sábado, 2 de abril de 2011

O feminino sobre o Rio Amazonas

Vamos combinar: para ser uma mulherzona não é necessário entender as teorias sobre o "feminino". Basta ser...

Tem algumas mulheres que se angustiam com o apelo do entendimento da sua demanda emocional e dos seus desejos difíceis de se concretizarem. Muitas acreditam que saber a explicação do anseio, pode ajudar no esquecimento, ou na solução dele. Poucas vezes isto é verdade verdadeira.

Eu já passei dessa fase. Penso que o saber das faltas e das perdas angustia sim. Mas, por outro lado, ajuda a elabora-las e a entende-las melhor. Creio que o conhecimento elaborado sozinho e por si só, não resolve a angústia gerada por tais perdas e danos. Então, o mais prático  é, depois de saber, não se preocupar tanto com isto!!! Deita na rede e deixa a solução se apresentar, calmamente.

Posso assegurar que uma mulherzinha autêntica, depois de uma certa idade, já passou por tantas, que não está nem aí sobre os enquadramentos dos seus sintomas e nem sequer se importa mais com aqueles. Às vezes, ela até os usa com um certo charme, dando uma bela volta por cima. Simplesmente sabemos que é como é,  acima de qualquer explicação e de esperança de solução, a não ser o tempo.

O maior paradoxo é que esta mulher gosta de muito, inexplicávelmente e odeia pouco, com todos os argumentos.

Sendo bem realista,me pergunto: será que uma mulher que não ama os sapatos, sobretudo os de saltão; não enche a cara de maquiagens; não passa horas pensando no melhor tempero para aquela comidinha e nem admirando um jardim; não bate pezinho, sem qualquer motivo justo; não grita, mediante a qualquer frustração, que quer morrer ( ou matar), sabe por onde passa o "ser mulher" ( originalíssima esta expressão, rs)?

Realizei que estou partindo do Brasil para me encontrar e me divertir com os meus queridos. Estou cheia de planos mega distantes do meu "eu feminino", mas grudados no meu jeito mãevozona, sem deixar de lado o meu jeitinho bem  supermulherzinha. Lembro que para mim o significado de feminino é bem diferente do de mulher.

Então, neste meu lugar de partida privilegiado, paradoxalmente, me lembro dos meus amados do Brasil, que estão aqui enraizados. Eles estão sempre presentes nos meus momentos  sentimentais, de encontros, perdas e partidas: Dori e Zé Renato.

Vai aí um presente desses meus amores para os meus amigos, interpretando "Rio Amazonas"( de Dori Caymi), uma composição de tirar o folego. Trata-se de uma produção bem "caseira" e eu gosto. Fantasio que eles estão aqui em casa cantado comigo ( ou só prá mim)...





Meio doido este post. É o momento de muitas e conflituadas emoções.

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