quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Desejo de quê? Conserva de beringela

Não me lembro de ter tido "desejos" nas minha gravidezes. Tinha sim, imensos e frequentes enjôos, o que me fazia comer mais amiúde, e seletivamente (alguns alimentos eu não podia nem sentir o cheiro), por acreditar que ia melhorar do mal estar. Porém, adotando tal prática, eu só fazia enjoar mais e engordar...

Fico pensando com os meus botões, será que este mito de que mulher grávida tem desejos de comer coisas diferentes venha daí? do enjôo? Pode ser, como quase tudo enjoa, a gente fica querendo alguma coisa que supomos não enjoar. Daí é que devem surgir as idéias estranhas! Eu nos meus enjoos, tinha predileção por alimentos ácidos e detestava as frituras. Mas cada uma é cada qual!

Trago uma crença comigo desde que eu me conheço: comer resolve todos os problemas de saúde física ou emocional. Vai daí que as perguntas que eu mais faço aos meus, diante à qualquer doença ou mal estar é: Você comeu? quer comer? quer que eu te preparo alguma coisa!

Bem, hoje uma amiga manifestou desejo de comer conserva de beringelas e me pediu alguma receita, que claro, eu vou atender aqui prontamente. Afinal, ela, além de ser minha amiga, está grávida e eu sei que comer com prazer sempre faz bem.

Eu amo todas as preparações com beringelas, sobretudo aquela "à milaneza" que eu saboreava na minha infância, quando ainda era magra. Também, as conservas de legumes e frutas ocupam um lugar especial na minha mesa como as conservas de tomates e de abobrinhas. Desde a infância, fui acostumada com elas, sobretudo com o sensacional picles de legumes crus que o meu pai preparava.

Dentre as várias receitas de conserva de beringela, eu prefiro as mais ácidas que eu creio, irão satisfazer a minha amiga mais plenamente. A minha forma de preparo da conserva de beringela foi inspirada numa receita de um maravilhoso espaguete ao pomodoro e fios de beringelas fritos em azeite misturada com queijo parmesão, que foi preparado em minha casa por Salvatore, um amigo napolitano. Vou dar tal dica ao longo da minha receita.

Eu fatio as beringelas descascadas no sentido do comprimento, em tirinhas superfinas (se possível, da espessura de um talharim). Deixo as mesmas de molho em água com sal por mais de uma hora. Depois, vou lavando as tais tirinhas, e espremendo-as com a mão até parar de sair aquela água escura. Após a última espremida, eu seco as tirinhas ainda mais, torcendo-as com um pano de prato bem limpo, até ficarem bem sequinhas.

PAUSA: Neste ponto, é que o Salvatore frita a beringela em azeite super quente, cujos fios misturados com queijo ralado sobre uma massa ou uma polenta de molho vermelho, fica simplesmente estonteante.

Bem, continuando com o preparo da conserva, se quero ela mais  crocante e se as tiras estiverem super fininhas e secas, eu as uso cruas mesmo. Senão, eu as cozinho em água com vinagre, à gosto, em fogo baixo por 5 minutos, escorrendo-as bastante depois. Aí é só misturar com alho cru fatiado, grãos de pimenta do reino e muito azeite extra virgem, de excelente qualidade, até cobrir todo o preparo. Eu gosto simplinho assim. Mas pode-se incorporar ainda azeitonas, alcaparras... Vejam só a delícia na imagem que emprestei na internet.


Aproveitando a oportunidade, a querida amiga que me inspirou nesta postagem me enviou um endereço super bacana de enfeites de natal feitos em papel, o qual compartilho aqui.




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