sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Histórias deles dois: Saint-Rémy

Ao fechar meus olhos, sempre aparecem imagens da minha filha rindo, com aquele riso aberto e sincero. E vou puxando as lembranças dela, em busca da sua companhia por alguns poucos momentos. Que assim seja!!!. E com ela, me chegam as recordações familiares, de nós seis. Bons tempos. Tempos inesquecíveis.

Em janeiro de 2011, como comentei aqui, fizemos nossa primeira viagem familiar para o exterior: sul da França, Provence. O vulcão islandês estava ativo na época, o que nos obrigou a fazer várias improvisações, desde a saída de casa. Quantos desencontros e mal humores isto gerou entre nós!  Porém, para ela e seu filho, meu neto, todos os problemas viravam piadas e risadas. Para os dois, que após longo tempo de separação, se encontravam outra vez, tudo era somente alegria. Ali, os dois foram as minhas melhores companhias.

Muitos encontros e bons humores trocamos entre nos seis, também. Um deles foi em Saint-Rémy.Por unanimidade inserimos essa cidade em nosso roteiro de viagem. Asilo de Saint Paul, onde esteve internado Van Gogh, um dos nossos prediletos artistas plásticos, por sua obra tão ligada e confundida com a sua história. O dia estava lindo, as iris estavam em flor, tal como eu as imaginava, quando as vi nas obras do artista.
Certamente, este foi um dia muito emocionante e bom para todos nós.

Para mim, o evento mais comovente deste dia, foi presenciar o encontro dos dois, mãe e filho, nos jardins internos do asilo. Meu neto se impressionou com um pássaro morto e quis enterra-lo, ali mesmo. Sua mãe, estreando a sua filmadora, realizou, a partir desse gesto, um belo video, usando também algumas imagens do filho, obtidas em Nice.

Nesses últimos dias, ao assistir outra vez este vídeo, me deparei com um novo significado nele: mais uma coincidência triste na vida destes dois amados. Mais um soco no meu estomago e um nó na minha garganta.
 Sem mais palavras.

Um comentário:

  1. Uma pétala violeta, as pedras, tantas pequeninas e sólidas, tão sólidas, não pesam sobre o passarinho. Terno, o gesto de um menino. Tanto mar, tanto mar. A mão dele, firme em seu carinho, atravessa meu olhar. E tudo é eterno.

    ResponderExcluir

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...