terça-feira, 17 de abril de 2012

Brasileira:O básico da mulher parisiense

Os dias passam, o tempo voa e eu vou ter de me conformar: nesta primavera, seguirei a minha vida sem estar em Paris!

Seria muito bom estar por lá neste momento; nem tanto pela cidade, mais muito mais pela contingência, como já expressei aqui.  Ou seja, não vai dar para ficar abraçada com a minha filha e nem com o meu neto, por enquanto. E mais, nada de estar por ali aproveitando do "laissez faire", esquecendo dos momentos de perdas difíceis, e buscando me distrair prazeirosamente com as delícias e os consumos inúteis! Enfim... não vai rolar! Ai, ai, ai!

Um dos meus queridos, ao perceber a minha tristeza, me presenteou com um livro muito legal e bastante útil/fútil para uma mulherzinha como eu. "A Parisiense", escrito em 2010 é uma edição bonita, cheia de preciosas dicas. Confesso que esse livro até poderia ocupar o lugar de uma bíblia na minha próxima viagem por lá. Traz dicas que são eternamente atuais e úteis.

Eu sei, e as parisienses mais ainda, que estilo não tem nada a ver com moda ou com "tendências" de estação. As parisienses são como são e sempre serão assim: elegantemente básicas. Elas sempre estarão magérrimas, usando calça capri, jeans básicos e de bom corte, camisetas básicas, jaquetas de couro parecendo velhas, blazers tipo YVS, lindos foulards e exclusivas jóias discretas. Ao meu ver, elas têm um jeito chiquérrimo, mas por demais minimalista. Elas usam peças que, embora possam parecer ou ser baratas, tem classe e, sobretudo, são valorizadas por fantásticos acessórios e por ousadas e extraordinárias descombinações que somente as parisienses (e as londrinas) sabem fazer.

Coisas da cultura daquele povo, gente! Lá, tudo que é produzido, tem muito valor e nada sobra. Não existe desperdício como tem por aqui. Tudo é feito, e consumido, com cuidado e com pensamento. Eles sabem avaliar o valor de cada coisa, em termos de perdas e ganhos sociais e econômicos. É só saber usar com utilidade, charme e exclusividade. E  possuir a arte de des-combinar harmonicamente.

Eu adoro o estilo de vestir das parisienses, muito embora prefira o das londrinas, que são muito mais ousadas. Essas últimas se parecem mais comigo, que sou uma exagerada em alguns quesitos, coisa que as francesas estão longe de ser. Mas as dicas do livro, embora pouco originais na sua maior parte, são bem legais. Além disso, em tais leituras comprovo que apesar de ser tão do Brasil, onde existe muita breguiçe, aprendi com a minha maturidade e o meu interesse a não cair e nem chegar perto da borda existente entre o estilo e a cafonice.

Alguns conselhos me irritaram neste livro, do tipo: "você pode e deve fazer depilação "brasileira", mas não significa que deva usar os horríveis biquinis das cariocas". Ah neim! lamentei tal comentário. Só aquelas de lá mesmo, para não adorar um biquini brasileiro, em um corpaço feito do tamanho exato para tal uso numa praia do RJ.

Muito à propósito, o verão se foi, infelizmente. Ou seja, está chegando a nossa estação mais fria. Nela, podemos esquecer dos biquinis e reconhecer o estilo das parisienses, que arrasa no outono inverno, podendo nos inspirar.

Sobre as vestimentas de outono/inverno, repasso aqui a minha interpretação de algumas dicas parisienses, que eu já adotava, bem como  outras obtidas na tal publicação :
  1. Descombinar, sem exagero, é regra. Jamais gostei de sapatos combinado com a bolsa e nem com o cinto. Sempre detestei o terninho, a combinação "correta"das cores da estampa de uma peça com a cor da outra peça, A maquiagem combinando com o tom da roupa, nem pensar. 
  2. Usar marinho com preto ou marrom ou cinza; branco com cáqui, nude ou com ou marinho, pode parecer estranho, mas eu acho lindo. 
  3. Para sair desta "tristeza" das cores neutras invernais, existem os acessórios para a gente se encontrar no pecado: sapatos, bolsas, bijus e foulards. Os folulards ou echarpes podem ser usados  de vários modos, inclusive misturados com outros pares, ao mesmo tempo. É um coringa que não pode faltar, pois nos aquece prá dedéu e nos enfeita.
  4. Se eu uso um colar, prefiro me restringir a brinco juntinho da orelha. Fica confuso se o brinco for grandão. Se uso anelão, não uso pulseira na mesma mão. Só faço esta loucura de ficar como uma árvore de natal, se eu estiver cheia de olheiras e com a aparência péssima, pois raciocino: que olhem para os berloques e não para mim!
  5. Calça jeans e camiseta de cores neutras são indispensáveis e tem tudo para receber os enfeites da nossa loucura, tristeza ou da nossa alegria. Melhor partir daí.
  6. Sempre adorei calças brancas e sempre me senti por fora ao usa-las. A parisiense adora as tais. Sabia!!!!! Uso-as com camisetas básicas de cores neutras. No verão boto prá quebrar, usando-as com estampas brasileiras.
  7. Há muito tempo não uso os meus pretinhos básicos (antipatia da falta de opção), embora reconheça: eles são básicos mesmo e não podem nos faltar.
É o básico arrasando!

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