domingo, 27 de fevereiro de 2011

Só lar, aos montes... Molho dos sete sabores

Nem todas as minhas histórias de comidas são boas. As histórias ruins, acontecem às vezes. Não porque a preparação seja desprovida de charme ou sabor, mas, sobretudo, porque a história que a envolve é ruim, traumática. Nesse caso eu me frustro ao relacionar aquele sabor à aquela história triste.

Foi assim quando, pela primeira e única vez, experimentei o Locro, uma receita tradicional da culinária argentina. A preparação que eu comi, estava no capricho, muito bem feita e saborosa. Porém, a história que a envolvia era, no mínimo, triste... Então, rasguei a receita impressa, que a anfitriã me ofereceu e nunca mais comi tal prato.

Mas como a vida é boa, e as comidas clássicas também, encontrei uma outra história para me ligar positivamente ao Locro, compartilhada com os  Medina.

Tenho um casal de ótimos amigos, Ana e José Maria Medina (um argentino, portenho) que mora em Santana dos Montes, MG, em um casario restaurado e reformado, que se apresenta em  uma belíssima pousada, o Solar dos Montes. Situa-se na praça de cidade, a qual é um verdadeiro bibelô.

O encantador  jardim da pousada é imenso e cheio de dálias ( dentre várias outras espécies), flor que eu adoro, por seu grande tamanho, e pela grande diversidade de formas e cores. Os arranjos florais preparados com elas, constantes na pousada, são simplesmente... arrasadores.

 Abaixo compartilho algumas imagens de dálias que emprestei da internet.



Que lindeza....
Soube que tais flores também são chamadas de Georginas. Então, minha amiga, Geo, taí a minha homenagem para você...

Afora toda a beleza do local e a simpatia dos meus amigos, a cozinha da pousada é um espetáculo. Serve sabores da tradição mineira, portuguesa, espanhola e argentina, inspirada em receitas de família dos donos.  Eventualmente, o chefe do Ermengada ,  o Guilherme (Camarão), também repassa novidades culinárias para a cozinheira chefe, da vez.

Duas receitas se destacam dentre as fartas e deliciosas refeições ali servidas e que já tive o prazer de deliciar. Tratam-se de dois verdadeiros sucessos entre os comensais: o molho dos 7 sabores e o Locro. A receita do Locro, considerando que a minha reconciliação com tal preparação, é recente, eu ainda não tenho os passos e ,portanto, nem a  preparei.  Então, não dá para publicar. Mas a do molho, que já fiz e refiz inúmeras vezes e adoro, eu repasso aqui.

Eu junto em 6 colheres de sopa de azeite, 2 de vinagre balsâmico, um dente de alho bem picadinho, 1/4 de cebola bem batidinha, sal a gosto, uma colher de sobremesa de orégano e uma de molho inglês. É só misturar para emulsificar um pouco e servir em saladas, pães, massas e grelhados.

É fácil, versátil e deliciosa...

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Tem homem que acolhe a alma feminina

Dentre esses homens, que tem um lado de alma feminina, ressalto aqui, aqueles artistas, os quais, em sua obra, demonstram o saber do feminino mulherzinha. É o caso do fotógrafo alemão, de 74 anos, Hans-Peter Feldmann, ilustre desconhecido até há uns poucos anos atrás. Hoje é um "queridinho" da Europa e deve vir para 30° Bienal de SP.

Fui apresentada a ele, lendo a Ilustrada de hoje, em matéria que está aqui. A maravilhosa obra, reproduzida em tal matéria para divulgação é, simplesmente, euzinha, retratada em várias fotos, em uma sequência, que me representa, no começo de todos os meus dias,quando saio para a vida. Uma vida difícil. que é a de ser simultaneamente saudável, cheirosa, maquiada e elegante, profissional senior, cozinheira, blogueira e metida a jardineira e artesã. Sendo bem realista, só mesmo a Martha Stuart, que fez deste estilo um negócio que a deixou milionária... Não é o caso de nós mortais, mulherzinhas simplesmente...

Mas voltando ao artista, gostei tanto da imagem apresentada na Ilustrada, que a reproduzi na apresentação do meu Blog, pois tem tudo a ver com o espírito dele . Este artista, me inspirou por demais. Corri atrás de outras obras dele, a fim de comprovar o meu sentimento. E comprovei, ele sabe de nós mulheres...

Ao pesquisar mais sobre sua obra vi que ele, além de fotografar pernas, bocas e rosas femininas, tem instalação de sapatos, os meus queridinhos... Claro que, por isto tudo, a minha afinidade com a obra dele foi imediata. É demais...

Vejam só algumas imgens que obtive no google...



Rosas, putz eu adoro e luto para ter em minha casa. Eu não consigo tal feito, mas o artista me deu elas de presente....


E as pernas,em suas várias posições, que fazemos todos os dias,sem nem perceber.Ele sacou isso e teve a coragem de nos mostrar que entendeu...


'Os passos da produção do nosso make diário. Essa, sem qualquer sofisticação,clássica, que é o que sempre procuro.


Acima e abaixo, as instalações com sapatos de salto.Um estímulo para eu continuar na minha missão de usá-los sem qualquer constragimento.É muito lindo,chique e mega mulherzinha...

Tá meio sem foco, mas o artista tá sentadinho admirando a nossa admiração... Não é lindo???

Como se não bastasse ele nos mostra uma instalação com vasinhos floridos, pregados na parede de uma forma inusitada, com as flores encarando a nossa cara. Demais...


Podem saber, se ele estiver na próxima bienal, não vou perder...Fora que é  uma ótima desculpa para me atualizar no consumo inútil...

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Pará e seus peixes deliciosos, again

Lá vou eu de novo para as terrinhas de lá. Bem que podia ser Belém! Mas não, é Parauapebas , meiss... Pelo menos o meu dia de trabalho vai ser em Carajás, naquela ilha da fantasia no meio da floresta nacional... E com boas companhias...

Parece incrivel, mas uma das melhores comidas baianas que já comi foi em Parauapebas( Peba , para os íntimos), no Bar do Baiano. Trata-se de um boteco simples, com TVs no salão, sobre as quais, é obvio, é necessário sempre solicitar o garçom para diminuir o volume. Lá também tem a cervejinha mais gelada do pedaço. Prefiro e com gosta de cerveja vai me entender, a famosa e deliciosa Cerpinha, que é produzida na região... A The Best do pedaço.

Da última vez que por lá estive (aqui), me esbaldei no dito bar: Acarajé aberto, com vatapá de camarão fresco, pouco dendê e pouco leite de coco e uma quase nada de coentro.... e Tucunaré frito, excelente peixe do Pará, servido com pirão de leite, arroz, salada, farofa, regado a pimenta e tucupi ( não sabia que eu gostava tanto disto), que é servido sobre a iguaria na quantidade do nosso gosto. Eu abuso de tais temperos, pois adoro sabores picantes.

Olhem só a aparência das delícias apresentadas em fotos tiradas do meu celular.. Portanto, bem amadoras...

Acarajé aberto com vatapá sem coentro, que ocupa um prato inteiro.maravilhoso de bom...


Tucunaré frito, hummmmm

Vamos combinar, o Peba é desprovido de qualquer charme, parece um lugar do faroeste de tão degradado e feio. Nem parece que estamos na amazônia Mas as comidas de lá, que beleza....

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Amizades com tempero

Obviamente eu não fotografei a minha massinha com limão. Fiquei tão excitada com o reecontro, as conversas e os temperos que eu ganhei  da Anita, que me esqueci total das fotos... mas a preparação ficou deliciosa...

Sobre os tais temperinhos, devo dizer: um verdadeiro mimo... Ela compartilhou comigo aqueles sabores orientais trazidos de Paris, separando uma parte, que embrulhou e um papel manteiga, e guardou dentro de envelopes amarelos com o nome de cada um escrito a mão... Vejam só...



Então, é o tal negócio, serei "obrigada" ( kkkkkk) a usá-los em preparações bem especiais. Como primeira idéia, pensei em fazer um frango indiano, como o que eu saborei na casa de outra amiga muito fofa também. Um espetáculo!!! Ela nos serviu tal quitute em uma mesa maravilhosamente produzida com cristais franceses e guardanapos da Ilha da Madeira. Nada mais chique. Olhem e babem...



Olhem o tal frango. Sâo sobre coxas muito bem temperadas com temperos orientais e castanhas moídas.

Eu não tive o privilégio de ter em meu enxoval qualquer das maravilhas, originadas da famosa ilha. Já viram, né? quarta filha de um total de seis. Quando chegou a minha vez de casar, as toalhas, panos de bandeja, jogos americanos, perfeitamente costurados em linho e/ou organdi suiço e finamente bordados com linhas de seda pura coloridas, em lindos desenhos e pontos perfeitos ( o avesso dessas peças é tão perfeito, que pode ser confundido com o lado direito) eram inacessíveis para a família. Até hoje, jamais ví bordados tão lindos e ainda sonho em ter tais maravilhas. Sempre as procuro nas feiras de antiguidades. Mas, quando encontro, são caras ou muito grandes para a minha mesa.  Me contento, então, com os bordados nordestinos e claro com as lindas peças contemporâneas pintadas a mão, como as que eu já mostrei em um post de natal (Rita Lessa) ou aquelas que eu mesma tento montar usando tecidos combinantes, como já comentei aqui ...Não dá para ver os detalhes. Mas que é lindo é... vejam só

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Pérolas da vida: Penne ao limão

Devo confessar, não existe jóia que eu mais goste do que aquelas feitas com pérolas. Tenho colares,anéis e brincos montados com tal belezura. Claro que existem várias peças no mercado que eu acho  meio cafonas, do tipo daqueles cordões, com de pérolas muiticoloridas do Medalhão Persa. Eu prefiro os desenhos e as montagens clássicas, do tipo Jackie Onassis. Acho chiquérrimo os colares de um fio só, os brincos com uma pérola só, o anel solitário. Combina com tudo, até com jeans, camiseta e havainas.  E tais jóias ficam bem em todas as ocasiões, até nas compras do mercado...

Eu tenho um colar de pérolas barrocas, bem lisinhas, dispostas em cordão, com um fecho em brilhantes que é um espetáculo.Tal fecho me permite várias utilizações, tal como mostro abaixo.







Esta conversa fiada sobre as pérolas foi inspirada no meu dia de hoje, que começou com a minha manicure me passando o maravilhoso esmalte Chanel Black Pearl, que é da cor exatinha da pérola negra. Eu tenho um belo anel solitário com tal pedra, que usei na foto para comparar as cores e o brilho. Vejam só...



Então... De Chanel, fui para Paris, pois hoje recebo uma amiga recém chegada de lá, que me traz temperos indianos. Hum!!! Vou ter que pesquisar sobre tal cozinha. Oportunamente, posto aqui as delícias pesquisadas.

Hoje, para a minha alegria, pensei em servir um fettucine a carbonara que eu já postei aqui. Mas como ela é minha seguidora e está super entusiasmada com a culinária, creio que ela já deve ter experimentado o talzinho.

Então, servirei um Penne ao Limão, com um maravilhoso Bordeaux,que me foi presenteado pelo meu neto, seu pai e sua boadrasta Maria...

Este molho de limão é super fácil e prático de fazer, pois sempre tenho tudo em casa. Infelizmente, embora o meu pé do siciliano (aqui) esteja carregadinho, todas as frutas estão verdes. Ô dó sô... Então vou usar o Taiti mesmo. Para um pacote de penne de grano duro, eu refogo 1/2 cebola em uma colher de sobremesa rasa de manteiga. Quando ela está translúcida, eu deglaco com um cálice de vinho branco seco. Junto as raspas e o suco de meio limão e 500ml de creme de leite fresco. Depois de ferver, eu tempero com sal, pimenta do reino branca moída na  hora e sirvo sobre a massa com salsinha picada e queijo parmesão ralado.

DICA: O ponto de qualquer molho cremoso é identificado, quando se passa o dedo na parte de trás da colher de preparo e o molho é removido inteiramente, separando as duas partes...

Aproveitem....

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

O ex vilão : Aioli e ovos en cocotte

Hoje a minha inspiração para este texto, foi a coluna da bunitinha da Luiza Fecarotta ( carreguei ela no colo, gente!), na Ilustrada da Folha, sobre o ovo,  (em busca dos ovos perfeitos... ). Nada a ver com o conto da Clarisse, "O ovo e a galinha" que é muito doido e bonito. Mas tudo a ver com a minha paixão por ovos, preparados em todas as suas formas e em todas as preparações doces e salgadas... Hoje me sinto uma pessoa livre para consumí-los, pois sei que esta história sobre a sua vilania, faz parte do passado. Vejam se não dá água na boca.


A minha  perseguição culinária desta semana é, certamente, o ovo. Tudo  começou com a minha avidez por um bife a "cavalo" que saborei no almoço de domingo, o qual me frustrou bastante: o bife de alcatra estava fino e bem  passado demais ( detesto) e o ovo muito frito, duro e frio ( passou, só porque é ovo). Gente, ovo frito tem os seus segredos na hora de fazer. Não pode ficar esturricado e nem, tampouco, com a clara crua. A Luiza discute na crônica dela a importtância do preparo de um bom ovo. Em primeiro lugar, a sua origem deve ser nobre, vinda de galinhas caipiras... No dia seguinte, comi panquecas preparadas para o jantar, pela Lene, minha ajudante. Ficaram ótimas, apesar da massa meio grossa, mas desmanchando na boca. O recheio era de legumes, carne e passas, muito bom...

Em seguida, resolvi experimentar o Aioli que eu trouxe da Provence, daquela leva de compras de delícias do empório da Route Napoleon (que referenciei aqui).

Devo confessar, foi uma luta realizar tais compras da França, pois eu estava acompanhada de  pessoas (6 adultos e uma criança) famintas e enjoadas ( nos dois sentidos), num carro  cheio de malas caindo por todos os lados, sem espaço para uma pulga sequer, numa autêntica farofa brasileira... Só para terem uma idéia, sob protestos, passei o restante deste roteiro ( até chegar na minha casa no Brasil), viajando com um saco de chips de batatas roxas, orgânicas e maravilhosas nas mãos, para elas não quebrarem. Ironicamente e já de volta, ao me lembrar delas, para serví-las em casa, percebi que já tinham vencido, kkkkkkk

Olhem só o que ainda sobrou de tais compritas...




A geléia de rosas, que eu comprei lá, quebrou durante a viagem. kkkkk. Resultado, fui obrigada a comprar outra ( a da foto) em Saint Remy, no hospital (hoje museu) que Van Gogh ficou. Lá estão as iris roxas maravilhosas ( estavam floridas) , que ele pintou tanto e tão divinamente...

E hoje, a Luiza vem me falar de ovos...

A minha receita de Aioli é inspirada na Patrícia Wells, que é uma autoridade na culinária francesa. Eu descasco 6 dentes de alho fresco e retiro o"embrião" verde do centro do alho ( ele dá um gosto meio amargo nesta preparação). Soco tais dentes no meu almofariz de pedra ( pode ser o socador de alho normal) com 1/2 colher de chá de sal até formar uma pasta. Aí, eu junto duas gemas de ovo ( uma,  por vez),  misturando bem até que esteja tudo muito bem incorpado. Vagarosamente, pingo a pingo, vou deixando cair, na preparação, uma xícara de chá de azeite de oliva extra verde de excelente qualidade, até atingir uma consistência de maionese. Fica ótimo em pães  e grelhados.

DICA: toda a preparação do Aioli tem de ser feita em temperatura ambiente.Ovos gelados, não rola, desanda...

Antes de chegar a Provence, passamos por Montpelier, onde meu filho experimentou os ovos "en cocotte", servidos com salada de folhas e torradas. Maravilhoso.

Eu gosto dele  assim, coloco as cocotte ( pequenas vasilhas refratárias) no fogão, em banho maria ( no forno quente também pode), com uma colher de sobremesa de manteiga. Quando a água ferver e a manteiga derreter,eu escorro o ovo inteiro ( sem casca, claro) e devolvo ao forno. No momento em que as claras começam a talhar, eu junto uma colher de sopa de creme de leite fresco em cada, tempero com sal e pimenta do reino moída  na hora.

Vejam só na imagem que emprestei da internet com várias formas de preparar tais ovos,



Com ervas, mostarda e creme de leite, com creme de leite, com caldo de pato...

Existem muitas outras maneiras de servir tal gostusura: com tomates, mangericão e queijo ralado, molho de cogumelhos, com a forma forrada de presunto cru e servida com lascas de cebola roxa, levemente refogada por cima entre outras. Trata-se de uma ótima entradinha...

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

quarta sem lei, o retorno

Amanhã, é dia de quarta sem lei, ( como já postei antes aqui), em minha casa. A convidada de honra é uma amiga de infância da minha família, que mora em Paris, boadrasta do meu neto e está visitando a sua família. Torço para rolar um jogo de buraco entre os presentes.

Ando tão enrolada que ainda não pensei na comida. É difícil, bolar algo, pois na casa dela já nos deliciamos com tantas gostosuras francesas, que só dá para pensar em algo bem brasileiro.

Creio que vou aproveitar uma sobra de rosbife que tenho em casa e fazer uma salada de carne ( lagarto desfiado, com cebolas, tomates, azeitonas,salsa, mangericão, hortelã e pimentão picados, tudo frio muito bem temperado com louro, sal , limão, pimeta do reino e da calabresa e azeite ) para comer com pão de queijo.

Eu até sei fazer pão de queijo, receita me passada pela sogrinha. Mas depois que provei a receita do meu comprade Mário, que é sensacional, nunca mais fiz...Ele não passou tal caminho,  e ele não desgruda dele de jeito nenhum... Então, para não fazer feio, uso o PQ  congelado mesmo...

Ah, vou fazer torresmo também, em comemoração ao meu dia de início de dietadecontangemdecalorias, arg... E claro, não faltarão as castanhas de cajú, do Pará e nem as paçoquinhas...

Quanto às bebidas, também comemorando a dieta ( he,he), servirei cerveja e caipis de cachaça e Busca Vida que já descrevi a produção aqui .

E finalmente, pelas mãos da convidada, chegará em minhas mãos ( e nas minhas unhas, muito em breve) o esmalte Black Pearl Chanel que a tal queridinha amiga me trouxe. Não vejo a hora.

Este verniz também estava na minha lista de compras de viagem. Mas, que bom, vou me paroveitar dele bem antes do programado... E claro, já o subtistui na minha lista pelo Riva, também da Chanel, que é uma azul meio cinza, muito lindo...

Vejam abaixo tais cores, nas unhas das modelos... Depois eu os mostros nas minhas unhinhas

Black Pearl
Riva

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Eu agora vou botar meu bloco na rua...

Gente, está chegando o carnaval. Oba. Adooooro!!!

Eu que estava, com água boca, mediante a perspectiva de realizar o meu sonho, de sair sambando na avenida, com a Portela, comecei a me preparar física e emocionalmente. Infelizmente, não rolou. O plano B então é ir para SP e atualizar meu consumo comercial e cultural na grande metrópole. Vou visitar as lojas de maquiagem do bairro Liberdade ( aqui) e comprar alguns berloques da Pandora (aqui), recentes objetos do meu desejo. Os programas culturais, bah, eu decido lá...

Mas enquanto não vou prá lá, curto o que temos aqui.Portanto, senhoras e senhores, não deixarei de participar dos blocos de rua pré carnavalescos de BH, cuja programação prevista está aqui. A folia belorizontina começa no sábado, dia 19/02/2011, obaaaa!!! Aqui, por perto de casa, tem o bloco "Sou  Bento" no dia 26/02 na Av. Consul Antônio Cadar, naquele muvucal do São Bento... 

Acho  estes nomes de blocos ótimos. Quando estive no carnaval do Rio, em 2009, junto com minha irmã e uma amiga ( 3 mulheres, 3 sentenças), minha amiga Carminha sugeriu de fazermos um bloco de mulheres intitulado "me atirei no pau do gato". Ao comentarmos tal idéia entre os amigos, tivemos várias adesões. Reconsideramos e abrimos espaço para os homens, só que eles teriam de ir fantasiados de gato... Mas é claro que tal bloco não vingou, embora tal projeto tenha nos divertido muito...

O que uso para ir pular carnaval num bloco de rua? Putz, varia por demais, mas sempre é uma roupa de algodão, bem confortável, colorida e com muitas flores e/ou laços na cabeça. Acho lindo usar máscaras, mas acho elas muito desconfortaveis e quentes. Então, opto em me maquiar bastante: encho os olhos de brilho, coloco postiços escandalosos e um bocão bem vermelhão. Prefiro vestir uma saia colorida, estampada com uma camiseta básica. Uso muitas bijous e enfeites na cabeça, tudo junto e misturado. Aproveito  o evento para usar tudo aquilo que eu gosto e guardo por ser  escandaloso demais e/ou jovial demais e/ou cafona demais.

Quando eu era menina e moça, me fantasiava com as produções da minha mãe, que eram maravilhosas. Em janeiro ela já planejava a fantasia e começava a produção, que muitas vezes incluia a minha turma de amigas, formando um grande bloco de meninas nos bailes do Minas e do Automóvel Clube. Lembro-me de muitas fantasias, em especial a de índia, que trago guardada  comigo até hoje: trata-se de um conjunto de mini saia e mini blusa de juta, bordadas à mão com ráfia colorida. Lembro-me também  da de Pierrot, feita com um algodão estampado de losangos de várias cores, estruturado em um mini-vestido enviezado, com um golão em intertela, enfeitado com um lação; a de haviana, feita com um chitão bem estampado, em um mini vestido de uma só alça, usado com colares de flores e flores na cabeça...

Confesso que tentei manter esta tradição junto a minha família. Em todos os carnavais da infância dos meus pequenos, eu providenciava uma fantasia. Não eram tão lindas como as minhas, mas eram muito legais...

Hoje, não uso qualquer fantasia. Mas tem muitas que podemos improvisar em casa: os tradicionais sarongues, usando uma bela canga de praia; a melindrosa, usando um vestidinho brilhoso e curto. Frida Kalo, fica ótimo nas morenas, é só vestir uma blusa branca de algodão, com uma saia estampada, fazer trancinhas cruzando a cabeça e encher de lápis as sombrancelhas, para engrossá-las e ajuntá-las acima do nariz. E a bailarina! usando uma sainha de tule e uma sapatilha... E por aí vai: a colegial, a enfermeira, a gatinha, a Marylin, a múmia, a hippie... Existem vários acessórios que ajudam a dar aquela personalizada, que podem ser adquiridos pela internet. As máscaras, por exemplo,variam das comunzebas por R$5,00 ( aqui), até as italianas, por até R$500,00 (aqui). Abaixo,como ilustração de um momento "carnaval", mostro uma bela máscara carnavalesca, cuja imagem emprestei da internet .



Mas o bom mesmo do caranval, é cantar, dançar e pular junto com os amigos. Nada mais!!!

E voltando ao meu momento politicamente correto, lembrem-se, neste caranaval ( e em todos os que virão) não usem penas de aves (de galinha, pode) e nem pele de qualquer animal , por favor... e não se esqueçam da camisinha... Ah ah ah...

O peito feminino: Magret de Pato

Eu recebi por email uma crônica do Ivan Martins sobre "o que as mulheres fazem quando estão com elas mesmas". Ele diz ter levado uma bronca da prima, por às vezes escrever sobre “solidão feminina” com alguma incompreensão. Ao ler o que ele escreve, ela lhe disse, que as pessoas podem ter a impressão de que as mulheres sozinhas estão todas desesperadas – e não é assim.

Eu tenho muita preguiça de ler essas coisas. Mas lendo, de cabo a rabo esta crônica me senti a prima dele falando. Transcrevo aqui algumas das partes com as quais me identifiquei:

... "muitas mulheres estão sozinhas e estão bem. Escolhem ficar assim, mesmo tendo alternativas. Saem com um sujeito lá e outro aqui, mas acham que nenhum deles cabe na vida delas. Nessa circunstância, decidem continuar sozinhas... ela me lembrou de uma coisa importante sobre as mulheres: o prazer que elas têm de estar com elas mesmas." Eu gosto de cuidar do cabelo, passar meus cremes, sentar no sofá com a cachorra nos pés e curtir a minha casa”, disse a prima. “Não preciso de mais ninguém para me sentir feliz nessas horas”. Faz alguns anos, eu estava perdidamente apaixonado por uma moça e, para meu desespero, ela dizia e fazia coisas semelhantes ao que conta a minha prima. Gostava de deitar na banheira, de acender velas, de ficar ouvindo música ou ler. Sozinha. E eu sentia ciúme daquela felicidade sem mim, achava que era um sintoma de falta de amor... Ontem, ao conversar com a minha prima, me voltou muito claro uma percepção que sempre me pareceu assombrosamente evidente: a riqueza da vida interior das mulheres comparada à vida interior dos homens, que é muito mais pobre...A capacidade de estar só e de se distrair consigo mesma revela alguma densidade interior, mostra que as mulheres (mais que os homens) cultivam uma reserva de calma e uma capacidade de diálogo interno que muitos homens simplesmente desconhecem. A maior parte dos homens parece permanentemente voltada para fora. Despeja seus conflitos interiores no mundo, alterando o que está em volta. Transforma o mundo para se distrair, para não ter de olhar para dentro, onde dói... Homens saem para o mundo e o transformam, enquanto as mulheres mastigam seus sentimentos, bons e maus, e os passam adiante, na rotina da casa. Tem sido assim por gerações e só agora começa a mudar. O que virá da transformação é difícil dizer. Mas, enquanto isso não muda, talvez seja importante não subestimar a cultura feminina. Não imaginar, por exemplo, que atrás de toda solidão há desespero. Ou que atrás de todo silêncio há tristeza ou melancolia. Pode haver escolha.Como diz a minha prima, ficar em casa sem companhia pode ser um bom programa – desde que as pessoas gostem de si mesmas e sejam capazes de suportar os seus próprios pensamentos. Nem sempre é fácil".

Eu não gosto muito de fazer comparações entre os gêneros, mas adoro verificar o reconhecimento sobre a riqueza do mundo feminino (noh, mais uma vez arrasei na originalidade das palavras, he he). Aprendi com a minha doença, com a minha análise, com a minha vida que a solidão pode ser edificante. Foi na minha solidão que eu entrei no mundo da costura, da maquiagem (aqui), do blog e aprimorei meus dotes culinários. Numa época deste percurso decidi que, além de gostar de "cuidar do cabelo, passar meus cremes, sentar no sofá com a cachorra nos pés e curtir a minha casa ", como diz a prima, eu iria aprimorar as minhas produções culinárias exclusivas, feitas somente para mim, para o meu gosto. Uma das que desenvolvi foi o meu Magret de Pato, que é só meu pois, além de ser muito caro, ninguém da família curti pato como eu. 

Eu uso um peito de pato com a pele, a qual e corto em quadrados como abaixo. Tal procedimento ajuda a temperar o interior do peito, auxilia no cozimento e fica lindo no prato!!!

 Tempero com sal e pimenta e selo em uma frigideira muito quente e sem qualquer gordura ( a gordura do próprio pato é suficiente) com a pele para baixo. Depois de dourada, eu viro o peito para o outro lado e selo também. Eu gosto dele bem mal passado. Mas quem não gosta assim, pode levá-lo ao forno quente por uns 10 minutos para cozinhar um pouco. Na frigideira onde o peito foi selado eu faço um molho, retirando o excesso da gordura. Existem várias opções de molho, os que eu mais gosto são os de mostarda ( cebola refogada, com vinho branco, creme de leite , caldo de carne e mostarda de dijon) e o de frutas vermelhas ( cebola, vinho branco, geleia de frutas vermelhas, caldo de carne). Simples assim... depois,é só cortar como um filet, deixando a gordura e servir. Sugiro para acompanhar um risoto bem simplinho (aqui), ou uma batata sautê, ou gratinada ou no murro ( aqui)

Abaixo uma foto da delícia,emprestada da internet..






quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Liquidando com a liquidação

Mais uma vez vivo os conflitos da época de liquidações e promoções. Já apanhei demais, ao comprar coisas por um "bom" preço e perder a peça, na primeira usada, por não gostar muito daquilo que eu comprei. Então, vou aprendendo, a cada liquidação. O apelo é muito grande, a minha vontade de consumir também. Porém, as minhas necessidades são quase zero e o gosto pelos ambientes de liquidação também...

Mas sempre existe uma boa desculpa para ir as compras. Ontem, ao voltar do trabalho, um pouco mais cedo, passei em frente ao Pátio. Tinha uma festa à noite, tempo sobrando, maiô velho e... pronto. Desculpas aceitas. He he, fui direto para o estacionamento do tal centrinho de consumo mulherzinha...

Entrei na Richards para comprar um vestido de liquidação, para a festa da noite. Saí de lá com dois vestidos e uma sandália que estavam fora da promoção... Acontece, c'ést la vie.  Sandália de saltão, gente!!! Usei à noite e gostei!!!!

Fui à Lenny procurar um maiô novo, pois os meus estão bem velhinhos. Muito a contragosto, saí de lá correndo, somente com um, basicão "cáqui melado". A fome estava apertando e a família estava me esperando para o almoço.

Ao seguir para o estacionamento, a perdição apareceu à minha frente: MAC. Pensei: "noh e o meu batom Pro long wear, que eu ainda não comprei, deve ter chegado"!!!. Entrei no paraíso e me segurei, comprei só, e somente só, o batom laranjão Good to Go (aqui) e uma sombrinha verde azulada, que eu não tinha...

Confesso que eu já tinha planejado fazer tais compras na minha viagem à Paris e Londres ( visita ao neto e à filha) em maio. Mas não resisti e comprei. É claro, subsititui esses itens na minha lista de "compras de viagem" por outros. E ela só lá vai aumentando...

Repito abaixo a foto do bocão ( que não é meu, snifff) com o tal batom adquirido.Não é belo???


Como agir nas liquidações? Eu penso e repenso, antes de comprar e sigo alguns fundamentos óbvios:
  • Faço um reconhecimento das lojas que estão em liquidação;
  • Ponho na minha lista de visitas somente as lojas em que eu gosto de comprar, ou seja liquidação em grandes lojas, tô fora;
  • Comparo os preços de peças parecidas, em lojas diferentres;
  • Não compro nada por impulso, somente porque está barato. Já perdi muita coisa por desgostar na primeira vez de uso;
  • Evito comprar peças de modelos e cores parecidas com as que eu já tenho;
  • Se tenho alguma dúvida, por pequena que seja, eu não compro a mercadoria;
  • Se encontro alguma peça espetacular, mesmo que não esteja em promoção, eu compro ( se o meu dinheiro der). Já me aconteceu de esperar uma liquidação para adquirir uma peça interessante e ela não estar diponível. detesto isto...

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Comida metida a besta: Bacalhau ao Zé do Pipo

No caderno Equilíbrio da Folha de hoje, saiu uma matéria com o título: Preguiça de Papo Gourmet( vide comida metida a besta). Achei  tal matéria ótima, pois tem tudo a ver com as receitas que eu gosto de postar aqui. Trata-se do The Return  dos pratos deliciosos e sem frescura... Eu tenho preferência por comidas clássicas e até retrôs. E confesso que eu acho de um pedantismos atroz este papo de comidas contemporâneas cheia de "espumas" e "nouvelles", dentre outras palavras francesas, mesmo considerando que eu mesma use algumas expressões do tipo "confit" (que é somente uma técnica de cozimento). Guardo a mesma antipatia por aquelas referências às cores das palhetas da " estação" em desfiles de modas e nos rótulos dos esmaltes. Já repararam? elas nao sao chamadas por suas próprias cores, mas por um nome poético/comercial do tipo: tangerina ( alaranjado), pitanga  ou tomate ( vermelho), asfalto ( cinza). É muita frescura!

No artigo citado acima, destaco aqui a declaração da grande cozinheira Nina Horta:" estou escrevendo um cardápio para um cliente e tenho que por 'tartelete de alho-porró mimoso'. Não posso sugerir: 'massinha com creme de milho'  Vê que humilhaçào tenho que passar?... parece que o sexo ficou uma coisa complicada, então, ao em vez de conversar sobre homem ou mulher, ficam falando de comida".

Massinha com creme de milho, putz, não é fofo? Adorei!!!

É o que eu sempre digo: comida boa tem de ter história . Agora acrescento: e não precisa ser rebuscada e nem esnobe. O nome da boa comida tem de ter tradição e ter o significado do que ela é de fato .

Vejamos, então a minha história do sarapatel baiano, que é originário do Alentejo português. Experimentei tal iguaria nos idos de 1972 em Salvador, num famoso botequim especializado, indicado por um amigo da terra. Adorei, muito embora não soubesse direito como era preparado. Fui comer outra vez em minha casa de solteira, quando meu tio "baiano", sobre o qual já falei aqui, preparou tal  prato, para uma centena de pessoas, parentes e amigos curiosos, que nunca o haviam experimentado.

Foi um acontecimento. Ele começou a preparação de véspera, comprando um porco vivo e abrigando-o no terreiro de nossa casa, no bairro Santo Antônio, zona sul de BH. Ao amanhecer, acordei com os grunidsos altíssimos do infeliz, que estava sendo sacrificado pelo tio Nilo. Depois de morto, foi  sangrado, destrinchado, separado de suas partes nobres ( lombos, pernil, costela e etc). Do coitado, além do sangue, que seria usado, foram retiradas as suas vísceras, as quais, depois  de limpas, passaram o dia em fervura. O cheiro das tais fervidos exalavam por toda a casa. Eu, mesmo sendo curiosa da culinária, desde aquela época, não suportei. Casquei fora de casa e só voltei à tardinha, para participar dos finalmente.

Bem, em síntese, ele picou bem picadinho as visceras  do porco(bucho e tripas) já ferventadas. Refogou-as em bastante azeite, alho pimenta e cebola e juntou o sangue, como em um molho pardo. Não me lembro se usou dendê, mas só pode, considerando a origem do prato...

Minhas tias e as amigas da minha mãe, em princípio, ao saberem do que se tratava, ficaram com irca e não quiseram comer. Porém,  ao se depararem com os demais comensais que se deliciavam com o tal prato e que repetirem a sevirção por várias vezes, elas resolveram experimentar a tal perdição, o sarapatel. Elas, como todos os presentes, comeram até se fartar.

Nunca mais comi um Sarapatel. Nem nunca mais tive vontade e nem sei se comeria hoje. Acho-o bem estranho, pesado, muito embora adore molho pardo de frango e dobradinha...

Conto esta história para concluir o seguinte: Não aceitar um sarapatel, não significa esnobismo, pode ser, apenas, irca. Mas deixar de comer um bom prato de arroz com feijão e carninha moída, deve ser...

Para homenagear tal tio inesquecível  e cozinheiro de primeira, repasso aqui uma de suas grandes receitas: bacalhau a Zé do Pipo. Para 6 pessoas, eu uso 1k de bacalhau do porto ( lembre-se quanto mais espesso estiver a banda do peixe, tanto melhor) dessalgado, em filets, sem pele e sem espinhas como já expliquei aqui de novo... Na última troca de água ( duas horas antes de preparar a receita) eu subsitituo a água, por leite integral. Tal procedimento ajuda o filet do bacalhau a formar aquelas maravilhosas lâminas, no momento do corte no prato. Neste leite eu fervento o bacalhau e depois cozinho 1,5 k de batatas e faço um purê, no mesmo leite, acertando o sal e salpicando um pouco de pimenta do reino moída na hora. À parte, em uma xícara de azeite eu douro os filets, levemente, dos dois lados e reservo. Aí, neste mesmo azeite, eu refogo duas cebolas médias em rodelas, duas folhas de louro e dois dentes de alho em lâminas. Uso um  ovo inteiro, para fazer uma maionese.  Uso-o em temperatura ambiente e bato-o no liquidificador( pulsar), devagar e gradativamente, vertendo um fio contínuo de óleo de canola ( ou de milho) até a mistura engrossar, temperando com sal e pimenta do reino. Uso um pirex grande para montar o prato na seguinte seguência purê, depois o bacalhau, depois a cebola, mais purê e por fim  a maionese. Levo ao forno para gratinar. Meu tio montava de outro jeito e ficava bárbaro. Ele dispunha o bacalhau no centro da travessa coberto com as cebolas e a maionese e, no entorno, ele colocava o purê coberto, com gemas de ovos cozidas e picadas por cima, com bastante azeite. Um verdadeiro presente de Deus....

Veja abaixo uma imagem do prato, que emprestei da internet.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Os chifres são eternos

Algumas pessoas tem comentado sobre o meu "relojão" que aparece na minha foto do blog. Esclareço que trata-se de uma pulseira de chifre, desenhada por minha querida amiga Carmencita. Ela é fera para trabalhar com tal material e sempre comenta: "os chifres são eternos". E é isto mesmo...

Todos nós já passamos por uma "chifrada" na vida amorosa. A gente até consegue arrancar os chifres, mas o calinho dela, fica lá, nos incomodando, ainda que eventualmente... Dá para mudar o cabelo colocando uns belos cachos naquela cicatriz e melhorando visual ( será?). Mas vamos ser otimistas, o material que é extirpado, em forma de chifre, pode ter destino bom, gente... Em elaborações, elucubrações e melhoria no nosso subjetivo ( noh, agora arrasei na reflexão, que me perdoem os psi...). Mas sobre o subjetivo eu jamais vou comentar...

Realmente, a utilização de chifre como material para a transformação em utensilhos, bijouterias e jóias é bem antiga. Lembram dos pentes, dos marcadores de livro e dos colares de chifre de antigamente? E eles, de fato parecem eternos. Abaixo mostro uma gargantilha antiga, que adquiri na feira de antiguidades da Benedito Calixto, em São Paulo. É muito linda...



Minha amiga , a designer Carmem Franco (aqui e aqui na página 87) e,para quem se interessa, o contato é carmenf2009@gmail.com, ou o do link acima ) começou a pesquisar tal material e desenvolveu, com ele, verdadeiras jóias. Abaixo eu mostro algumas peças dela que eu e minha irmã temos. Vejam que beleza...



A pulseira que eu uso na foto do blog, está aí.  Vejam detalhes abaixo





ADENDO: Todas as fotos apresentadas neste post são do Edu Jesus. Brigadão amigo...

Só sei que hoje é difícil obter tal matéria prima, pois a maior parte do nosso gado é sem chifres, para proteção dos coleguinhas e esses animais são mais caros no mercado. Acho que é por isto que eles, os de chifre, são raros, mas sei lá....

Existem alternativas de bijoux, com aparência parecida com o chifre, feitas com côco. São muito bonitas  (além de baratas), tais como as que se acham em Caraíva, que são produzidos, principalmente em Itaporanga, que alí é alí pertinho, no caminho... Mas, tais berloques, na primeira molhada, lá se vão, pois se racham. E a gente se perde de tristeza, por perdê-las!

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Espanha mineira: sangria de verão e costelinha com mexerica

Amanhã é dia de almoço de sábado de verão em casa. Família, amigos e novidades na minha cozinha e  no meu bar...

Já sei que não vai chover e o dia ao ar livre, promete. Vou comprar flores para enfeitar a minha casinha, já temperei a carne e fiz o "mis en place" dos ingredientes do drink.

Espero ter aprendido, com minha amiga Gláucia, uma sangria de verão, inspirada em um drink que ela tomou em um restaurante espanhol no Rio. Adorei a proposta que é feita com espumante, a minha bebida preferida!

Vou fatiar finamente as frutas: 2 maçãs com casca em meia luas, 2 peras descascadas em fatias finas, kiwi descascado e fatiado na transversal, uma carambola em finas estrelas, pedaços de 1/4 de abacaxi, gomos de laranja sem a pele, fatias transparentes de limão e talvez, pedaços de cajú. Salpicarei um pouco de açucar para macerar e deixarei no freezer por algumas horas, para gelar bastante, mas sem congelar. Numa bela taçona de vidro que ganhei de minha mãe,colocarei as frutas, o suco de um limão siciliano, o suco de duas laranjas, um garrafa pequena de refri de limão bem gelada, meia garrafa de espumante brut e uma de demi-sec bem geladas.

Ressalto que a melhor sangria que tomei foi em Santiago do Chile, num alegre fim tarde de uma sexta feira. Ela era feita com o ótimo vinho tinto chileno seco, suco de limão siciliano, com os maravilhosos pessegos chilenos picados (tão bom quanto os espanhois sobre os quais comentei aqui ), bem como morangos, cerejas, dentre outras frutas vermelhas. Muito bom... Vamos ver esta como vai ficar. Mas creio que não vai ter erro....

No almoço servirei uma costelinha de porco com mexerica, inspirada numa receita da Beth, minha querida irmã. Uso a banda inteira da costela suina,temperada de véspera com sal, alho picadinho, cebola picadinha, pimenta calabresa, folhas de louro, alecrim, manjericão e tomilho frescos picados, as raspas e o suco de  uma laranja, as raspas e o suco de um limão. Antes de ir para o forno, ajunto o suco de 10 mexiricas, com seus favos. Coloco para assar em travessa de tamanho suficiente com a gordura para baixo, coberta com papel alumínio, com a parte brilhante para baixo e asso em forno alto por uma hora, mais ou menos. Depois mudo para o forno médio e vou conferindo o prato até a carne ficar macia e cozida, que deve gastar mais uma hora. Retiro o papel, viro a gordura para cima, cubro de novo e espero secar os caldos, um pouco. Então é só retirar o papel e deixar corar. Tem de ficar desmanchando no garfo, ou seja, após umas 3 horas de forno. Vou servir amanhã com arroz e um cuscus de simplinho, somente com salsinha, pimentão vermelho e hortelã. Já passei uma receita de cuscus aqui. O processo de hidratação é o mesmo, é só usar apenas manteiga e caldo de carne na água e dar uma colorida com cheiro verde e pimentão vermelho assado e picado...

Amanhã vou inserir as fotos e os comentários sobre tais preparações.

ADENDO: Olhem só as fotos da produção...

Não poderia deixar de mostrar este mimo de sandália de uma das minhas convidadas...
A mesa de pestiscos( frutas secas, castanhas, queijo, presunto cru, pão alho, tomate azeite) abaixo, com destaque para a toalha de mesa que foi feita por mim, juro...


Abaixo a maravilhosa costelinha com mexirica que arrasou....


Os arranjos de flores produzidos por minha filhinha querida...



A sangria também tem fotos produzidas pelo Edu Jesus, que ainda não me enviou. Mas já já vem... e aqui está abaixo

upgrade...

Pessoal estou dando um up grade nas minhas mensagens antigas.

Vocês sabem,comecei com este blog, verdinha em questões fotográficas, redatórias e bloguisticas. Agora que estou mais manhosa, revejo meus posts e melhoro, claro, sem mudar qualquer conteúdo. Somente melhorando a apresentaçãodo post e a minha redação.

Verifiquem.Creio que melhorou bem...

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Jovens lábios carnudos: o uso do corretivo

Sempre fui uma apaixonada por batons, vocês já sabem. Veja aqui.

À todo instante, lá vou eu retocar o meu batom, posto que vivo lambendo os lábios e comendo o batom, é vero!!! Ter 5 deles na bolsa, 20 na gaveta de maquiagem, 5 no lavabo da casa e mais uns tantos em bolsas esquecidas, é regra para mim. Se por algum raro acaso, não encontro o meu batom na bolsa, procuro logo uma drogaria por perto para comprar algum. E é certo, uso todos eles até o fim.

Confesso que já usei aquele restinho que a gente só pega com pincel, dentro da embalagem, para fazer minhas misturinhas. Eram lindas, mas mesmo assim desisti disto, pois, na hora do processo, o meu desajeito total e a minha preguiça, me faziam lambrecar tudo que estava por perto. Hoje, jogo fora os restinhos, mas com o coração partido.

As opções de marcas boas, cores e brilhos no mercado são infinitas. Eu tenho as minhas preferências: MAC ( aqui ), Ilamasqua, Dior, Lancome, Natura. Mas, existem muitas outras marcas ótimas No momento eu ando preferindo os cor de boca ou os rosinhas mate.  Porém, não deixo e nunca deixarei de lado os marrons, os vinhos, os laranjas e os vemelhos ( os meus preferidos e os mais difíceis de usar). Detalhe: os vermelhos estão voltando com tudo...

Sintetizando: eu gosto de todos...

Já dei aqui a dica de usar o lápis de contorno, para reter o batom escuro nos lábios, evitando aquela situação horrorosa da idade avançada e da decadência da cútis, com o batom escorrendo pelas ruguinhas (adorei, essa palavra, cútis, me lembrou a antiga propaganda do creme C Ponds, lembram?) . Tal dica funciona mesmo!

Outra boa dica, num momento de correria e sem lápis por perto, é aquela de só bater o batom nos lábios, com os dedos, para dar um tonzinho bem natural e saudável. Isto funciona também com os batons claros e mates, pois evita que eles fiquem com aquele aspecto "talhado".

O gloss também quebra o maior galho, nesses momentos, pois se der alguma coisa errada, por conta da correria e/ou da falta de opção, fica bom de todo jeito. Mas para mim, usar gloss, só em último caso. Acho-o muito brilhoso, ao mesmo tempo que é meio sem graça e aguado.

Sobre o Lip Balm ( o tal bálsamo para os lábios), tenho pouco a dizer. O meu, um da Mary Kay,  não deu certo  na minha boca.  Me ajuda pouco quando uso batons com brilho. Para os mates, é um  um verdadeiro desastre, talha tudo... É isso gente, cada um com as suas empatias...

Ontem experimentei uma nova dica que é usar, antes do batom, um corretivo de marcas, do tipo daqueles para tirar olheiras. O pó, ou a base nos lábios, também funcionam, mas achei o corretivo melhor. Ao passar o meu batom da Mac: Lady Danger por cima, entrei em êxtase. Fiquei com aquele lábio, bem torneado e carnudo, e com a cor saltando deles. A cor fica muito parecida com a original que a gente vê na embalagem.

Noh, adorei. Vejam só a diferença, sutil, mas importante no look:

Lábios sem nada 

Lábios somente com o batom

 Lábios somente com o corretivo

Lábios com o corretivo e o mesmo batom 


Viram??? Além ficar com uma cor mais real, é mais fácil de fazer o contorno dos lábios, sem manchar.

Gostei d+....

Testei também com outras tonalidades e com o Gloss por cima. Fica tudo muito melhor... Até ele sozinho, fica bom, embora seja apaga-boca por demais. Mas para quem gosta...

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

orgia catalã: entradas ou tapas???

Nada melhor do que um encontro entre amigos em torno de uma mesa cheia de delícias. A começar pelo vinho, neste caso um chadornay chileno de excelente qualidade ( Toro D'oro), geladinho... A continuar pelas comidinhas do início, neste caso: polvo, com batatas, super bem temperado com páprica; pão grelhado com alho, tomatinhos e azeite extra virgem (pan con tomaca?); presunto cru (jambon serrano), conserva de alcachofrinhas, casquinhas de siri... hummm

Olhem só, acima, o latão de azeite trazido diretamente da catalunha... maravilhoso por sí só. Abaixo, destaque para as alcochofras, que  são simplesmente cozidas em água e sal e depois temperadas com azeite e ervas...




Abaixo, o maravilhoso polvo e um dos passos de sua preparação ( o refogado)...




Seus tentáculos, congelados, são cozidos inteiros, em um refogado de azeite, cebola, alho, salsão, batatas inteiras descascadas e água até cobrir, por 5 minutos em pressão... Depois são fatiados finamente e dispostos sobre as batatas também fatiadas e cobertos com muita páprica picante e azeite, claro.

Para os pães com tomate é simples: grelha-se o pão um pouquinho, ou não..., esfrega-se um dente de alho até exalar seu cheiro, esfgrega-se meio tomate cereja, até ficar vermelho, e rega-se o azeite extra virgem. Eu comi ele sozinho, mas com o presunto fica melhor ainda. Hummmm....
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