quarta-feira, 22 de junho de 2011

Aquecendo a alma: costelinha com canjiquinha

Mais um feriadão à vista. Como diria a minha amiga Iara: vem, lindo, és muito bem vindo!

Como não vou viajar, por compromissos familiares previamente assumidos, decidi receber amanhã aqui em casa o meu grupo de amigas goumerts. Huuum...

Na verdade, não me lembro se os tais compromissos são causa ou consequência da minha opção de ficar por aqui. Tanto faz, pois foi uma decisão boa.

Ultimamente vivo enclausurada nesta minha casa.  Ora trabalhando "on line", ora cuidando das minhas cadelas, do jardim ou da minha casa, que hoje está cheia de espaços para serem ocupados. Em tais arrumações, acabei encontrando os meus tecidos vários, esquecidos num canto do meu estúdio, alguns cortados, esperando e pedindo a ação da minha máquina de costura. Amo máquinas de costura de um jeito, que parece até que eu sou uma grande profissional no assunto. Nem chego aos pés de ser.

Na minha viagem a Brighton (aqui) me deparei com uma vitrine de uma loja de roupas, em que o seu primeiro plano era simplesmente uma galeria de máquinas antigas expostas, compulsivamente. As roupas, apareciam em sombras, por trás da imagem dos conjuntos de máquinas. Vejam só, num detalhe a beleza e a criatividade desta vitrine
.
A imensa loja fica numa esquina. Toda a vitrine, de cima embaixo, é assim, nas duas ruas, repletas de antigas máquinas Elgin. BÁRBARO!

Essa minha ligação com as costuras,os tecidos, os fios, dentre outras tecituras é antiga e já falei muito disto neste blog, embora não o suficiente, desde o meu primeiro post (aqui).

Mas voltando ao meu almoço de amanhã, meu cardápio foi montando com base em várias inspirações, tais como as comidas mineiras de arraiá e de buteco, para agradar os amigos que chegam e os que partem para fora do Brasil e também para homenagear dona Stella Libânio, que faleceu no domingo passado, cuja importância na minha formação culinária já expressei aqui.

Não vou dizer qual é o cardápio que vou servir, por enquanto, para não quebrar o clima. Mas repasso os passos de uma preparação inspirada na receita da D. Stella e da minha sogrinha, que também me inspira muito (aqui). Tal prato tem tudo a ver com as ocasiões que me inspiraram: costelinha com canjiquinha. Ele pode ser feito no fogão a lenha, como eu faço, é saboroso, barato, rende muito e é uma ótima pedida para o inverno. Aquece até a alma!

Para 8 a 10 pessoas eu lavo bem e de véspera 250 g de canjiquinha e deixo de molho em água limpa. Tempero 2 k de costelinha de porco com sal, pimenta do reino moída na hora, uma pimenta dedo de moça picadinha, sem as sementes, 2 dentes de alho picados, 2 folhas de louro, um cálice de cachaça ( se tenho em casa) e suco de meio limão. Douro as costelinhas em azeite e 1 cebola picadinha. Quando douradas, junto a canjiquinha escorrida, os temperos da vinha. Vou adicionando  água, aos poucos, até cozinhar a canjiquinha que deve ficar macia, assim como as costelinhas. Pode-se adicionar ao cozimento, uma xícara de tomates pelados e também um tablete de caldo de carne, para fazer explodir mais sabores no prato. Vejam a cara da gostosura.



Acerto o sal e sirvo ( e preparo) numa panela de pedra ou de ferro, salpicada de salsinha picada e com arroz branco e couve refogada. E só isto tudo!

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