terça-feira, 24 de abril de 2012

Mãos, vozes e cantos: simples salmão assado

Pode parecer estranho, mas a coisa que mais me chama a atenção nas pessoas são as mãos bonitas e a bonita voz. Me ligo especialmente nas lindas vozes

Lembro-me da paixão que eu guardei pelo David Coverdale do Whitesnack, desde os idos dos anos 80. Ressalto que eu não gosto do estilo de tal grupo, muito embora adorasse o Deep Purple, o grupo de origem deste deus. Naquela época, o David gravou uma propaganda de cigarro, que ao tocar no rádio, simplesmente fazia meu coração acelerar, de início, quando ele falava e me dava vontade de chorar, quando ele cantava. 

Vejam que beleza de voz, nesta interpretaçãoabaixo, acompanhado do fera do Jimmy Page, na guitarra. É disto que eu estou falando!


Poderia citar várias outras belas vozes masculinas, dentre vários artistas e amigos, as quais me acompanham pela vida afora. Mas estazinha, assim como a do Al Paccino, em Perfume de Mulher, são as que mais me emocionaram e marcaram.

Me lembrei desta minha paixão por vozes, em decorrência de uma sucessão de pensamentos e emoções, originadas em um almoço, que ofereci aqui em casa no domingo, à uma amiga búlgara/ judia/parisiense, que eu conheci em Paris, há um bom tempo. Ela tem uma voz bonita, forte e adora cantar. Ela me trouxe as lembranças do tempo em que eu apreciava ouvir vozes, vocais, solos. Me contentava com isto e nada mais. Me lembrei dos tempos em que eu cantava nas coroações da infância, ou nos encontros da juventude, nos quais eu cantava junto as minhas irmãs ou minhas amigas, ou naqueles momentos inesquecíveis da minha maternidade, quando eu acalmava e ninava as minhas crianças. 

Daí, me veio aquele fio infinito de lã, carregado de deliciosas memórias referentes aos tempos em que o simples cantar limpava a minha alma. 

Seguindo este caminho, eu só poderia acabar escutando o David Coverdale. Ele ficava ali, diariamente, no meu ouvido, falando e cantando só para mim, me lembrando da minha história e cumprindo com a minha fantasia.

Rachel, minha amiga, tem também lindas mãos, com os dedos cheios de anéis trazidos de vários cantos do mundo. A mão dela, neste dia, me chamou mais a atenção, pois além de lindas e com os dedos cheios de anéis, estavam também coloridas por unhas pintadas de 3 diferentes cores de esmalte ( preto, marrom e turqueza). Adorei, mas só nela mesmo! Uma pessoa "grande", Cheia de exclusividades. Bem mulherão!

Neste almoço, eu servi arroz e feijão, os quais, vocês já sabem, não podem faltar na mesa oferecida à quem vem de lá. Preparei também cuscus marroquino e um salmão assado.

Para 6 a 8 pessoas eu usei um filé de salmão inteiro ( um quilo, mais ou menos), sobre um refratário untado com azeite, com a pele para baixo. Temperei com sal, pimenta do reino, raspas da casca de um limão e seu suco. Por cima adicionei uma folha de louro inteira; meia cebola, meio pimentão amarelo, sem sementes, um tomate sem sementes, picadinhos; duas colheres de sopa de alcaparras, um tanto de tomilho  e um outro tanto de salsinha picada. Reguei com azeite, cobri com papel alumínio e assei em forno médio pré aquecido ( 180 a 200 graus), por meia hora.

É o tal negócio, minha gente, o menos é mais! Já é tido e sabido que eu detesto os excessos do cozimento. Dos temperos, dependendo do espírito da coisa, até pode. 

O almoço ficou delicioso e o salmão no ponto exato, rosado, tenro e saboroso.  E é claro, que distraída que sou, eu não fotografei a prato. 

Procurei uma foto na internet que fizesse jus à beleza do prato que eu preparei. A mais próxima que encontrei é esta.




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