quinta-feira, 10 de maio de 2012

Mercado persa: re-uso de tecidos antigos

Em todos os lugares que eu vou, tenho como primeiro passo do meu roteiro a visita aos mercados  públicos e os passeios por feirinhas de rua. Eu acredito que observar os produtos e os costumes típicos do lugar é caminho certo para conhece-lo. E claro, ali eu tenho a oportunidade de obter algumas coisinhas gostosas ou bonitas, bem mulherzinhas, para eu levar para minha casinha. Ou seja, sempre trago comigo as lembranças necessária para reviver as minhas viagens, sobretudo os seus sabores.

Sou viciada também por visitas em lojas de tecidos. Entro nelas, olho, peço para ver mais de perto, passo a mão nas belezuras, buscando sentir sua autenticidade e... sonho com a confecção que  dela poderia ser feita. Não é de hoje que eu declaro nos meu posts a minha paixão por tecidos e aviamentos.  Quantas preciosidades eu descobri em cidadezinhas de interior!!!! Desde dos retalhos de peças antigas de tecidos, até botões, fitas, rendas, tiras bordadas, dentre outros aviamentos. Acumulo também peças de roupas pessoais, de cama e de mesa, confeccionadas com bons tecidos, as quais eu não uso mais, quer seja por estarem fora de moda ou de tamanho, ou mesmo devido à alguma mancha ou rasgo que comprometem seu uso, para o qual foi destinada. Ao me deparar com tal acumulo, justifico a mim mesma "eu vou usar isto, em alguma produção,  em algum dia".

Creio que tal hábito foi aprendido com a minha mãe, que com reles recursos e mediante a uma grande quantidade de filhas e agregados, não lhe restava outra opção a não ser rea-proveitar tudo. E ela fazia isto com muita paciência e criatividade. Esclareço, aprendi com a ela a não dispensar coisas preciosas, ainda que momentaneamente inúteis e velhas, mas não sei direito o que fazer com elas. Até tenho as idéias, mas não tenho a aptidão e nem a paciência necessárias. É assim que sigo acumulando "jóias cheias de histórias", que eu guardo comigo há ano, tais como as dezenas de calças Jeans e as inúmeras roupas confeccionadas em linho, organdi, seda ou cetim.

Nesta semana achei uma boa idéia na Marie Claire (passo a passo aqui),  para aquele pedacinho dum linho bordado em um virol antigo/histórica... e esbagaçado. Com ele, poderia confeccionar este amarrador de cortina giga chique.


Com o restante do linho, usando ainda as minhas rendas esquecidas, poderia fazer sachets perfumados para presentear as minhas amigas queridas .


Ou quem sabe... oferecer descansos de copos e guardanapos muito lindos e históricos,

Bem dispostos sobre uma toalha de mesa com apliques de linho antigo recortados de nossas memórias.

Ou talvez costurar vestidinhos para as bebezinhas, filhinhas, sobrinhas, netinhas; recém nascidas de  tantas amigas.

São muitas as inspirações, lembrando que o linho é um tecido nobre, duradouro ( quanto mais velho e amassado, mais bonito fica) e,portantoã muito caro por aqui. Nào dá para dispensar qualquer peça feita com tal tecido.

Não temos mais o linho brasileiro da Brasperola, desde de 2001. Triste, pois era de excepcional qualidade. Eu o adorava. Sempre que busquei por qualquer produto de linho questionava: só levo se for Brasperola.

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