quinta-feira, 2 de junho de 2011

Dia flores e sopa : Potage Parmentier

Quinta de flores no Brasil...

Hum, vou ter que desligar minhas lembranças das escandalosas flores da primavera européia que vi por lá: rosas, peônias, tulipas, papoulas. Elas estão um verdadeiro deslumbre. Vamos ver o que vou encontrar no meu fornecedor, hoje. Somente esquecendo daquelas imagens, poderia ter inspiração para algum arranjo brasileiro. Quem sabe encontro dálias! Essas sim, fazem frente àquelas sirigaitas.

Mostro aqui os arranjos quando os montar...

Recebo amigos no sábado, felizmente. É a volta à vida "normal", embora faltante de filhas. A casa vai estar linda e florida, cheia de alegria e amor para dar, portanto.Oba!

Estou articulando o cardápio. Pensei em servir o meu boeuf a bourguignon cuja receita repassei aqui. Porém, como quero servir de entrada uma sopa quente, creio que não vai combinar. É muito "caldo" para uma mesma refeição. Estou pensando em algo preparado com limões sicilianos, pois o meu limoeiro resolveu maturar todos os seus jovens frutos de uma só vez. Vejam só os colhidos e os que ainda estão no pé:



Bem, ainda estou em reflexão e pesquisa sobre o cardápio. Mas se preparar a sopa, vou fazer a minha sopinha de alho porró com batatas (Potage Parmentier, vichyssoise), que pode ser servida fria ou quente. Acho que vou servir quente, para esquentar o meu peito cheio de saudades daqueles de lá.

É curioso, embora desde sempre me esbalde com os caldos e as raspas, eu só fui me apaixonar por sopas recentemente, na medida em que fui descobrindo na minha cozinha os seus inúmeros sabores deliciosos.

Sopa na minha casa significava uma mistura de sobras com água e caldo knor, preparada para dar conta de alimentar muita gente, com pouco dinheiro. Por isto a minha irca com elas. Mas, meu pai sempre foi um apaixonado por sopas/caldos. Lembro-me de muitas ocasiões em que ele as preparava para o seu café da manhã. Achava aquilo meio inadequado e esquisito, mas entendia. Eram coisas de um boêmio de origem italiana! Pode vir desta minha ligação com a culinária do meu pai, a minha fissura por caldos quentes e saborosos, tais como o do feijão que está em preparo, o da água do arroz quase cozido ou o da carne que está servida.

A tal sopa francesa é super fácil de fazer e é deliciosa. Para 6 a 8 pessoas eu cozinho em 1 L de água, 3 batatas inglesas grandes, descascadas e cortadas em 4 partes; 2 alhos porrós, sem as folhas, cortados em rodelas finas. Tempero com sal e pimenta. Quando estão bem macios, quase desmanchando, eu passo pelo liquidificador e volto com a mistura para a panela. Aí, acrescento 1 xícara de chá rasa de creme de leite fresco. Acerto o tempero, salpico uma pitada de estragão seco. E, pronto.Sirvo com um raminho de estragão ou tomilho fresco.

DICA: Substituir um dos alhos por uma cebola, também fica muito bom. Se quero um sabor mais robusto, coloco, para acertar o tempero, meio cubo de caldo de legumes.

Se fizer tal receita mostro a foto depois...


Um comentário:

  1. Cláudia, deu até água na boca essa sopa que você descreveu. O curioso é que eu também tinha uma birra de sopa, mais ou menso pelos mesmos motivos. Quanto aos limões, eu amo colocar limão em todos os pratos. Os sicilianos ficam super bem em massas "al limon". Para comer ouvindo Paolo Conte:
    http://www.youtube.com/watch?v=2vzXPBAhL48
    E de sobremesa, Gelatto al limon, com petit gateau e calda de chocolate e framboesas... Beijo e boa festa!

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