desgruda de tanta admiração.

Obrigada Botero, por entender tanto da alma madura de uma mulher.

Uma mulher gordota que posa assim, mesmo que na imaginação de tão importante artista, sinceramente, tem saúde e sensualidade para dar e vender. Trata-se de uma falsa( e sexie) gorda... Confesso que a acho muito mais interessante do que as jovens anoréxicas da vez, que se veêm desprovidas de hormônios, sem sequer menstruarem. Agora, para aquelas que conseguem continuar magras e sensuais depois dos cinquenta, putz, eu tiro o meu chapéu...

Falando sério, o artigo, que não era da minha cunhada, infelizmente, discutia, mais uma vez a questão da obesidade. Eu nem me dei ao trabalho de ler. Cansei deste assunto. Pelo menos, lembrei-me de meu pai que sempre reparava nas minhas gordurinhas e me perseguia com esta questão. Porém, parte da culpa da existência das taizinhas é dele, que sempre valorizou a boa mesa e me ensinou a fazer muitas delícias engordativas.

Uma delas, eu nunca aprendi e era das melhores: cabrito ao molho de vinho de tinto. Trata-se de um refogado em molho de vinho tinto seco ( o Brasão, na época ) com batatas. Nós da família e convidados nos deliciavamos com tal preparação, quando iamos "comer fora", como já descrevi aqui.

Eu não quis aprender tal receita, por achar uma tristeza ter de pedir à algum criador para matar um cabrito ( nem queiram saber a covardia que é tal assassinato) e por não querer correr o risco de perder a carne por não saber limpá-la direito. Naquele tempo, este era o grande segredo da preparação do cabrito, retirar as glandulas da carne com cuidado, pois essas, se arrebentadas , conferiam a ela um sabor insuportável.

Hoje, existem no mercado tais produtos, já limpos e cortados. Mas mesmo assim, nunca me atrevi a preparar um cabrito ao vinho. Como alternativa caprina,contudo, preparo um pernil de cordeiro com molho de hortelãs que também é muito bom,embora menos rústico.

Prefiro o pernil fresco ( o congelado é meio "rançoso"), pequeno, evitando a paleta,que é mais dura. Lavo bem e tempero com sal, pimenta do reino moida na hora, um copo de vinho tinto seco, alho picado, bastante alecrim fresco,louro, tomilho ( se tiver). Deixo o pernil nesta mistura, dentro de um saco plástico bem fechado (para ele ficar todo imerso na vinha), na geladeira de um dia para o outro. Asso o pernil em forno médio ( 180 graus) coberto com papel alumínio por umas duas horas, ou até ficar macio. Retiro o papel, espero corar, em fogo alto, jogando sempre o molho por cima da carne, para ela não secar.

À parte preparo o molho com as folhas de dois molhos de hortelã, amassadas em pilão (uso um de pedra), com duas colheres de sopa de mel e o suco de meio limão, até formar uma "pasta". Acerto o sal e está pronto. Aí  é só servir o pernil fatiado, como abaixo em imagem emprestada do google, com o molho por cima.


Já servi esta preparação em festas na minha casa, na mesa de frios e ficou ótimo, um grande sucesso!!!

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