quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Quando tudo dá certo: Locro argentino

E lá no Solar dos Montes tudo sempre dá certo e supera as minhas expectativas. Desta vez, fui com amigos queridos de Sampa, de BH e entre eles, duas amigas especiais de "encontros saborosos" que fazemos em rodízio de casas e de "chefs", cada qual arrasando na cozinha.

O Solar continua lindo e os Medinas continuam me enchendo de conhecimentos valorosos e de deliciosas histórias. Me frustrei um pouco por não me reencontrar com as lindas Dálias floridas, típicas de lá (exceto a deslumbrante e solitária amarelona, que se achava e era!). Seus arbustos estão dispostos e distribuidos, em por todas as suas cores, ao longo do bucólico caminho que nos leva dos quartos para o salão (veja aqui). Os pés de Dálias do Solar tinham sido replantados, há pouco, e estavam crescendo, para certamente explodirem em flores na próxima estação. Por outro lado (que não deixa de ser o mesmo), nos deliciamos com as jabuticabeiras, já dando doces frutos, que se mostravam intercaladas às Dálias, neste mesmo caminho poético. E mais, tive a agradável experiência de usufruir de uma piscina de bom tamanho, agora  com sua água aquecida, na área de lazer.

Emocionante meeeesmo, foi a visita ao embrião do "Museu de Artes e Ofícios Latinos" (título de minha interpretação), que será implantado nesta lindinha cidade de Santana dos Montes . Confesso que cheguei às lágrimas ao me deparar com a beleza e a grandiosidade do acervo de objetos de uso cotidiano de vários povos latinos do meio rural. Esse acervo, foi enviado por um confiante colecionador italiano, aos cuidados destes meus amigos queridos Medinas, que, por sua vez, já estão na batalha de dar o destino certo e valoroso para tais preciosidades.

E para coroar tudo isto, eu (e todos que estavam por lá) me esbaldei com o autêntico Locro Argentino, em um dos deliciosos almoços que nos foram servidos no Solar. Vejam só a foto do meu prato abaixo.



Ainda não o preparei, mas estou certa de que a receita que me foi enviada carinhosamente pela Ana Medina, só pode dar certo e, claro, nos fará ficar inebriados, com a simplicidade do seu preparo e com o esplendor de seu sabor, que eu percebi ao experimenta-lo.

Com a autorização da Ana, repasso aqui a receita, tal e qual ela me enviou. Achei por bem, adicionar um pedacinho do seu carinho.

"Como sempre, minhas receitas não têm quantidades, vou fazendo e temperando até chegar ao ponto, quando sei que está delicioso como precisa ser.

Ingredientes:
- Canjica branca
- Linguiça espanhola
- Pernil em cubos (não pequenos, de uns 3 dedos de cada lado) 
- Ají molido - picante e doce. O que estamos usando comprei em Pedraza, próximo a Segovia, na Espanha (pode-se usar a páprika, mas não acho que fica igual)
- Cebola ralada, alho e sal.

Modo de fazer:
A canjica é cozida com estes últimos temperos. 
O pernil é feito de panela, à parte, com todos os temperos que usamos para carne de porco (sal, pimenta, alho, cebola, louro, bem temperadinho). 
Quando a canjica está na metade do cozimento, ag rega-se os ajís molidos, a linguiça e o pernil firme, para tudo isso dar gosto ao cozido.
É só esperar terminar de encorpar e servir bem quente.

O Medina adora comer em tigelinha de louça branca, acompanhado só de pão de sal. 
Os hóspedes do Solar dos Montes já adaptaram o prato, comendo com arroz, caldinho de feijão e cheiro verde. Bão tamém!"


Muito fofa, essa Ana!

2 comentários:

  1. Patricia Bizzotto Pinto18 de novembro de 2011 às 11:04

    Muito fofa você tbm cacau! Adorei a receita. Sera que acho esses "ingrenientes" aqui na França? Vou pesquisar...
    Bjinho

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  2. Pat ela é um prato delicioso, uma leve "canjoada".

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