quinta-feira, 1 de março de 2012

O enlevo da horta: arranjos verdes

Cresci convivendo com cultivos de floresflores e mais flores. Mas nem só com as flores e outras plantinhas decorativas eu adquiri apego. O cultivo das hortaliças, das ervas e dos temperos sempre me atraíram e faziam parte da minha cultura familiar.

É assim que ao construir minha casa, instalada em dois lotes, separei um pedaço de terra para fazer uma horta. Nossa! eu uma vidrada em culinária, usar um bom espaço para cultivar os meus próprios sabores seria o melhor dos mundos!

Porém, confesso que esta empreitada resultou em um verdadeiro fracasso. Semei alfaces, couves, cenouras, repolhos, brócolis, salsas, cebolinha, hortelãs, pimentas  que vingaram muito bem e de cara. Era uma delícia ir buscar na horta farta as delícias que iria preparar para a família. Mas depois da primeira safra, ufa... que trabalheira me dava manter aquilo. Preguiça!!! Então, enfiei minha viola no saco e desisti de tal empreitada.

Somente os arbustos de pimenta malagueta prosperaram por anos, pois não exigiam cuidados. Colhi pimentas até dizer chega. E vamos combinar que consumir pimenta é igual gastar sal, demora séculos. Então, na minha cozinha era um tal de fazer conservas e presentear os queridos, que ninguém aguentava mais.  Presente repetido em todas ocasiões. Já estava pegando mal. Desisti das pimenteiras também.

A realidade é que eu só consigo manter no meu jardim as  frutíferas, o alecrim e orégano e nada mais. Mas hoje fui surpreendida pelo meu "faz tudo" vindo saltitante do jardim, com uma braçada de taioba.

De onde saiu aquilo, pensei? Assim como a mangueira que eu tenho em casa, a qual eu jamais plantei ( alguma semente jogada por alguém e que virou árvore), eu tenho uma canteiro de taiobas ( e uma parreira de delicioso chuchu). Estou certa que são presentes daqueles que passam por minha casa e se apegam a ela, um pouco como eu. A taioba é realmente a minha verdura preferida e raramente a encontro para comprar. Seu sabor me traz recordações da infância e da roça. Afora que suas folhas imensas, são lindíssimas e me inspiram estéticamente.


Me lembrei de alguns lavabos charmosos de pousadas e restaurantes da Bahia, que usam folhas naturais de imbé e outras parecidas com as de taiobas, dentro das pias, guarnecidas com algumas flores de época apanhadas por ali ( ibiscos, alamandas). Fica lindo e é prático, pois a água não respinga na hora de usar. Vejam a idéia abaixo, mas com outros tipos de folhas e flores, essas de plástico. Eu prefiro, de longe, as flores naturais.


Como hoje é quinta de flores, pensei em montar os meus arranjos de flores mais cheios de folhagens. Será que consigo?  Bem, vou tentar e compartilhar os tais por aqui em breve.


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