sábado, 12 de março de 2011

Em remissão: paella

Ontem, apesar da tragédia no Japão, a minha própria "tragédia" chegou ao fim e quis comemorar. Claro, escolhi um restaurante japonês, não só porque eu adoro tal culinária, mas por solidariedade. Não sei fazer comida japonesa e nem quero aprender, mesmo porque dizem que as mulheres, por seus hormônios e, consequentemente, suas mãos quentes, são inadequadas para preparar tais delícias.

Hoje, continuando a comemoração decidi homenagear o meu querido Roberto, que antes de ser um excelente oncologista, é terno, acolhedor e amigo. Ele adora paella e vai produzi-la neste fim de semana. Então, cumprindo também a "promessa" que fiz (aqui), vou repassar o passo a passo da preparação feita pela minha amiga Jo, uma autêntica catalã, para o maravilhoso almoço que me ofereceu. (catalunha).

Segundo a Jo tal prato surgiu na região de Valencia, grande produtora de arroz. O arroz, cozido junto e misturado com as sobras de diversas carnes, pescados e/ou mariscos resulta  na paella (significa frigideira e pronuncia-se paelha mesmo; paeja, só na Argentina).

Bem, a Jo não achou todos os pertences que procurava. Então ela fez a paella de frutos do mar, somente com lulas, camarões e lagostins. Na frigideira ( paella), ela refogou uns 500g de camarões ( sem as cabeças) e uns 8 lagostins, todos com casca, no azeite com cebola e alho picados, até perderem sua transparência, salpicou sla e reservou. Vocês sabem, crustáceos cozinham no "susto", não podem passar do ponto, senão ficam borrachudos.

À parte, ela refogou as cabeças dos camarões em azeite, cebola, alho, salsão, salsa, páprica e açafrão, sal e pimenta do reino, juntou água para preparar um cheirosíssimo caldo de camarão.


Na frigideira em que refogou os crustáceos, ela juntou umas 200g de lulas  cruas cortadas em rodelas, deu uma pequena refogada e juntou 2 xícaras de chá de arroz arbóreo.
 Vejam abaixo, os maravilhosos pistilos de açafrão trazidos diretamente da Catalunha por ela e adicionados à preparação...

Abaixo a cor deslumbrante que tais pistilos emprestam ao arroz.

Neste ponto, ela adicionou o caldo, até cobrir o arroz ( mais ou menos umas 4 xícaras de chá) e, com a frigideira aberta, ela esperou secar um pouco, em fogo médio.

E aí é aquele procedimento básico: experimenta, sente a textura do arroz nos dentes, se estiver duro, acrescenta-se mais caldo e assim por diante...

No ponto desejado (eu gosto do arroz ao dente), ela acrescentou os crustáceos, de forma arrumadinha.


Então, gente, é só aguardar os taizinhos se aquecerem um pouco e partir para o abraço...


 Observação: as quantidades são aproximadas e dependem do gosto do freguês. O prato acima deu para 8 pessoas com folga....

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